Muy buen aporte Hyeronimus.
Una acotación creo que, si "podemos saber por quien esta pagada esa pandilla", más que pandilla diría que ORCOS...
En desagravio:
Dante Alghieri Ora Pro Nobis!
CONFABULADOS CONTRA DANTE
NUEVO "INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM" POLITICORRECTAL
El racismo es, como cualquier ideología moderna, un producto repugnante por muchas razones. A nosotros nos basta que sea moderno, para que lo tengamos conceptuado como una porquería más del siglo XIX.
Pero una cosa es no ser racista (incluso estar contra el racismo) y otra muy distinta es ser profesional del anti-racismo y, en definitiva, un imbécil beligerante. Imbécil, sí, hasta tal punto que, en su paroxismo, pretendan proscribir la "Divina Comedia" de Dante (véase pinchando aquí).
"La Divina Comediatiene que sereliminada delos planes de estudio" -según afirma uno de esos "observatorios" que, radicado en Italia, se dedica a tareas propias de la policía de pensamiento. Al parecer no les gusta Dante Alighieri y lo quieren proscribir. Puede ser que, por razones cronológicas, se hayan quedado sin nazis y tengan que inventárselos. En Italia, le ha tocado al pobre Dante Alighieri.
Este tipo de noticias nos muestra que, pese a alardear de tanta libertad de pensamiento, libertad de expresión y libertad de prensa siempre terminamos igual: prohibiendo. Pero es que, por si fuese poco, este tipo de gente es la misma que, después de hacer este tipo de censuras, van y denigran a la Iglesia Católica, Apostólica y Romana por haber compuesto un "Índice" de libros prohibidos.
Nunca hago caso de cosas así, y si sé de un libro prohibido es cuando más hago por encontrarlo: para leerlo, por supuesto. A la Iglesia, en virtud de su celo por la salvación de nuestras almas, hasta se le puede aceptar que nos indique que un libro es veneno, pero que una pandilla que nos podemos imaginar por quién está pagada, nos diga lo que no tenemos que leer es algo que nos entra por un oído y nos sale por el otro.
Y basta que uno de estos nos diga lo que no tenemos que leer para que nos den ganas de leerlo.
LIBRO DE HORAS Y HORA DE LIBROS
Muy buen aporte Hyeronimus.
Una acotación creo que, si "podemos saber por quien esta pagada esa pandilla", más que pandilla diría que ORCOS...
En desagravio:
Dante Alghieri Ora Pro Nobis!
De todos modos, si bien el artículo de Baradán es excelente, como todos los suyos, tampoco Dante es necesariamente ortodoxo en todo, y hasta tuvo algún libro en el Índice. Eso no quita que sea uno de los poetas fundamentales de la cultura occidental (es decir, de la cultura) y sea imprescindible. Yo he tenido el placer de leer algunos de sus libros (Divina Comedia incluida) en la lengua original. Pero él también tuvo también sus choques con la Iglesia. Políticos, sí, pero con la Iglesia se topó. Entiendo que lo decirle "ora pro nobis" es una especie de desahogo en vista de cómo están los tiempos, porque sinceramente me parece un poco atrevido decir algo así sin saber si se salvó (Erasmo se lo decía a Sócrates, que es mucho peor, pero son las cosas del Renacimiento).
Caro Hyeronimus, es cierto que el insigne Dante se "topo con la iglesia", como nuestro entrañable Castellani y tantos otros entre los que se incluyen los reyes Católicos, Carlos V, Felipe II, etc.
El caso del Dante es patético porque fue desterrado de su amada Florencia y perseguido por los guelfos.
Fue con ellos con quien se topo...
Hoy Día el Catolicismo Tradicional tambien se topa a diario con lo iglesia modernista y posconciliar...
Con el bien que ha hecho atravez de su "Divina Comedia", obra poética única y excepcional, si el no se salvo, estamos en el horno como diría mi tío el cura.
Un abrazo.
