Socialistas católicos consideram «aberrante» casamento homossexual
Propõe-se participar na recolha de 75 mil assinaturas para que seja realizado um referendo sobre o tema
Por «uma questão de justiça», um grupo de socialistas católicos querem que seja realizado um referendo sobre o casamento entre homossexuais. Para que esta pretensão seja atendida, caso o projecto do PS passe no Parlamento, propõe-se recolher 75 mil assinaturas.
De acordo o porta-voz deste grupo, Cláudio Anaia, citado pela agência Lusa, a realização de uma consulta popular faz sentido para que «todos os portugueses se possam pronunciar sobre esta matéria».
Estes socialistas católicos dizem-se abertos, inclusivamente, a uma plataforma multipartidária.
«A maioria dos portugueses é contra o casamento homossexual», considera Claúdio Anaia, descrevendo como «aberrante» a proposta do PS para a sua legalização, por achar que tem como objectivo a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.
Para estes socialistas católicos, o partido do poder está «ideologicamente baralhado» e por isso estão contra a prioridade dada ao tema, salientando que esta devia incidir no «combate à pobreza» e «ao desemprego».
Os chuchas não desarmam... o casamento gay será aprovado na Assembleia da República com os votos de socialistas, comunistas y trotskistas, sem recurso a referendo nacional do qual sabem que sairiam derrotados. Salva-se a impossibilidade de adopção de crianças neste projecto-lei... até quando?
PS: casamento gay sem referendo, mas nada de adopção
Francisco Assis não divulgou calendário para proposta de lei
O líder parlamentar do PS recusou a proposta do deputado do CDS-PP Ribeiro e Castro para que haja um referendo sobre casamentos homossexuais e afastou a possibilidade da adopção de crianças por casais gay.
«Não faz qualquer sentido estar agora a promover um referendo. Para mais já se verificou no país que o referendo é um modelo de organização da decisão política habitualmente pouco participado», argumentou.
Francisco Assis alegou ainda que esta proposta «não faz sentido», porque o casamento entre pessoas do mesmo sexo «constou nos programas de diversos partidos» nas últimas eleições legislativas
«Este Parlamento tem toda a legitimidade para tratar do assunto e vai tratá-lo brevemente», salientou.
Interrogado sobre o calendário para a discussão deste tema em plenário da Assembleia da República, Assis disse que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo serão objecto de uma proposta de lei do Governo.
«Essa iniciativa vai surgir brevemente, mas não quero ficar refém de qualquer compromisso temporal», justificou, antes de reiterar que o executivo não contemplará a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.
«A adopção vai ficar fora da iniciativa legislativa do Governo, porque não constava no programa eleitoral do PS», referiu.
Francisco Assis falava aos jornalistas no final de uma reunião do Grupo Parlamentar do PS, que durou cerca de uma hora e que se destinou a preparar o debate do programa do Governo, quinta e sexta-feira na Assembleia da República.
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