O que já li daquilo que escreveu, deixe que lhe diga, figura no rol das maiores enormidades que já li por aqui (e já li algumas). Em especial aquela de querer encontrar "qualquer semelhança" entre Portugal e Espanha.
Concordo consigo, mas pode ser que a cara Conjurada ainda compreende um dia destes.Vou tentar ser clara e sucinta num problema complexo e de dificil compreensão para ainda muita gente.
Certo...1º- O que é a vontade popular?
É algo que foi esquecido e tem sido desrespeitado e aproveitado pelo Sistema.
No entanto, em tempos foi o motor da humanidade; fé, coragem, justiça, liberdade, palavras que hoje perderam o significado e tornaram-se sinónimo de demagogia.
A meu vêr atacar o que elas representam seria uma perda enorme para a humanidade, acabar com quem as deturpa e banaliza, seria a certeza de um futuro melhor.
Tal como está escrito em imensos textos neste mesmo forum...2º- O actual Sistema, está falido, a grande Europa civilizada, não representa hoje em dia mais do que uma massa amorfa de escravos técnicos que venderam a alma e a liberdade em troca de contrapartidas materiais.
Tal como foi dito e repetido imensas vezes neste forum... porque as razões que a levam a apontar esses factos derivam de uma mesma herança histórica e civilizacional comum a toda a Ibéria.Os sinais de cansaço começam-se a sentir de variadissimas formas; por um lado temos o desinteresse e o descrédito total pelas oligarquias, por outro reina a confusão na cabeça das pessoas, que optam por se fechar, tornando-se numa espécie de monstros de egoismo que deixam passar leis como a do aborto e da eutanásia.
Folgo em sabê-lo. Também tenho essa esperança, embora por vezes cada vez mais distante.Apesar de tudo isto, acredito que a nossa essência, apesar de adormecida está intacta. Há portanto que despertá-la.
Muito bem, é Monárquica, também a quase totalidade dos restantes membros do forum, que assentam na Tradição. Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt. Quem mais defendeu estas palavras sempre foi, ao mesmo tempo, um grande defensor da Madre Hispânia.3º- Acredito que o unico sistema alternativo a este caos é o Sistema Monarquico, não a palhaçada da Republica coroada em que o Rei serve de adorno á Republica e pelo qual o falso representante da Coroa de Portugal, aspira.
Um Rei que serve o povo, que é fiel guardião de um Povo e de uma Nação, um Rei aclamado pelo Povo, aliás como sempre foi desde as cortes de Lamego.
Um Rei que defenda todos os valores, tradições e principios pelos quais Portugal sempre se regeu, que levou a primeira facada na conveção de Evoramonte e que morreu na implantação da Republica.
Tal como a maior parte dos membros deste forum.4º- Acredito por isso num sistema que permita uma representividade mais proxima, por isso mesmo mais livre e mais genuina e eficaz.
Que é exactamente qual? Acho que leu aquilo que queria, e não aquilo que é. Existem imensas sensibilidades diferentes neste forum, sobre Portugal em particular. Assumir que o tipo de "aproximação" é uma espécie de "conquista camuflada" é fazer um processo de intenções. Outras opiniões existem, claro, e já aqui debati contra elas. Mas nunca usando argumentos que atentassem contra uma herança partilhada que considero fundamental para explicar o próprio Portugal.5º- Não tenho nenhuma fobia aos castelhanos, considero é despropositada oi tipo de "aproximação" pretendida.
Pode "assegurar" as vezes que quiser, que essa sua frase é prova mais que cabal de que o que diz não faz sentido. Se julga que as suas raízes são completamente diferentes das do resto dos povos ibéricos, digo e repito que não sei de que país é, mas de Portugal não é de certeza. Ao dizer o que diz está a destruir a história de Portugal e dos portugueses.6º- O sucesso de cada país vai passar por uma mudança de fundo, um reecontrar do nosso passado, das nossas raizes, da nossa essência, e isso asseguro-lhe que em relação á Espanha fica-se em factos limitados á nossa proximidade fisica, e todos nós sabemos quão mais complexo é o coração de uma nação.
A postura de quem? E acha que cresceu "de costas voltadas"? Convinha ler mais sobre todo o período medieval e seguinte. Nunca - mesmo quando havia guerra! - houve um isolamento de Portugal. De costas verdadeiramente voltadas andamos de há uns séculos para cá, para gáudio de muitos.7º- Talvez se a postura tivesse sido outra, Portugal não tivesse crescido de costas voltadas para Espanha,
Tem procuração para falar pelos portugueses? É que não deixa de ser estranho, de resto, usar a expressão que se usa para falar dos espanhóis para exemplificar como supostamente não são tratados...e hoje provavelmente vos reconhecessemos como "nuestros hermanos",
Ceuta nada tem a ver com Olivença, e é um caso diferente.mas infelizmente a ganância falou sempre mais alto e a usurpação de Ceuta
Já aqui escrevi sobre Olivença, e não discordo de si. Foi um período péssimo que mostrou o pior de Espanha, e Olivença é uma chaga aberta a lembrar isso mesmo. Posto isto, é bastante ofensivo estar a reduzir toda a atitude dos espanhóis, desde sempre, a Olivença, em especial quando aparentemente os acusa de falta de confiança e lealdade. Se for preciso coloco aqui uma série de situações onde Portugal demonstrou essa mesma falta de confiança e lealdade, quando não cobardia e submissão a terceiros. São momentos infelizes que acontecem - como estão a acontecer - e que não devem servir para definir um povo desde sempre.e Olivença valeu sempre mais para os espanhois do que a confiança e a lealdade.
Se pensa que Espanha é resumida por Godoy, e que Portugal existe no vácuo, temos concepções da nacionalidade vastamente diferentes. A minha, contudo, é partilhada por aqueles que mais lutaram por Portugal, e que nunca se esqueceram que a sua independência política só faz sentido quando alicerçada em todo o conjunto de razões que moveram os povos ibéricos desde a Reconquista. A Conjurada, mais do que aparentemente a questão da independência política, pretende simplesmente remover Portugal do contexto ibérico de forma completamente artificial, chegando ao ponto de negar as mais que evidentes heranças comuns em termos de história, povo e acção.
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