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Tema: Tomar, Cidade Templária

  1. #1
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    Tomar, Cidade Templária

    image.jpg

    http://braga.yapceurope.org/index.cgi?PortugalPhotos

    História de Tomar


    Depois da conquista da região aos mouros pelo Rei Afonso Henriques, a terra foi doada como feudo à Ordem dos Templários.


    O Grão-Mestre desta Ordem, Dom Gualdim Pais, iniciou em 1160 a construção do Castelo e Convento que viriam a ser a sede dos Templários em Portugal antes deste já um terá sido iniciada a sua construção (castelo de ceras), donde atualmente só resultam as ruínas.


    O Foral foi concedido por D. Gualdim em 1162.


    De Tomar os Templários governavam vastas possessões do centro do Reino de Portugal, que estavam obrigados a defender dos ataques vindos dos estados islâmicos a sul. Como muitos senhores das então pouco povoadas regiões da fronteira, aos vilões foram concedidos muitos direitos que não tinham os habitantes do norte do país.


    Aqueles que podiam sustentar um cavalo estavam obrigados ao serviço militar em troca de privilégios. As mulheres também podiam ingressar na Ordem, mas não combatiam.


    Em 1190 a cidade foi cercada pelo califa almóada Yakub de Marrocos, mas os Monges Cavaleiros tiveram sucesso em defendê-la sob o comando de Gualdim Pais.


    Em 1314, sob pressão do Papa, que queria abolir a Ordem Templária de toda a Europa, o Rei D. Dinis, persuadiu antes o Vaticano a criar a nova Ordem de Cristo e transferir todas as propriedades e pessoal dos Templários para esta. Esta Ordem foi sediada primeiramente em Castro Marim (no sudeste do Algarve) em 1319 mas em 1356 regressou a Tomar.


    No Século XV o clérigo Grão-Mestre passou a ser nomeado pelo Papa, enquanto o leigo Mestre ou Governador passava a ser indicado pelo Rei, em substituição a serem ambos eleitos pelos frades.


    O Infante Dom Henrique foi designado mais tarde Governador da Ordem, e acredita-se que os recursos e conhecimentos desta lhe foram cruciais para o sucesso das suas expedições para África e o Atlântico.


    A Cruz da Ordem de Cristo era pintada nas velas das caravelas que partiam, enquanto todas as missões e igrejas cristãs além-mar permaneceram sob jurisdição do Prior de Tomar até 1514.


    A ainda existente Igreja de Santa Maria do Olival, com os seus símbolos místicos Templários foi construida como igreja-mãe de todas as novas igrejas construídas nos Açores, Madeira, África, Brasil, India e Ásia.




    O Infante Dom Henrique foi o primeiro, depois de Gualdim Pais, a renovar todo o complexo do Convento de Cristo. Além disso desviou o rio Nabão, permitindo drenar pântanos e prevenindo cheias. Deste modo a cidade conseguiu aumentar significativamente de tamanho. As novas ruas foram desenhadas na forma geométrica de hoje segundo as suas orientações.


    Em 1438, o Rei Dom Duarte seu irmão por se ter deslocado para fora de Lisboa devido à Peste Negra, morreu em Tomar.


    Com a expulsão dos Judeus de Espanha em 1492, a cidade que tinha uma boa sinagoga acolheu grande número de artesãos, profissionais e mercadores refugiados. A muito significativa população judaica deu novo ímpeto à cidade, com a sua experiência nas profissões e no comércio. Estes foram vitais para o bom êxito da abertura das novas rotas comerciais em África na época dos Descobrimentos. A sinagoga original, mandada construir pelo Infante Dom Henrique, ainda existe.


    Durante o Reinado de Dom Manuel I o Convento tomou a sua forma final, com predomínio do novo estilo Manuelino. Com a crescente importância da cidade enquanto mestre do novo império comercial português, o próprio Rei pediu e recebeu do Papa o título de Mestre da Ordem.