No recuerdo si ya posteé alguna vez el siguiente texto del profesor Silveira, pero como viene al caso lo reproduzco dadas las necesarias e importantes matizaciones que hay que hacer respecto a Dante:
Relações Igreja-Estado (IV): o infernal “De Monarchia”, de Dante
Sidney Silveira
Relendo vários textos sobre a tão propalada encíclica Caritas in Veritate, na qual o Papa Bento XVI propõe, com todas as letras, o estabelecimento de uma autoridade política mundial com poder efetivo sobre todas as nações, a pretexto de garantir a cada uma a segurança (nº 67), ocorreu-me retomar o tema das relações entre a Igreja e o Estado. E fazê-lo tendo como parâmetro o autor de um erro, literalmente, dantesco: nenhum outro senão o próprio Dante Alighieri, que perpetrou no escrito De Monarchia um compêndio de teses antieclesiásticas da pior cepa, dada a sua sutileza. Durante séculos esse livro constou do Index Librorum Prohibitorum, e poderia jazer, muito bem, no oitavo círculo do Malebolge, aquela parte do inferno onde o famoso poeta florentino pôs os falsificadores de doutrinas — eternamente atormentados por furiosa sede.
Nessa obra, contrariando o mais elementar bom senso, Dante propõe uma chefatura política suprema para todo o gênero humano, espécie de império universal ou, em suas palavras “Principado único com poder sobre todos os poderes temporais” (De Monarchia, I, 2). Vale dizer que, como preâmbulo “intelectual” para a defesa de algumas teses de sua filosofia política, o florentino se apóia em quimeras mitológicas romanas, como a travessia do rio Tibre por Clélia* e o combate entre Enéias e Turno** (De Monarchia, II, 4), entre outros eventos lendários nos quais crê firmemente.
Mas tais fantasias de poeta são de somenos importância. O pior é que, fazendo uso de teorias vigentes entre os grandes pensadores da Cristandade medieval — como a correlação entre a lei divina, a lei natural e a lei positiva humana —, Dante acaba por distorcê-las para adaptá-las a suas teses humanistas. Sob o pretexto de que a paz universal (uma paz uma meramente humana, diga-se!) é o melhor de todos os meios ordenados à nossa felicidade (pax universalis est optimum eorum quae ad nostram beatitudinem ordinantur), ele nos aponta para a necessidade de haver um Príncipe único no mundo, que deve submeter todos os homens a um só querer (De Monarchia, I, 14). O detalhe é que esse Príncipe todo-poderoso nada tem a ver com Deus ou com a Igreja, e muito menos com o Papa, Vigário de Cristo, pois Dante simplesmente separara as ordens espiritual e material, abrindo entre elas um abismo intransponível. Trata-se de um Príncipe do mundo, no mundo e, em tese, para o mundo.
Não pelo Principado político universal, mas pela separação entre os poderes espiritual e material (que durante quase dois mil anos foi solenemente condenada pela Igreja), Dante hoje seria aclamado com estrépito por gente que — por mil e um meios políticos, e valendo-se de vultosos recursos financeiros — inocula em algumas elites de jovens talentosos o pior do humanismo católico. Mas na época em que a Igreja, por ordem expressa de Cristo, chamava para si a responsabilidade de fazer reinar sobre todos os povos a lei evangélica, certamente tal humanismo, sobretudo oriundo de um homem católico, não poderia ser tolerado. Daí o De Monarchia de Dante ter entrado no Index, em cujo pórtico se poderia muito bem colocar a famosa frase de sua "Comédia" que se lê na entrada do inferno: Lasciate ogni speranza, voi ch’entrate. E veremos os porquês.
