MOVIMENTO LEGITIMISTA PORTUGUÊS










DEPOIMENTO NOTÁVEL

Do blogue de um velho amigo, extraio com a devida vénia, o texto que segue:


18 Julho 2009

REVISÃO... URGENTE

Neste mundo dos direitos, e apenas estes pois os deveres há muito se encontram abolidos, urge que tomemos consciência da apatia, desacerto e irrazoabilidade das nossas leis penais, do funcionamento global da justica e da real possibilidade de actuação da polícia.
Neste país (e mundo...) de pernas para o ar, tudo o que é correcto é criticado e tudo o que é "desviante" é glorificado. Por analogia ao que dizia o meu pai sobre a homossexualidade("antigamente era proibida, hoje é tolerada e no futuro será obrigatória... felizmente que já cá não estarei"), todos os valores vêm sendo abastardados e abolidos, num projecto global e convenientemente "multiculturalista".
De facto, quase tudo o que era proibido passou a tolerado e daí, cada vez mais, assume um carácter quase obrigatório. É obrigatório tolerar os drogados, os criminosos (frequentemente travestidos em "jovens") e outras chagas sociais, justamente recriminadas num passado onde imperava a normalidade. Agora tudo mudou e o anormal é eleito como normal... é o tal mundo em ruínas onde alguns vão teimando permanecer de pé entre as ruínas...
Serve este intróito para exortar os verdadeiros portugueses a que se insurjam, pelos meios que a lei lhes permitir, a uma profunda mas necessária revisão dos códigos penais, da autista actuação de tantos magistrados (da fornada deformada de pós-25A) e globalmente da justiça (afastada da realidade, respaldada em conceitos quase metafísicos e sobretudo afastada dos anseios da população) e finalmente que se coloquem as coisas no seu devido ponto: são os maus que são maus e não os polícias que os combatem... o resto são fantasias próprias de defensores de "workshops" de desobediência civil...
Há muito a fazer. Deixo algumas dicas que, desde já, espero o meu partido recupere:
- endurecimento global da legislação penal para crimes (não é preciso dizer mais, os cidadãos sabem bem o que são crimes e "crimes", embora mentes deturpadas por vezes se importem mais com os segundos);
- redução do limite da inimputabilidade para os catorze anos (infelizmente há muito que a inocência da juventude se perdeu, e cada vez há mais criminosos com estas idades);
- obrigatoriedade efectiva de trabalho no sistema prisional (nenhum português admite que os criminosos sejam encerrados em prisões onde tudo possuem e fazem o que querem vivendo à conta da sociedade - todos nós - contra a qual atentaram);
- criação de um mecanismo efectivo de controle da justiça (é tempo de acabar com aberrantes e casuísticas interpretações da lei e decisões absolutamente inacreditáveis de certos juízes; dificilmente se pode explicar como um mesmo crime gera, com inusitada frequência, condenações tão dispares);
- quanto à polícia apenas dizer que a polícia deve ser para policiar e os criminosos para acabar.
Muito mais há a fazer, nas se mudássemos isto já não era nada mau...
Etiquetas: Criminalidade , Justiça , Polícia , Tribunais
posted by HNO at 11:50

Meu caro Nuno:

Fora daqui, já fiz publicidade deste texto da tua autoria. Mas dado o seu valor, aqui o reproduzo, seguido de um comentário meu.

O mais grave, na administração da Justiça, não está na «(...) autista actuação de tantos magistrados (...) e globalmente da justiça (afastada da realidade, respaldada em conceitos quase metafísicos (...)». Se a metafísica que os norteasse fosse ortodoxa, as suas sentenças seriam bem diferentes. A metafísica é, no campo filosófico, o último degrau do conhecimento: tudo deriva dali e tudo ali se reconduz. É, portanto, porta da Verdade e onde há Verdade, existe Bondade, logo Justiça!

O mal, quanto a mim, é que eles não a conhecem, nem de resto estão muito interessados nisso. Aquilo de que falam, com grandes fumos de entendidos, é de uma filosofia de negação, e nem sequer desta devem saber grande coisa. Ainda bem para nós, se não o resultado podia ser bem pior.

Por outro lado, mesmo esses conceitos de uma metafísica errada e que eles conseguem ainda deturpar mais, mesmo isso, nem sempre é aplicado. Quando o que responde em juízo não se encaixa nas categorias mentais que uns criaram e onde outros se deixaram entaipar, aí vemos bem que têm mão dura. Daqui se conclui que a causa da lenidade na aplicação da Justiça não se encontra tanto na legislação, como dizem alguns.

As nossas leis deviam ser mais severas? --- Não me repugna conceder! Algumas não são iníquas? --- Certamente que sim. Mas a verdade é que muitas delas ainda têm a virtualidade suficiente para realizar o fim para que foram feitas: disciplinar a vida em sociedade. Ponto é que fossem aplicadas. Ora isso é tarefa dos magistrados judiciais, em cujo grémio um número não despiciendo forma um ninho de autênticas víboras.

Isto é, meu valente amigo, o que queria dizer-te. Prestaste um grande serviço à grei denunciando o mal. Mas eu vou mais longe, porque os conheço de sobra.

Fiz ontem anos: não podia ter melhor presente que a leitura do teu magnífico texto.

Um grande abraço e que Deus te guarde no combate que travas!


Joaquim Maria Cymbron

Publicada por Joaquim M.ª Cymbron em 18:58 0 comentários Hiperligações para esta mensagem