Infelizmente os portugueses não conhecem as
características únicas da Cruz da Ordem de Cristo!
Por Manuel Luciano da Silva, MédicoEu sou imigrante nos Estados Unidos há mais de 58 anos, mas já atravessei o Atlântico 87 vezes nas minhas idas a Portugal!
Antigamente quando eu ia a Portugal procurava sempre com muito interesse nas livrarias de Coimbra, Porto e de Lisboa livros sobre a História dos Descobrimentos Portugueses. Mas com o passar dos anos e depois de gastar muitos milhares de escudos, perdi todo o interesse em comprar livros escritos pelos chamados historiadores portugueses porque verifiquei que não apresentavam nenhumas descobertas históricas originais.
Verifiquei também que os historiadores portugueses não analisam os dados históricos propriamente ditos pelo seu valor intrínseco, mas preferem fazer história, com os seus adjectivos rendilhados, criando um estilo literário diferente, só para captar os seus leitores com as suas “doutas” análises...
EpigrafiaPara confirmar estas minhas palavras basta dizer que em todo Portugal não tem existido epigrafistas dos séculos XV e XVI, para estudar e analisar os monumentos não só em Portugal, mas em todos os locais espalhados pelo mundo, onde os nossos navegadores, exploradores e colonizadores viveram e deixaram padrões, pedras gravadas, igrejas e cemitérios, com símbolos e nomes portugueses. Os historiadores de Portugal continuam a roubar os direitos de investigação que na verdade pertencem aos epigrafistas.
Nenhuma das vinte universidades que existem actualmente no território português oferece um curso superior para licenciamento, mestrado e doutoramento de epigrafista dos séculos XV e XVI.
Como sou formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, (1957) escrevi há vários anos uma carta ao Reitor da minha “Alma Mater”, a sugerir-lhe para criar um tal curso, mas Sua Exa não teve sequer a cortesia de acusar a recepção da minha carta.
Esta situação é igual à que existia no tempo de Salazar em relação ao jornalismo. Nenhuma das universidades portuguesas oferecia cursos de jornalismo, porque a censura não permitia!..
As universidades portuguesas não oferecem ainda hoje Cursos de Epigrafia dos Séculos XV e XVI por causa da ‘censura’ imposta pelos historiadores portugueses que querem continuar a controlar no seu todo as análises epigráficas – sem serem epigrafistas -- dos marcos e monumentos portugueses durante o período mais brilhante da História de Portugal. E assim o Património Português continua a perder!
Outra coisa que me entristece é constatar que os chamados eruditos portugueses cada vez demonstram menos brio patriótico. Cada vez prestam mais valor às coisas estrangeiras, com o agravavante de menosprezarem as coisas congéneres lusas e até superiores às estrangeiras. Qual será a razão de tal complexo de inferioridade português?
A Cruz de Cristo na InternetAntes da invenção da Internet os professores universitários protegiam-se com a chamada “Torre de Marfim” e tornavam-se intocáveis! Agora com a universalização da informação por meio da Internet os “profs” já não podem fazer caixinha e os seus conhecimentos são postos a nu! Já devia ser assim há muito tempo. Todas as universidades no mundo possuem professores de duas marcas: (1) da marca mel e (2) da marca merda!Todos os dias consulto a Internet para obter informação médica e histórica. E vai daí, esbarrei com um artigo escrito por Manuel J. Gandra, intitulado “ A Cruz da Ordem do Templo e as Insígnias da Ordem Templário de Portugal”. ( Não sei qual é a espcialidade de Manuel J. Gandra). Porque este artigo tem erros que devem ser corrigidos, para que não sejam mais repetidos, passo a explicar. Este artigo tem cinco páginas na Internet, mas eu não me vou alongar tanto. Vou simplesmente anotar as partes mais importantes, para esclarecimento da matéria.Como o Sr. Gandra se refere às minhas investigações históricas sobre a evolução ou metamorfose do formato da Cruz da Ordem de Cristo, penso que me assiste a razão de me defender. Diz ele na página dois do seu artigo na Internet:”Não creio, portanto, plausíveis quaisquer das soluções evolutivas propostas, nem sequer a pretensão de lhe ter descoberto a forma definitiva – segundo Manuel Luciano da Silva --, a partir de 1460”.Esta análise do Sr. Gandra faz-me lembrar a experiência semelhante que tive com o Engenheiro Santos Simões que foi durante muitos anos o Conservador do Convento de Tomar, mas é mais conhecido por ser um especialista do estudos dos azulejos no mundo português.Para a publicação do meu livro em inglês “Portuguese Pilgrims and Dighton Rock”, em 1971, gastei vinte e dois anos a fazer pesquisas e coleccionar muitas fotografias relacionadas com os descobrimentos, com a cartografia portuguesa, etc. Foi assim que consegui obter uma colectânea de fotos das várias Cruzes gravadas em pedra dos Templários e da Ordem de Cristo que ainda existem hoje no Convento de Tomar.Para mim foi muito fácil diagnosticar a sequência da evolução arquitectónica das Cruzes da Ordem de Cristo. Sem usar de nenhumas fantasias, simplesmente examinei directamente cada Cruz por si. Tal qual como se fosse a examinar directamente cada “doente”!Assim verifiquei, muito facilmente, qual foi o feitio da Cruz dos Templários usada pelos Templários Portugueses, sem fantasiar com mais nenhuns outros Templários.A Cruz dos Templários Portugueses, em 1160, era caracterizada pelos quatro ramos convexos, como podemos ver nesta foto que existe hoje no Convento de Tomar:Cruz dos Templários