A lei única sob a qual os principados particulares (ou seja, todas as nações) devem obedecer ao dantesco Monarca universal tem como conteúdo, tão-somente, aqueles pontos comuns que, hipoteticamente, interessariam a todos os homens (De Monarchia, I, 14). Alguma semelhança do Principado dantesco com a ONU? Alguma semelhança com as teses dos nossos ecumenistas católicos contemporâneos, que jogam para debaixo do tapete a Verdade revelada para falar apenas de tópicos atinentes à lei natural, como se estes fossem o fundamento último da paz entre os homens? Na verdade, tal semelhança é quase uma identidade absoluta, pois, num e noutro caso, consideram-se as coisas escatológicas supratemporais e as humanas temporais como pertencentes a duas cidades absolutamente distintas e intocáveis entre si.
É claro que, como toda doutrina nefasta, esta também precisa valer-se de alguns slogans publicitários palatáveis — e Dante põe água na boca dos seus leitores, ao dizer que, em sua filosofia política, os governantes são senhores dos governados apenas com relação aos meios, mas, com relação aos fins, os governados é que seriam os senhores dos governantes, e, dentre todos, o Monarca universal seria o que, em tese, serviria altruisticamente a todo o gênero humano... Que alma boazinha a desse Príncipe! Deus do céu: se não fosse o autor de tal disparate o grande poeta do Trecento pré-renascentista, poderíamos dizer que esta é apenas uma piada de mau gosto. De toda forma, de que doutrina se valeria esse Monarca supremo, de acordo com Dante, para impetrar os seus atos de governança mundo afora? De alguma verdade sublime? Da Sagrada Escritura? Não. Dos escritos filosóficos (phylosophica documenta). Como se vê, estamos aqui muito próximos da República platônica, na qual o governo caberia aos filósofos, mas com uma diferença específica: os filósofos dantescos poderiam, no máximo, servir de conselheiros ao Mega Imperador mundial.
A sociedade civil, em si mesma, é considerada por Dante como o meio necessário para promover a civilização humana. Mas qual seria o ápice dessa civilização? Algo referido, pelo menos instrumentalmente, ao fim último que é Deus? Não. Pura e simplesmente o conhecimento humano. Este, sim, seria o fim gnóstico de toda a sociedade humana, como se frisa no Livro I desse tremendo De Monarchia. Mas que conhecimento seria esse por meio do qual os homens, reunidos em grupo, lograriam o seu fim? Pois muito bem: aqui entra em cena um absurdo teórico sem tamanho, que é a aplicação da tese averroísta da unidade do intelecto possível à ordem política (De Monarchia, I, 5). Para Dante, somente o trabalho da humanidade inteira poderia levar ao ato a potência desse único intelecto possível (De Monarchia, I, 7). E tal coisa se tornaria possível sob o influxo político do poder do Monarca universal, que ajudaria toda a espécie humana a chegar a essa plenitude.
Neste ponto, para deixar as coisas mais claras, façamos um apontamento: em síntese, Aristóteles conceituara o “intelecto possível” (ou “passível”: o noûs pathetikós) como a potência do intelecto para atualizar todos os inteligíveis. Ou seja, trata-se da pura e simples capacidade que possui cada ser humano, individualmente, de atualizar toda a sorte de conhecimentos. Em resumo, cada um de nós tem o seu noûs pathetikós particular, o que se comprova quando passamos a saber, em dado momento de nossa trajetória individual, o que antes não sabíamos. Mas, de acordo com a tese de Averróis que fez Santo Tomás perder as estribeiras***, haveria um só intelecto possível para toda a humanidade —, tese abstrusa refutada pelo Aquinate no magnífico De Unitate Intellectus Contra Averroistas. Ora, se houvesse um único intelecto partilhável potencialmente por toda a humanidade, isto implicaria dizer que o homem não pensa, mas é pensado, o que é absurdo. Isto o gênio filosófico do Doutor Comum não poderia aceitar, assim como vários outros corolários da tese averroísta****.
Pois bem: Dante tenta aplicar a noção averroísta ao plano político para justificar a sua tese com uma espécie de analogia. Ora, da mesma forma como haveria, para a humanidade inteira, uma só operação própria (a partir do intelecto possível exterior a todos os homens individuais), assim também há de haver um reino superior a todos, por cuja atuação se alcance uma felicidade a que nenhum reino particular poderia chegar. “A missão do Imperador é conduzir o gênero humano à paz, submetendo-o a seu querer único” (De Monarchia, I, 14).