    Depois do estabelecimento de um Tribunal da Inquisição na cidade, iniciou-se a perseguição dos judeus e cristão-novos, que chegou a um máximo por volta de 1550. Muitos conseguiram fugir para a Holanda, Império Otomano ou Inglaterra. Outros houve que não quiserem se converter a cristãos-novos foram presos, torturados e executados em Autos-de-Fé. Muitos mais foram expropriados pois como os bens expropriados revertiam para a própria Inquisição, a esta bastava apenas uma denúncia anónima e a ascendência judaica para expropriar qualquer rico mercador, fosse este criptojudeu ou não. Com os distúrbios económicos que esta perseguição fanática provocou, a cidade perdeu grande parte do seu dinamismo económico. Ainda hoje são muito comuns os nomes ou descendentes de cristão-novos entre os habitantes de Tomar.


    Em 1581 a cidade acolheu as Cortes que aclamaram o rei Filipe II de Espanha como Filipe I de Portugal.


    Durante o Século XVIII Tomar tornou-se numa das cidades industrialmente mais vibrantes de Portugal. O Marquês de Pombal abre em 1789 a Real Fábrica com um mecanismo hidráulico inovador. No Reino de Maria I foi fundada outra Fábrica de Fiação por Jácome Ratton. O fluxo do rio era usado para produzir trabalho nesta e em muitas outras industrias, com as do papel, vidro, sabões, sedas, metalúrgicas e outras.


    Tomar esteve sob ocupação militar durante as Invasões Francesas ordenadas por Napoleão Bonaparte, contra a qual se revoltou. Foi liberada pelas tropas luso-inglesas comandadas por Wellington.


    Em 1834, como a instauração do Liberalismo foram abolidas todas as ordens religiosas em Portugal e juntamente com elas a Ordem de Cristo.
    Última edición por Michael; 30/04/2014 a las 21:46
    La Iglesia es el poder supremo en lo espiritual, como el Estado lo es en el temporal.

    Antonio Aparisi

  2. #2
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    Re: Tomar, Cidade Templária

    La Iglesia es el poder supremo en lo espiritual, como el Estado lo es en el temporal.

    Antonio Aparisi

  3. #3
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    Re: Tomar, Cidade Templária

    La Iglesia es el poder supremo en lo espiritual, como el Estado lo es en el temporal.

    Antonio Aparisi

  4. #4
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    Re: Tomar, Cidade Templária

    Roteiro Tomar: Conheça os segredos da cidade dos Templários!


    Conheça a cidade de Tomar, um segredo bem guardado no centro do país, com monumentos património da humanidade e uma herança que é parte integrante da história de Portugal.

    image.jpg

    Tomar, a cidade templária, é um mundo de História, segredos e surpresas. Conheça os recantos da Ordem dos Templários, que aqui tinham aqui a sua sede, e muitos outros pormenores que o vão encantar.


    A primitiva vila medieval que deu origem à cidade de Tomar nasceu no interior do Castelo Templário, erguido no ano de 1160 por Gualdim Pais, na altura, quarto mestre da Ordem do Templo. A cidade e o seu centro histórico desenvolveram-se assim graças à presença e proteção da Ordem dos Cavaleiros de Cristo (herdeira da Ordem dos Templários) que aqui tinha a sua sede original.


    Para começar, não pode deixar de visitar o Castelo Templário e o Convento de Cristo, complexo arquitetónico de extrema riqueza, património mundial da Unesco desde 1983. Aqui não deixe de apreciar a famosa Janela do Capítulo, a riquíssima Charola Templária, o Claustro Principal de traços renascentistas e a Porta Almedina.


    Para chegar ao alto da colina do castelo, nada melhor do que um passeio pela Mata dos Sete Montes (com 39 hectares) que liga o Convento de Cristo à baixa da cidade. A outra hipótese é subindo pela Calçada do Convento e espreitar a o miradouro da Ermida de Nossa Senhora da Conceição, onde fica uma pequena capela românica.


    A cidade Tomar tem quatro conventos: de Cristo, da Anunciada, de Santa Iria e de São Francisco. Cada um deles está localizado num dos pontos cardeais da Roda dos Ventos. Aliás, a própria cidade de origem medieval desenvolveu-se em cruz, em quatro braços correspondentes a estes quatro conventos, refletindo a força social da Ordem dos Templários e da sua cruz simbólica.


