Abro este fio para ir informando os foristas e demais leitores do fenómeno separatista do Arquipélago da Madeira, promovido pelo líder do governo regional desde há 36 anos, Alberto João Jardim e pelos seus mais directos apaniguados. Servirá também o fio para alargar o debate sobre o fenómeno separatista na Península Hispânica e as suas implicações futuras
Começo por recolher informação genérica sobre o tema (da Wikipedia):
Bandeira da FLAMA
A Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira, FLAMA é uma organização separatista e paramilitar da Madeira, que perpetou ataques terroristas no passado, nomeadamente ataques bombistas. O principal objectivo da FLAMA é a independência do arquipélago da Madeira em relação ao restante território de Portugal.
A FLAMA levou a cabo acções armadas (atentados bombistas) nos anos 1975-1978, durante o período revolucionário que se seguiu ao golpe militar do 25 de abril de 1974. Após a Revolução dos Cravos, o regime político português mudou de uma ditadura autoritária (o Estado Novo) para uma democracia (a Terceira República), mas só após um período de transição de dois anos conhecido por PREC, caracterizado por tumultos sociais e disputas pelo poder entre as forças políticas (designadamente as mais radicais) da esquerda e da direita.
Deste modo, as aspirações da FLAMA, consistiam mais numa reação política de direita, por parte de algumas das elites regionais, contra a natureza esquerdista e radical do golpe militar e dos seus principais atores, do que propriamente num verdadeiro objetivo separatista, por razões étnicas ou nacionalistas. Após a normalização do sistema político português, a partir de 1976, e a autonomização dos arquipélagos portugueses atlânticos da Madeira e dos Açores (no qual também existia um movimento similar, a Frente de Libertação dos Açores), a FLAMA perdeu muita da sua importância e influência, o que fez com que se desvanecesse e desaparecesse.
Alegadamente, um dos seus mais famosos activistas foi Alberto João Jardim[carece de fontes], figura controversa, atual Presidente do Governo Regional da região autónoma da Madeira, líder regional do PSD e antigo vice-presidente do Partido Popular Europeu.
Membros do directório
- João Batista de Sá[carece de fontes]
- João Costa Miranda[1]
- Daniel Drumond[2]
Cronologia
- 1975, 21 de setembro — ataque ao presidente do Sindicato Livre dos Operários da Construção Civil do Funchal.[3]
- 1975, 7 de outubro — ocupação das instalações da Emissora Nacional na Madeira.[4]
- 1977, 30 de junho — incidentes durante a visita oficial de Ramalho Eanes à Madeira.[5]
- 2009, 25 de abril — foram hasteadas várias bandeiras da FLAMA no arquipélago da Madeira.[6]
- 2011, 1 de julho — foram hasteadas várias bandeiras da FLAMA no arquipélago da Madeira.[7]
Jardim defende a «separação» do continente
Presidente do Governo Regional quer mais autonomia. Fez parte da moção que Alberto João Jardim vai levar ao Congresso Regional do PSD - Madeira
Por: Redacção | 1- 10- 2012 14: 12
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A moção «Realizar a Esperança», de Alberto João Jardim ao XIV Congresso Regional do PSD-M, defende a «separação» da Madeira de Portugal se não for ampliada a autonomia da Região.
«Esclarecemos que ante a recusa de uma maior autonomia no seio da Pátria Portuguesa, que desejamos fortemente, optamos pela separação», refere o documento que a Lusa teve acesso.
O XIV Congresso Regional do PSD-M, que se realiza a 24 e 25 de novembro, será antecedido por eleições internas a 02 de novembro, que terão como candidatos Alberto João Jardim, líder do partido desde 1976, e Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal.
A moção lembra que o PSD-M só é «derrotado através da divisão interna» e acusa, sem mencionar o nome, Miguel Albuquerque como o «testa-de-ferro dos inimigos do partido».
«Cabe perguntar à consciência dos filiados no PSD, vamo-nos suicidar politicamente só para seguir as leviandades e oportunismos? Vamos entregar o PSD-M a um testa-de-ferro dos nossos inimigos políticos? Depois de conseguirmos estar a enfrentar a presente situação e a resolver o problema financeiro, vamos entregar o povo madeirense e o PSD a oportunistas que só pensam nos seus interesses pessoais?», pergunta o autor da moção.
Acusa os partidários de Miguel Albuquerque de «deslealdade» e de «facas nas costas» apesar de reconhecer que «têm todos o direito de discordar e de se candidatar», mas não promovendo «espetáculo na praça pública para destruir o PSD», de «mãos dadas com os inimigos de sempre».
No documento de 76 páginas, é defendida uma revisão constitucional que alargue os poderes e as competências das assembleias legislativas regionais e a extinção do cargo de Representante da República.
No que diz respeito à Madeira, a moção estabelece como prioridades consolidar as finanças regionais para a defesa da autonomia política evolutiva; não transigir na luta por mais autonomia; continuar o investimento possível no quadro das atuais condições financeiras; reforçar o apoio às pequenas empresas privadas; a preparação das eleições autárquicas e a blindagem do PSD face à ofensiva da direita tradicional para destruir o partido por dentro, escreve a Lusa.
Desafia ainda o «Estado português para, em caso de dúvidas, ter a coragem de assumir uma decisão democrática e permitir um referendo na Madeira que, de uma vez por todas, demonstre a vontade do povo madeirense, reforce a coesão nacional e finalmente encerre o contencioso das autonomias».
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