O mais diabólico da tese dantesca está no fato de que, nela, o poder temporal não recebe do espiritual nem o seu ser, nem a sua autoridade, nem o seu exercício. No máximo, o Monarca supremo deveria algum tipo de reverência política ao Papa, mas apenas isto. A sua humana autoridade imperial pende, imediata e diretamente, de Deus (De Monarchia, III, 13), razão pela qual não se justifica dobrar-se a nenhuma outra autoridade, ainda que seja a Autoridade participada à Igreja pelo próprio Deus. Perceberam o que isto implica? Nada menos do que uma mal disfarçada divinização do homem pelo viés político, além da recusa a obedecer ao primado espiritual superior. Haveria, pois, segundo Dante, dois fins últimos para o homem: por um lado, a felicidade perfeita que se logra nesta vida pelo exercício da virtude; e, por outro, a beatitude que se logra pela Graça, na outra vida (De Monarchia, III, 16). Como se vê, o princípio católico de que “a Graça aperfeiçoa a natureza” — expresso na lapidar fórmula Gratia non tollit naturam, sed perficit — neste contexto, torna-se inaplicável, porque entre a Graça e a natureza estabeleceu-se um hiato. Ou seja: a natureza humana já pode ser feliz nesta vida pelo exercício da virtude, apenas, razão pela qual não precisa da Graça aqui e agora. A única coisa de que precisam os homens da Pólis dantesca é do Príncipe do mundo — que, de acordo com Jesus, não é outro senão Satanás*****.
Mas do que um non serviam individual, trata-se de um non serviam coletivo universal.
* De acordo com a lenda, Clélia seria uma Virgem romana que, segundo Tito Lívio, atravessou a nado o rio Tibre e, com este feito olímpico verdadeiramente impressionante, fez com que o rei etrusco Porsena desistisse de invadir Roma.
** Na mitologia romana, Turno é o comandante dos exércitos que se aliaram aos rútulos para expulsar Enéas e os troianos que, com a queda de Tróia, seguiram o destino de fundar uma cidade no Lácio, que mais tarde dominaria o mundo.
*** Como é notório entre os estudiosos da obra de Santo Tomás, um dos poucos momentos de ira em toda a vida do Angélico aconteceu quando deparou com a tese do único intelecto possível, defendida pelo averroísta Siger de Brabante.
**** Diz Tomás de Aquino: “É claro, pois, que o intelecto é aquilo que há de principal no homem e se serve de todas as potências da alma e dos membros do corpo ao modo de instrumentos. (...) Portanto, se o intelecto de todos é único, segue-se necessariamente que só há um a pensar e um só a utilizar, pelo arbítrio de sua vontade, todas as coisas em que os homens se distinguem uns dos outros” [o que é absurdo] (De Unitate Intellectus, IV, nº 87).
***** “Eu vos deixo a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração nem se atemorize. Ouvistes o que vos disse: Vou e volto para vós. Se me amardes, certamente haveis de alegrar-vos, pois vou para junto do Pai, porque o Pai é maior que eu. Eu disse-vos essas coisas agora, antes que aconteçam, para que creiais quando acontecerem. Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo, mas ele não tem parte comigo”. (Jo XIV, 27-30). “Agora é o juízo deste mundo; agora será lançado fora o príncipe do mundo” (Jo, XII, 31). “(...) Ele [o Paráclito] convencerá [o mundo] a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado” (Jo XVI, 11).
Em tempo: Nunca é demais lembrar que todo e qualquer pecado é, de alguma forma, um espelho do pecado de Lúcifer e, depois, do de Adão: o de buscar uma felicidade autonôma em relação a Deus. Exatamente o que Dante pretende para toda a humanidade: uma felicidade terrena perfeita, sem a necessidade da Graça divina — mas que se vale, isto sim, de um despótico império humano.
