Três dias de luto nacional pelas vítimas da intempérie
publicado 08:37 22 Fevereiro '10
O pavimento de uma das principais avenidas madeirenses abateu Manuel de Almeida/Lusa
O Governo vai decretar hoje três dias de luto nacional por causa da situação no arquipélago da Madeira. O último balanço do Governo Regional da Madeira aponta para 42 mortos, quatro desaparecidos e 70 feridos. Há ainda a registar cerca de 250 desalojados. Devido às previsões de vento e ondulação fortes o Instituto de Meteorologia colocou o arquipélago em alerta Laranja.
Três dias de luto nacional pelas vítimas da intempérie
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Hoje e amanhã a chuva vai continuar a fustigar o arquipélago. Segundo o Instituto de Meteorologia (IM), "a precipitação vai ser fraca segunda e terça-feira, mas não está afastada a possibilidade de regressarem chuvas fortes nos próximos dias". O IM prevê ainda uma forte agitação marítima, com ondas que poderão chegar aos quatro ou cinco metro de altura, e vento forte, com rajadas que podem atingir os 100 quilómetros por hora nas terras altas.
Das trinta e nove famílias desalojadas, vinte cinco vão necessitar de uma nova habitação.
Por questões logísticas, os corpos das vítimas mortais estão a ser levados para a zona do aeroporto do Funchal.
Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional, mantém o apelo à população para que permaneça em casa. O Executivo madeirense decretou tolerância de ponto aos funcionários públicos.
Na cidade do Funchal, uma das mais fustigadas pelo temporal do passado sábado, as escolas estão hoje encerradas, deixando 30 mil alunos sem aulas, uma situação que se poderá repetir durante o dia de terça-feira. Também o comércio vai continuar de portas fechadas. Os comerciantes estimam que o mau tempo tenha provocado um prejuízo de cinco milhões de euros.
Algumas freguesias dos concelhos do Funchal e de Câmara de Lobos, a outra freguesia bastante afectada pelo mau tempo, continuam sem água potável. Uma das principais condutas de água potável da cidade do Funchal, que abastece a freguesia de Santo António a mais populosa da Madeira, ficou completamente destruída.
Também as zonas altas da Ponta do Sol, Ribeira Brava e Camacha estão com falta de água potável.
As comunicações móveis e fixas já foram restabelecidas, pela Portugal Telecom, em 85 por cento da ilha.
Os trabalhos de limpeza e desobstrução de estradas prosseguem por todo o arquipélago com o objectivo de tornar viáveis as acessibilidades para chegar às zonas mais isoladas.
Nas operações de limpeza nas ribeiras e estradas estão a operar mais de 270 máquinas e 148 camiões. Além dos concelhos do Funchal e da Ribeira Brava, também Santa Cruz e Calheta foram bastante afectados pelo temporal do passado sábado.
Durante o dia de hoje, os Bombeiros Municipais do Funchal vão proceder, através de bombas, ao esvaziamento dos parques de estacionamento dos centros comerciais Anadia, Oudinot e Dolce Vita.
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