Cristóvão de Mendonça
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Cristóvão de Mendonça foi um explorador português e estadista que viveu aproximadamente em 1500.
Supostamente navegou num navio (hoje conhecido como "Mahogany Ship" ou "Navio de Mogno" no folclore australiano) ao longo da costa oriental e do sul de Austrália antes de ter sido destruído algures nas proximidades de Warrnambool, Victoria.
Em 1522, crê-se que Mendonça comandou um conjunto de 4 caravelas numa viagem requisitada pela Coroa Portuguesa para explorar além da zona do estreito de Magalhães na extremidade sul da América do Sul em direcção ao Pacífico depois da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães[1]. A viagem foi mantida secreta porque provavelmente violaria o Tratado de Tordesilhas, no qual Portugal concordou que Espanha teria direitos exclusivos à exploração na maior parte das Américas, e as regiões entre as Américas e Ásia.
Mais tarde foi Capitão-Mor da cidade de Ormuz de 1527 a 1532, uma possessão portuguesa, de 1515 a 1622, antes de ser incorporada na Pérsia em 1622.
Na edição de 19 de Março de 2007, numa notícia publicada pelo jornal australiano "The Sydney Morning Herald", Peter Trickett reforça a teoria de que foram os portugueses, por Cristovão de Mendonça, os primeiros colonos europeus a chegar à Austrália, em 1522, quase 250 anos antes de James Cook (1770). Num dos mapas mais misteriosos do "Vallard Atlas" (mapas que datam até 1545), Trickett conseguiu verificar com a ajuda de um computador que se rodasse 90º metade do mapa, conseguiria obter as costas leste e sul australianas em extraordinário detalhe. Além disso, este mapa particular tem 120 nomes de localidades escritos em português e não em francês. A origem da construção deste Atlas do Mundo como era conhecido para os europeus na altura, foi feita em Dieppe, na França - por isso, estes mapas são também conhecidos por "Mapas de Dieppe".
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