(continua)
Contra Impugnantes: Relações Igreja-Estado (IV): o infernal “De Monarchia”, de Dante
Continuación del anterior:
Relações Igreja-Estado (V): ainda o “De Monarchia” de Dante
Sidney Silveira
Na belíssima edição bilíngüe (italiano/latim) do livro De Monarchia, de Dante, de 1843, digitalizada pela Universidade de Toronto, no Canadá, e disponibilizada na internet, lê-se o seguinte trecho, na introdução intitulada Considerazioni Filosofico-Critiche, assinada por Giovanni Carmignani — eminente jurista italiano da virada dos séculos XVIII para o XIX (autor, entre outros, do tratado Iuris Criminalis Elementa e de uma Teoria della Leggi della Sicurezza Sociale):
“Il Monarca dell’Allighieri non è il principe nuovo dell’Machiavelli: non è il Leviathan dell’Hobbes; un despota il quale fa pesare uno scetiro di ferro sopra un mucchio di schiavi: non è un uomo inebriato del suo potere e della sua forza, il quale ne abbia fatto il suo solo criterio, e dica, come un fastoso monarca giá disse: — Io stato son io. Il Monarca dell’Allighieri non è niente piú che un magistrato supremo in una repubblica di più stati indipendenti tra loro. In fatti egli chiamó repubblica la forma que egli proponeva alla Monarchia. Il Monarca governa con leggi fondamentali ed è il ministro di tutti”.
A esta benévola interpretação do Prof. Carmignani podemos dar um pequeno desconto: como homem da primeira metade do século XIX, ele não viu os ideais do liberalismo maçônico se apossar de todo o Ocidente, após a Revolução Francesa; não viu o comunismo, filhote histórico do liberalismo; não viu a ONU, cuja atuação, pelo menos em tese, se aproxima do que seria a do supermonarca de Dante; não viu a débâcle do Magistério da Igreja, que hoje em algo se assemelha a esse imperador (magistrato supremo che solo governa con leggi fontamentali), pois abriu mão de pôr às claras as primícias doutrinais que recebeu do próprio Cristo, restringindo-se à função de reitor de um “diálogo” que apenas discute pontos concernentes à lei natural, e, quando fala da lei divina custodiada pela Igreja, muitas vezes é para equipará-la à de outras religiões; etc.
Eu disse um “pequeno desconto”, e me explico. Por outro lado, tinha o Prof. Carmignani séculos de documentos do Magistério eclesiástico à mão, para saber que, desde Gelásio I (papa de 492 a 496)*, a autonomia do poder material em relação ao poder espiritual sempre fora publicamente condenada pela Igreja, de forma solene, inequívoca — pois representaria, analogamente, algo como a separação entre o corpo e o princípio superior que o sustém (bem diz o Padre Calderón, num de seus livros: “A Cidade sem a lei de Cristo é pasto de demônios santarrões”); conhecia o Prof. Carmignani os porquês filosóficos e teológicos da inclusão do livro de Dante no Index; tinha o Prof. Carmignani instrumentos suficientes para saber que o reinado político do Monarca universal dantesco — autônomo em relação ao gládio espiritual da Igreja — jamais poderia ser altruísta, como nos quer fazer pensar Dante, mas, ao contrário, transformar-se-ia no mais despótico de todos os reinados (e aqui, para não misturar as estações, nem é preciso aduzir como elemento corroborante a natureza decaída pelo pecado original; basta o simples bom senso); etc.
Ao contrário do que parecia pensar o Prof. Carmignani, há, entre o De Monarchia de Dante, O Príncipe de Maquiavel e o Leviatã de Hobbes um parentesco muito maior do que, a princípio, se poderia imaginar: à sua maneira, cada um deles forja uma ética anticristã — baseada ora no mais tosco contratualismo secularista (Hobbes), ora num pragmatismo político laicista (Maquiavel, para quem no máximo convém ao Príncipe fingir ser piedoso), ora num imperialismo mundanizado, de cunho naturalista, que firmemente diz “não” à ordem sobrenatural da Graça (Dante).
