Tema: Toques de ánimas

Toques de Ánimas


Desde el mediodía de Todos los Santos, después del Ángelus, comenzaba el campaneo, doblando el toque de difuntos toda la tarde, noche y madrugada hasta que oscurecía el Dia de Difuntos. Imponente.

Ya no se toca. Sólo se ha conservado el toque entre el mediodía y la tarde. Paran las campanas de noche y madrugada y vuelven a sonar por la mañana del dia 2. Pero no es lo mismo que estar oyendo dia, noche y madrugada el toque de muertos, sin parar.

Los monaguillos iban de puerta a puerta pidiendo "la limosnita de los Santos", y en cada casa les daban algo, ya fueran unas pesetillas, un duro los que más,o un puñado de castañas, o de bellotas, también algunos dulces. Eran para que se los tomaran durante las pesadas horas de toque en el campanario. Se ponían algodones en las orejas, y se pasaban un dia entero, entre el de los Santos y el de Difuntos, doblando las campanas. De noche, encendían una fogatilla en el campanario, para calentarse. De lejos, se veía la luz temblona de la candela alumbrando desde dentro los arcos de las campanas, que no paraban de tocar.

En las ciudades, el uso de las campanas es casi impracticable. En los pueblos, todavía se conserva en muchos, aunque sea un toque reducido de Ánimas, y no el continuado como antiguamente. En una ciudad, la muerte se escabulle y apenas se nota; en un pueblo, señorea todavía con bastantes "recursos". En mi pueblo tocan "la señal" en la torre de la Parroquia cuando muere alguien. Se empieza con una especie de "clave" distinguiendo al muerto con tres campanadas previas si es hombre, y dos si es mujer; seguidamente, comienzan a doblar el toque de difuntos. Y se hace un silencio respetuoso,"ambiental", temeroso, como si se suspendiera un rato el ruido corriente de la calle.

Cuando no se oye el eco de la muerte, no se aprecia tampoco el canto de la vida.

Estoy convencido.

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O sino do Ângelus: simbolismo e efeitos benéficos




O Ângelus compõe-se de duas partes essenciais: a oração e o som do sino. O sino dá ao Ângelus uma solenidade excepcional.

Por que o sino toca o Ângelus de manhã, ao meio-dia e à tarde? Por ordem da Igreja Católica, cumpre a palavra do rei profeta: "À tarde, de manhã e ao meio-dia, cantarei os louvores de Deus, e Deus ouvirá a minha voz".

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À tarde, canta o princípio da Paixão do Redentor no Jardim das Oliveiras. De manhã, a sua Ressurreição, e ao meio-dia a sua Ascensão.

De manhã, dá o sinal do despertar, da oração e do trabalho. Ao meio-dia, adverte o homem de que a metade do dia é passada, e que a sua vida não é mais que um dia.

À tarde, toca ao recolhimento e ao repouso. Diz ao homem: faze tuas contas com Deus, pois esta noite talvez Ele exigirá a tua alma.

Fazendo ouvir a sua voz três vezes por dia, recorda aos cristãos as lembranças de um glorioso passado, essas belicosas expedições, a honra eterna dos Papas, que salvaram o Ocidente da barbárie muçulmana.

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Toca três vezes, para recordar as três Pessoas da Trindade, às quais o mundo é devedor da Encarnação.

Toca nove vezes, em honra dos nove coros de anjos, para convidar os habitantes da Terra a abençoar com eles o seu comum benfeitor.

Entre cada tinido - ou melhor, entre cada suspiro - deixa um intervalo, para que sua voz desça mais suavemente ao coração e desperte com mais segurança o espírito de oração.

Por que, depois do tinido do Ângelus, o sino faz ribombar sua voz? Canta uma dupla redenção: a redenção dos vivos, pelo mistério da Redenção, e a redenção dos finados, pela indulgência ligada ao Ângelus.
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Ao Purgatório toca uma felicidade, e a Maria a saudação de uma alma que entra no céu. Assim opera a Igreja da terra, cheia de ternura por sua irmã padecente.

Por que chora o sino na agonia? Se reflete as alegrias deve refletir também as dores.

Para sustentar o jovem cristão nos combates da vida, o sino pede as nossas orações.

Como não solicitá-las nas lutas da morte? Entre todas, estas lutas não são as mais terríveis e as mais decisivas.

No toque da agonia, o sino diz: "Miseremini mei saltem vos amici" - Tende piedade de mim, pelo menos vós que fostes meus amigos! Vinde orar por mim, vinde sepultar o meu corpo, vinde acompanhá-lo à igreja, depois ao dormitório, onde ele deve repousar até a ressurreição dos mortos.

O sino, nesse momento, assemelha-se a uma mãe que, na sua terna solicitude, não se permite nem paz nem trégua, para clamar em socorro de seus filhos desgraçados e obter a sua libertação.

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Também o sino deve tornar o cristão invencível na sua guerra contra os demônios.
Ao estridor dos sinos - acrescenta um de nossos antigos liturgistas - os espíritos das trevas são penetrados de terror, da mesma forma que um tirano se espanta quando ouve ressoar nas suas terras as trombetas guerreiras de um monarca seu inimigo.

Toque de recolher: no inverno, nos países montanhosos, pelas nove horas da noite, o sino faz ouvir a sua voz mais forte.

Chama o viajante desencaminhado, e indica-lhe a estrada que deve seguir para chegar ao lugar onde achará a hospitalidade. Uma imagem do que também acontece com as almas perdidas no pecado.

Eram inteiramente outros os sentimentos de nossos religiosos antepassados.

Testemunhas inteligentes das bênçãos e das consagrações praticadas pela Igreja no batismo dos sinos, devotavam-lhe um profundo respeito e santo pavor.

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Daí vem que temiam infinitamente mais jurar sobre um sino consagrado do que sobre os próprios Evangelhos.

(Fonte: Mons. Gaume, “L’Angelus au dix-neuvième siècle”)