Portugueses e Goa



Descrição de um oficial da União Indiana, um mês depois a invasão de Goa, Damao e Diu. Um thread


"Fomos preparados psicologicamente para esta invasão. Disseram-nos que Portugal exercia grande repressão e castigos bárbaros à população como cortar mãos, pés, narizes orelhas."

"Por isso tornavam necessário esta acção de libertação do jugo bárbaro dos portugueses. Era uma libertação e não invasão. Não temos verificado nada disso. O que vemos são manifestações constantes de simpatia e amizade pelos portugueses por parte da população."

"Esta gente gostava de vocês e notamos relutância e até animosidade pela nossa presença (da União Indiana). Os portugueses marcaram bem a sua presença neste região, os habitantes são diferentes dos nossos, mesmo os mais pobres."



"Na Índia como sabe havia possessões francesas. Não deixaram nada, não modificaram nada. Os próprios ingleses que estiveram dois séculos e tendo marcado sob certos aspectos sociais e militares, o que fizeram foi para benefício e para se sentirem bem eles"


"Os Portugueses não. Trouxeram uma religião, construíram conventos, igrejas e palácios. Meteram se pela população a dentro, modificando regras e comportamentos. Deram a esta gente outra maneira de ser, sentir, de viver... Deram exemplos de devoção, sacrifício, doação."

"Os Portugueses chegaram à Índia no início do séc XVI (na verdade foi no final do séc. XV... ) e em cinquenta anos fizeram de Goa a cidade mais rica e poderosa do Oriente. Com grande benefício da população. A uma distância tão grande, apenas umas centenas de Portugueses... "

"Olhe o que fizeram, as ruínas da Velha Goa são impressionantes! Deram mais do que receberam, certamente e está gente não vai esquecer"

Fonte: "Fim dos Séculos. Goa, Damao e Diu." de António Correia de Lima. Fala da experiência de um médico português que estava em Goa aquando da invasão e esteve 5 meses num campo de concentração. Esta foi uma conversa que ele teve com um dos oficiais indianos.



Marxismo Cultural: Portugueses e Goa