Cumprem-se 10 anos sobre o definitivo fim do Império português, com a cedência da soberania do território de Macau à República Popular da China. Depois de 10 anos é consensual que Macau teve um apreciável desenvolvimento económico embora como resultado quase exclusivo da actividade do jogo...
Lastimável é a ameaça à sobrevivência da língua portuguesa no território, de extinção tida como certa no espaço de poucos anos.
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A sobrevivência do Português em Macau está em risco
A sobrevivência do idioma português em Macau, onde detém o estatuto de língua oficial, está sob ameaça de sectores radicais, disse hoje à Lusa o professor universitário Moisés Silva Fernandes.
“Há uma resistência por certos sectores mais radicais e mais ligados a uma China do período Mao Tsé Tung que vêem com uma certa relutância a continuação da língua portuguesa em Macau”, salientou Moisés Silva Fernandes, que dirige em Lisboa o Instituto Confúcio.
“Há deputados na Assembleia Legislativa que têm colocado a questão do pouco uso da língua portuguesa nos vários serviços públicos em Macau, incluindo a própria Air Macau. Esta é uma questão que mexe com assuntos internos de Macau”, acrescentou.
Moisés Silva Fernandes, que falava à Lusa no final da intervenção que fez hoje sobre a construção da autonomia de Macau, no seminário internacional “Dez Anos Depois: Timor e Macau”, considerou ainda que se regista “uma certa ambivalência” quanto à forma como se avalia esse período de quase 10 anos sobre a transferência de poderes de Portugal para a China.
“Há uma certa ambivalência. Alguns estudos apontam que sim, que se está a verificar, em termos gerais, uma observação do que foi acordado (entre Portugal e a China). Todavia, há estudos académicos que apontam noutro sentido”, acentuou, dando como exemplo a questão da língua portuguesa.
“São razões externas ao próprio executivo de Macau e ao próprio governo da China, porque quer o governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), quer o próprio governo central da China, estão altamente empenhados, interessados, em que Macau seja uma plataforma dos países de língua portuguesa”.
Moisés Silva Fernandes é de opinião que essa plataforma “só poderá ter consequências, ou repercussões positivas, se se observar efectivamente o cumprimento dessa parte da declaração conjunta, e não só, de que a língua portuguesa é uma das línguas oficiais de Macau e que há um uso intenso pelas várias repartições públicas e pelas instituições de ensino no território”.
Caso contrário, receia, “a língua portuguesa desaparece e deixa de ter uma utilidade material para a RAEM e para o governo central da China nas suas relações com os países de língua portuguesa”.
Na sua intervenção, Moisés Silva Fernandes abordou o que chamou de “grandes roturas e as grandes continuidades” deste período de 10 anos.
“A grande rotura foi a liberalização do jogo, que aumentou, ironicamente, a dependência em relação a esta indústria. Praticamente mais de 70% das receitas do governo de Macau são provenientes do jogo”, sustentou.
O investigador abordou ainda as questões relacionadas com a decisão recente do governo central da China em aumentar em 3,6 quilómetros quadrados o território de Macau, “e a descaracterização que isto vai obviamente provocar no território”.
“Aquela parte que nós denominamos Centro Histórico Euro-Asiático e até a própria fisionomia do território vai ser alterada significativamente com este aumento do território”, lamentou.
Fonte: Lusa – 03/12/2009
A sobrevivência do Português em Macau está em risco | Hoje Lusofonia
Realmente Brasil e Portugal deviam fazer mais intercambios culturais (religiosos), educativos, e comercias com Macau, Goa, e Timor. Naturalmente estes pontos são portas entre o mundo Hispanico e o mundo Asiatico. Seria em nosso interese novamente prender a ateção a esta parte do mundo! Imagina se a TAP, TAM e Varig iniciasem voos para Hong Kong, Nova Delhi, Cingapura com escalas em Goa, Timor, y Macau!
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