    No centro dessa "cruz", fica a Praça da República com a Igreja de S. João Baptista, de estilo manuelino e gótico, e a Câmara Municipal. Percorra depois a Rua Serpa Pinto, conhecida como a Corredoura. A estrutura (e a alcunha) desta rua deve-se ao facto de ser aqui que os Templários treinavam os cavalos em duelos e corridas. Hoje é um agradável trajeto pedonal com lojas e cafés, de traços arquitetónicos curiosos que misturam Art Déco com painéis de azulejo português. Pare e beba um chá no mítico Café Paraíso que mantém os traços originais do séc. XIX.


    A zona centro é hoje dotada de uma nova vaga de culturalidade, encabeçada pelo conhecido grupo de teatro Fatias de Cá, a passo do renovado Cine-Teatro Paraíso e o recente Museu de Arte Contemporânea entre outros núcleos. Falando em “fatias”, não deixe de provar as afamadas Fatias de Tomar: um doce regional conventual feito na íntegra com gemas de ovos e cozinhado numa panela específica para o efeito.


    Passe a Ponte Velha por cima do rio Nabão, fonte de vida crucial da cidade, e aproveite para desfrutar dos Jardins do Mouchão que fica numa ilha do rio. Repleto de plátanos, choupos e faias, este jardim tem na sua entrada principal uma réplica que uma Roda de Rega, descendente das usadas pelos árabes na região.


    A Casa das Ratas


    Se pretende entrar no verdadeiro espírito da região, e cumprir o ritual de petiscar numa adega, visite o antigo restaurante Casa Matrena, mais conhecido como a Casa das Ratas. Conta a história que um grupo de amigos habitué deste restaurante “tomou” conta da casa de arrumos, um anexo do outro lado da estrada, para poder estar mais à vontade enquanto comiam e bebiam. O anexo era onde estavam as pipas de vinho, as garrafas, a despensa e… alguns ratos. A piada e a alcunha não tardou a surgir e, com o tempo, o pequeno, estreito e muito comprido anexo tornou-se na Casa das Ratas que é hoje uma das salas do restaurante. As compridas mesas de madeira e os bancos “à tasca” não deixam muito espaço livre. A comida é regular o ambiente e a “decoração” mantêm-se na mesma. Embora já sem os ratos… A provar: o queijo seco, o arroz de pato à antiga, o cozido à portuguesa e afamada mousse de chocolate caseira.


    image.jpg image.jpg image.jpg


    http://boacamaboamesa.expresso.sapo....plaria-4028303
    Última edición por Michael; 30/04/2014 a las 21:58
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    Antonio Aparisi

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    Re: Tomar, Cidade Templária

    Las Cortes de Tomar reconocen a Felipe II como rey de Portugal (1581)



    Portugal pasa a ser la tercera Corona de la Monarquía del Rey Católico. Las Cortes lo sancionan en el Estatuto de Tomar de 1581:


    1. Respetar las libertades, privilegios, usos y costumbres de la monarquía portuguesa.
    2. Reunir las Cortes siempre en Portugal y mantener las leyes portuguesas.
    3. Los cargos de virrey o gobernador de Portugal deberán ser mantenidos por portugueses o mienbros de la familia real.
    4. Los cargos previstos para la Corte y la administración general del Reino serán siempre ocupados por portugueses.
    5. Los portugueses podrán también ocupar funciones públicas en España.
    6. El comercio de la India y Guinea sólo podrá llevarse a cabo por portugueses.
    7. No podrán ser concedidos títulos de ciudades o villas si no son a portugueses.
    8. La lengua de las actas y documentos oficiales será en portugués.
    9. Todos los años serán creadas doscientas nuevas viviendas (serán entregadas a los hidalgos a partir de los doce años) y la Reina deberá tener siempre como damas nobles portuguesas.
    10. Las guarniciones castellanas serán retiradas.
    La Iglesia es el poder supremo en lo espiritual, como el Estado lo es en el temporal.

