Porque não estamos admirados...
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I Encontro de Assis |
Como já era esperado por todo o orbe católico tradicional, o escandaloso Encontro de Assis III já manifesta seu terrível odor de heresia desde seus prelúdios e, cada vez mais, confirma o que desde o Concílio Vaticano II ficara visível: Não só a fumaça de Satanás entrou na Igreja, como também suas brasas incandescentes e cáusticas foram espalhadas no corpo do catolicismo. Uma verdade absoluta pode ser delineada: ou se põe fim a tal encontro escandalosíssimo, ou cada vez mais aprofundara-se-á o cisma interior em Roma.

Uma das últimas novidades no tocante ao EAIII fora a confissão de liberdade religiosa propalada pelo Vaticano em favor do hinduísmo, quiçá de todas as outras denominações religiosas não-católicas. Não seria de pasmar que o Encontro de Assis ache embasamento para existir, dado o satanismo - e digo com a mais absoluta certeza de que o é - que penetrou no Vaticano. O mau não é o Vaticano em si, outrossim a Igreja, mas os membros corrompidos por Satanás que lá estão: eles se constituem no mal que deve ser extipardo de modo férreo e decisivo.
O portal Zenit (que presta com máxima excelência um considerável des-serviço à Igreja Católica) fora o grande emissor da notícia:
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 24 de outubro de 2011 (ZENIT.org) – O Vaticano convidou os hinduístas a se unirem aos cristãos na promoção da liberdade religiosa, que inclui a de mudar de religião, e no pedido aos dirigentes nacionais para considerarem a dimensão religiosa da pessoa humana. Por ocasião do Deepavali 2011, que muitos hinduístas celebrarão neste 26 de outubro, o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso enviou a mensagem Cristãos e hinduístas: unidos na promoção da liberdade religiosa.
O direito à liberdade religiosa “inclui a liberdade de cada pessoa de professar, praticar e propagar sua religião ou crença, em público ou em particular, e a séria obrigação das autoridades civis, indivíduos ou grupos, de respeitar a liberdade dos outros. Mais ainda: inclui a liberdade de mudar de religião”.¹
Este é o perigo do discurso liberalista da Nova Roma: a confusão. E, como bem sabemos, o mestre na promoção da confusão é Satanás; dai que chegamos à conclusão lógica de que um poder não menor do que tal está a corromper a estrutura da Igreja. Bem o sabia D. Lefebvre e D. Castro Mayer quando decidiram por ordenar os bispos da FSSPX, mesmo sem a autorização territorial da Santa Sé; pois, não poderiam esperar autorização alguma daqueles que promoviam o mal no interior da Esposa Divina. Voltando ainda um pouquinho mais na história da Igreja, encontramos o exemplo de D. Vital e tantos outros que combateram com fé e decisiva coragem em favor da ortodoxia.
Se em algum dia "liberdade religiosa" significou a liberdade do homem em escolher o caminho certou ou o errôneo - o livre-arbítrio -, mesmo com a ciência de que só a Igreja Católica salvaria sua alma, hodiernamente modificou-se totalmente a conotação de tal binômio: agora, ele significa precisamente a liberdade de acessar qual religião lhe convier, lá encontrar verdadeiramente à Deus e lá encontrar a possibilidade de salvação. Mais. Devem ser promovidas em detrimento ao catolicismo as demais religiões, pois estaria se prestando um serviço contra uma possível discriminação religiosa que, possivelmente os católicos, ruins na estória, estariam firmando por sobre os "irmãos de outras denominações". Se não é isso que deveria se depreender, então não sabemos mais o significado da frase extraída do presente documento, dado que a preocupação e o pedido de liberdade partem da Igreja de Roma:
O texto, do cardeal Jean-Louis Tauran e de seu secretário, Dom Pier Luigi Celata, pede atenção “aos membros da família humana expostos a preconceitos, propaganda de ódio, discriminação e perseguição por causa da sua confissão religiosa”.²
É clarividente que constitui um verdadeiro suicídio tal atitude e não poderia provir de quem verdadeiramente ama à Igreja e à Nosso Senhor Jesus Cristo. Tal senso (na verdade, nonsense) de culpa se torna ainda mais absurdo, pois, perseguições fantasiosas, ódios inexistentes, tudo se atribui à Igreja e a seu rebanho, que, atônito, permanece na indagação silenciosa: Eu sou o culpado por tantos erros? Devo deixar a Igreja e ir promover a religião que até este momento entendia por herética?
Desta forma, não estamos nós admirados que movimentos como tais ganhem maior amplitude a cada dia. Não estamos admirados que a FSSPX esteja sendo tentada por Satanás a desviar de seu verdadeiro caminho. Não estamos admirados de que o mal pretenda triunfar por sobre os últimos baluartes de fé e ortodoxia da religião Católica. Por fim, não estamos admirados com o fato de que, momentaneamente, impere a hierarquia de Satanás por sobre a Hierarquia divina. Mas o console Deifico é infalível e é nele em que depositamos nossa confiança, confiança inabalável porquanto dirigida à Deus.
Mas não vamos nos deter nesta curta heresia, porque maiores virão... Enquanto não for seca esta árvore pútrida, não haverá de findar as manifestações de heresia. Porquanto continuarem a ser ordenados padres liberais e modernistas, desde que continuem a ser elevados ao purpurado cardinalício inimigos verdadeiros e inveterados heresiarcas, continuará este movimento sedicioso a destruir o orbe que um dia foi a Igreja.
Kyrie Eleison!
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¹ - Excerto extraído do site "Zenit" (acessado em 26 de outubro de 2011) em: ZENIT - Vaticano defende liberdade de mudar de religião
² - Ídem;
³ - Cf. artigo: "Zenit: Vaticano defende a liberdade de mudar de religião" (acessado em 26 de outubro de 2011) em: APOSTOLADO TRADIÇÃO EM FOCO ®: ZENIT: VATICANO DEFENDE A LIBERDADE DE MUDAR DE RELIGIÃO!
APOSTOLADO TRADIÇÃO EM FOCO ®: Porque não estamos admirados...
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