Cruz dos Templários Portugueses que existe no Convento de Tomar.Em 1357, aparece no Convento de Tomar a PRIMEIRA Cruz da Ordem de Cristo, -- DERIVADA da Cruz dos Templários Portugueses, mas as bases das extremidades dos quarto braços são PLANOS, como vemos nesta foto:Primeira Cruz de CristoSegunda Cruz de CristoEm 1400, a segunda Cruz da Ordem de Cristo, com as extremidades côncavasTerceira Cruz de CristoE finalmente, em 1460, encontramos a ÚLTIMA FORMA da Cruz da Ordem de Cristo com as quatro extremidades em 45 graus.O único monumento em Portugal que possue os três tipos de Cruzes da Ordem de Cristo é a Torre de Belém, construída entre 1515-21, por ordem do Rei D. Manuel I.Nestas duas fotos das varandas da Torre de Belém, vemos claramente a segunda Cruz da Ordem de Cristo com as extremidades côncavas (do lado esquerdo a varanda virada para a foz do Tejo) e a terceira Cruz da Ordem de Cristo, com as extremidades terminando em 45 graus (do lado direito, varanda virada para a nascente do Tejo). Há muitos portugueses que não sabem estas pequenas diferenças da Cruz da Ordem de Cristo, como acontece com os guias da Torre de Belém... e até com os chamados especialistas da História de Portugal!...Eu troquei correspondência como Engenheiro Santos Simões sobre a evolução das Cruzes da Ordem de Cristo. Ele chegou até a mandar-me um desenho colorido sobre as Cruzes no qual afirmava que a primeira Cruz da Ordem de Cristo só apareceu em 1520 na Torre de Belém.Nos anos de 1960s quando ele foi convidado pelo Mr. Joseph Fernandes, dono duma cadeia de supermercados, para vir à Nova Inglaterra, fazer uma série de conferências sobre os Azulejos Portugueses, eu tive oportunidade de o levar a ver, no local, a face da Pedra de Dighton onde lhe mostrei e até ele apalpou a Cruz da Ordem de Cristo com as extremidades em 45 graus!Em frente àquele momento, disse-lhe que aquelas Cruzes da Ordem de Cristo gravadas na face da Pedra de Dighton, com as extremidades em 45 graus, eram mais velhas CINCO anos do que as que existem na célebre da Torre de Belém!... Ficou mudo por vários segundos! Finalmente a olhar o rio Taunton, só teve coragem para me dizer: “Muito interessante, muito interessante!”Ainda lhe disse mais, para confirmarmos a forma madura da Cruz da Ordem de Cristo, com as extremidades em 45 graus, ANTES das viagens dos Corte Reais para a América do Norte, em 1500, basta examinarmos o mausoléu de Gonçalo de Sousa que foi Grão Mestre da Ordem de Cristo, que morreu em 1469 e cujo mausoléu vazio está patente ao público nas ruínas do Convento do Carmo em Lisboa, (hoje Museu de Arqueologia) e no qual podemos ver, claramente, uma Cruz da Ordem de Cristo, com as extremidades em 45 graus.Aqui está uma foto mostrando a parte externa do mausoléu com a Cruz da Ordem de Cristo com os 45 graus!Reparar bem como as extremidades da Cruz da Ordem de Cristro terminam em 45 graus.Santos Simões prometeu-me que ia alertar os pesquisadores em Portugal para aquilo que viu gravado na Pedra de Dighton, mas não teve foi, como dizem os espanhóis, “cojones” para o fazer!...Mais uma vez se confirma que os “srs. sábios” de Portugal continuam a pensar que só eles é que têm o direito de fazer investigações originais sobre a história de Portugal. São uns peneirentos, uns vaidosos! E praticamente todos eles são parasitas do erário português. Todos vivem, são empregados do governo português. Todos eles vivem à custa dum tacho, mas mesmo assim só estão bem a dizer mal e a menosprezar a História de Portugal. São mesmo uns infelizes!Quase que já nos esquecíamos do Sr. Gandra. Mas ele também nunca viu a Pedra de Dighton em pessoa...Aqui está mais uma afirmação que ele faz no seu artigo: ...“enquanto nas rosáceas da Torre de Belém, de c. 1500, a cruz é grega – (quatro braços iguais...)”Ora vejam, minhas senhoras e meus senhores: Agora a Torre de Belém, já não é mais portuguesa, é grega!Faz lembrar o Fernando Peça: “E esta, hein?”Aqui está uma foto recente da face da Pedra de Dighton onde podemos ver claramente ramos da Cruz da Ordem de Cristo terminando em 45 graus. Notar que esta Cruz é mais velha CINCO anos do que as Cruzes da Torre de Belém. Isto é um facto histórico que os sabichões em Portugal não querem engolir!...
Aqui está uma foto recente da face da Pedra de Dighton onde podemos ver claramente ramos da Cruz da Ordem de Cristo terminando em 45 graus. Notar que esta Cruz -- GRAVADA NA FACE DA PEDRA DE DIGHTON -- é mais velha CINCO anos do que as Cruzes da Torre de Belém! Isto é um facto histórico que os sabichões em Portugal não querem engolir!...Notar também o escudo português-- um triângulo dentro de outro triângulo
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