    Antonio Aparisi

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    Re: Tomar, Cidade Templária

    Cortes de Tomar (1581)


    Cortes de Tomar


    Cortes convocadas em 1581. Após a sua realização, Filipe II de Espanha foi reconhecido como rei de Portugal, com o título de Filipe I, tendo-lhe sido prestado juramento pelas vilas e cidades portuguesas, com excepção das dos Açores. Assim teve consagração institucional o Domínio Filipino, que se entenderia até 1640. Aqui ficou acordado o seguinte:
    “Dom Filipe por graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves (…) aos que esta carta virem faço saber que (…) mandei chamar os três estados destes meus reinos, (…) e me foi por eles pedido (…) lhes conceder as mercês, graças e privilégios contidos em uns capítulos (…) me aprouve conceder-lhes as ditas mercês (…):
    Cap. I – Primeiramente, que Sua Majestade fará juramento em forma de guardar todos os foros, usos e costumes, privilégios e liberdades concedidos a estes reinos pelos reis deles.
    Cap. II – Que quando houverem de fazer Cortes tocantes a estes reinos, seja dentro de Portugal (…)
    Cap. III – Que havendo de pôr nestes reinos Vice-Rei ou pessoa que os hajam de governar, sejam portugueses (…)
    Cap. IV – (…) que todos os cargos superiores e inferiores, assim de justiça, como de fazenda e do governo dos lugares, se proveja a portugueses e não a estrangeiros (…)
    Cap. VII – Que os tratos da Índia e da Guiné e de outras partes pertencentes a estes reinos (…) não se tirem deles, nem haja mudança, do que ao presente se usa (…)
    Cap. VIII – Que o ouro e prata, que se lavrar em moeda nestes reinos se lavrarão com os cunhos de armas de Portugal (…)”
    Lopes Praça em Colecção de Leis e Subsídios para o Estudo do Direito Constitucional Português (adaptação)
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    Antonio Aparisi

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    Re: Tomar, Cidade Templária

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    Cortes de Tomar (1581)

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    Filipe I

    Cortes de Tomar


    Cortes convocadas em 1581. Após a sua realização, Filipe II de Espanha foi reconhecido como rei de Portugal, com o título de Filipe I, tendo-lhe sido prestado juramento pelas vilas e cidades portuguesas, com excepção das dos Açores. Assim teve consagração institucional o Domínio Filipino, que se entenderia até 1640. Aqui ficou acordado o seguinte:
    “Dom Filipe por graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves (…) aos que esta carta virem faço saber que (…) mandei chamar os três estados destes meus reinos, (…) e me foi por eles pedido (…) lhes conceder as mercês, graças e privilégios contidos em uns capítulos (…) me aprouve conceder-lhes as ditas mercês (…):
    Cap. I – Primeiramente, que Sua Majestade fará juramento em forma de guardar todos os foros, usos e costumes, privilégios e liberdades concedidos a estes reinos pelos reis deles.
    Cap. II – Que quando houverem de fazer Cortes tocantes a estes reinos, seja dentro de Portugal (…)
    Cap. III – Que havendo de pôr nestes reinos Vice-Rei ou pessoa que os hajam de governar, sejam portugueses (…)
    Cap. IV – (…) que todos os cargos superiores e inferiores, assim de justiça, como de fazenda e do governo dos lugares, se proveja a portugueses e não a estrangeiros (…)
    Cap. VII – Que os tratos da Índia e da Guiné e de outras partes pertencentes a estes reinos (…) não se tirem deles, nem haja mudança, do que ao presente se usa (…)
    Cap. VIII – Que o ouro e prata, que se lavrar em moeda nestes reinos se lavrarão com os cunhos de armas de Portugal (…)”
    Lopes Praça em Colecção de Leis e Subsídios para o Estudo do Direito Constitucional Português (adaptação)


    http://historiaaraposo8ano.wordpress...de-tomar-1581/
    Última edición por Michael; 30/04/2014 a las 22:26
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    Antonio Aparisi

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