O racionalismo no qual Dante funda a sua Civitas (ver De Monarchia, III) representa, na prática, uma frontal recusa à autoridade espiritual — aquela que, nas lapidares palavras da Igreja, frisava o seguinte, tendo como base a Sagrada Escritura: Omnis potestas a Deo venit.
* As modernas interpretações liberais da Carta de Gelásio I ao Imperador Atanásio I — importantíssima fonte histórica e magisterial — distorcem totalmente a letra e o espírito daquele magno documento papal. Querem convencer-nos de que o papa separou os poderes espiritual e temporal simplesmente por tê-los identificado com clareza. Na edição do De Monarchia que tenho comigo, por exemplo, o apresentador do texto chega a dizer que Dante, ao separar os poderes espiritual e material... recuperou a doutrina de Gelásio I!!!!. Pelo amor de Deus!
Veja-se o que ali diz o papa:
“Há dois poderes, augustíssimo Imperador, pelos quais está regido o mundo: a sagrada autoridade pontifícia e o poder régio. Deles, o primeiro é muito mais importante, pois os homens, inclusive os reis, prestarão contas perante o Tribunal Divino. Pois saiba, clemente filho nosso, que embora ocupes o lugar da mais alta dignidade entre os homens, em tudo deves submeter-te fielmente àqueles que têm a seu cargo as coisas divinas e defendê-los, tendo em vista a tua salvação”. (Patrologia Latina Migne, t. LIV, col. 42).
Contra Impugnantes: Relações Igreja-Estado (V): ainda o “De Monarchia” de Dante
La opinión del profesor Sidney Silverira, me recuerda la del cardenal Beltrán de Pogeto, que en su furia guelfa mando quemar en 1329 "La Monarquía", por entender que era un libro diabólico.
Menos mal que Alighiere había muerto ocho años antes, que si no, el quemado hubiera sido el Dante.
De más esta decir que lo dicho por Silveira me parece de un al guelfismo recalcitrante e indigesto.
Asemejar a "La Monarquía" del Dante, con el liberalismo masónico, la revolución francesa, el comunismo, etc, me parece algo descabellado.
Puede no estar de acuerdo con la postura política de Dante, puede considerarla como impracticable, pero de allí a decir todo lo que dice, es de unas desmesura notoria que la desmiente el propio texto.
Habría que hacerle saber que el Papa León XIII derogo la condena del cardenal Beltrán, "por no encontrarse en él principio alguno contrario al dogma cristiano".
Son Numerosos los Sumos Pontífices que señalaron al Dante como "un poeta por excelencia",(Pio XI) "un cantor sublime", (Leon XIII), que tiene una: "fe de los grandes espíritus cuya memoria es siempre celebrada ...Señor del altísimo canto... Poeta máximo...La cítara áurea de Dante resuena con admirable armonía por la grandiosidad del argumento, por la pureza de la inspiración y del espíritu... esta idea gozosa llegamos para manifestar en público, por lo que acabamos de instituir la devoción especial que tenemos para con el cantor de la Divina Comedia... El Papa lo hace porque considera a Dante como hombre de la Iglesia Católica...Suma de la antigüedad,de la filosofía aristotélica, la teología Tomista y la doctrina cristiana de universal procedencia..." (Paulo VI).
Finalmente me remito a la enciclica, "In Preclara" de Benedicto XV, dedicada al Dante, en la cual dice que el poeta: "Ha dado esplendor y gloria a lo fe católica...la excelencia de este varón nunca ha sido más confirmada que en estos tiempos", (alaba) "su formación escolástica...las eszeñanzas preciosas dejadas en sus escritos", (explica) la "RAZÓN DE SUS QUEJAS CONTRA LOS SUMOS PONTÍFICES", (lo considera), "el poeta máximo del cristianismo"
Recomiendo la lectura de toda la Encíclica de Benedicto XV.
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