Re: Igreja em Portugal.
Arquidiocese de Braga
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Arquidiocese de Braga
Archidiœcesis Bracarensis
Sé de Braga
Localização
País Portugal
Arquidiocese Metropolitana Arquidiocese de Braga
Dioceses Sufragâneas Aveiro
Bragança-Miranda
Coimbra
Lamego
Porto
Viana do Castelo
Vila Real
Viseu
Estatísticas
Área 2 832 km²
Informação
Denominação Católica Romana
Rito Romano e Bracarense
Criação da Diocese Século III
Elevação a Arquidiocese 1070
Catedral Sé de Braga
Governo da Arquidiocese
Arcebispo Jorge Ferreira da Costa Ortiga
Bispo Auxiliar D. Manuel da Silva Rodrigues Linda
D. António Manuel Moiteiro Ramos
Bispo Emérito D. Eurico Dias Nogueira
Jurisdição Arquidiocese Metropolitana
(Sé Primaz das Espanhas)
A diocese de Braga data do século III sendo conhecido do primeiro período da sua história apenas o Bispo Paterno cujo nome figura nas actas do Concílio de Toledo de 400. Não obstante, a tradição faz de São Pedro de Rates o primeiro bispo da cidade, cerca do ano 45 da nossa era.
Já neste primeiro período tinha dignidade metropolítica, com jurisdição sobre todo o noroeste da Península (Galécia), tendo dela dependentes os bispados de Conímbriga, Viseu, Dume, Lamego, Porto e Egitânia. Do período suévico-visigótico conhecem-se os nomes de 12 Prelados bracarenses. Quando da invasão muçulmana, Braga ficou no domínio dos infiéis: e os seus Bispos passaram a residir em Lugo.
Após a reconquista cristã, mesmo antes da fundação da Monarquia, foi definitivamente restaurada a Arquidiocese (1070), tomando o seu arcebispo o título de metropolita de Braga. Depois de contendas com a Sé de Compostela, Pascoal II, em 1103, dá a Braga como sufragâneas as Dioceses de Porto, Coimbra, Lamego e Viseu (em Portugal), e mais cinco em território da Espanha.
Célebre ficou também a contenda com Toledo sobre a primazia — ainda hoje, de resto, o arcebispo de Braga usa o título de Primaz das Espanhas. Nos fins do século XIV, as Dioceses dos reinos de Leão e Galiza deixaram de prestar obediência a Braga. A área da Arquidiocese foi posteriormente reduzida com a criação das Dioceses de Miranda (1545), Bragança (1770), Vila Real (1922) e Viana do Castelo (1977) e ainda pela anexação à de Bragança-Miranda do Arcediagado de Moncorvo (1881). De igual forma, a elevação de Lisboa a arquidiocese em 1394 subtraiu ao seu controlo as antigas sufragâneas do Sul do País.
Entre as particularidades mais notáveis desta Sé, considerada das mais antigas da Península Ibérica, está a de possuir um rito litúrgico próprio (rito bracarense), semelhante ao rito romano; aquando da reforma litúrgica tridentina, Braga pôde manter os seus livros, por terem mais de 200 anos e pelo cuidado que teve nisso o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires; depois de algumas tergiversações resultantes da tentativa de introduzir o rito romano, o bracarense foi restaurado pelo Sínodo de 1918: os novos breviário e missal, aprovados por bulas de 1919 e 1924 respectivamente, tomaram-se obrigatórios em toda a Arquidiocese em 1924. O rito bracarense permanece válido, mesmo depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, mas o seu uso tomou-se facultativo, aquando desta reforma, em 18 de Novembro de 1971.
Actualmente, a Arquidiocese confina-se ao Distrito de Braga e às trinta paróquias do Porto, situadas a norte do Rio Ave, nos Concelhos de Santo Tirso, Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Abrange 551 paróquias, agrupadas em 14 Arciprestados, numa área de 2832 km², com cerca de 1.000.000 de habitantes. Os Arciprestados, por sua vez, formam três zonas pastorais. Esta organização conflui para o vértice da pastoral na Arquidiocese, com três órgãos consultivos (os Conselhos Presbítera e Pastoral e o Colégio Arciprestal) e um executivo (o Conselho Episcopal).
Lista de Bispos de Braga
Segue-se uma lista com o nome dos bispos da Arquidiocese de Braga. Os bispados considerados lendários vão assinalados com um asterisco:
São Pedro de Rates (45-60) *
São Basílio de Braga (60-95) *
Santo Ovídio (95-130) *
Policarpo (130-200) *
Serfriano (200-230) *
Fabião (230-245) *
Félix (245-263) *
Secundo (263-268) *
Caledónio (268-270) *
Narciso (270-275) *
Paterno I (275-290) *
Grato (290-299) *
Salomão (299-300) *
Sinágrio (300-326) *
Lenóncio (326-328) *
Apolónio (328-366) *
Idácio I (366-381) *
Lampádio (381-400) *
Paterno II (400-405), primeiro bispo historicamente referenciável
Profuturo I (405-410) *
Pancraciano (410-417) *
Balcónio (417-456)
Valério (456-494) *
Idácio II (494-518) *
Apolinário (518-524) *
Castino (524-525)*
Valério (525-527) *
Ausberto (527-537) *
Julião I (537-538) *
Profuturo II (538-550)
Eleutério (550-561) *
Lucrécio (561-562)
São Martinho de Dume e Braga, Apóstolo dos Suevos (562-579)
Pantardo (580-589)
Benigno (589-612) *
Tolobeu (612-633) *
Julião II (633-653)
Potâmio (653-656)
São Frutuoso de Dume e Braga (656-660)
Manucino (660-661) *
Pancrácio (661-675) *
Leodegísio Julião ou Leodecísio Julião (675-678)
Liúva (678-681)
Quirico (681-687) *
Faustino (688-693)
São Félix Torcato (693-734), último bispo residente em Braga até à elevação arquiepiscopal em 1070, devido à invasão muçulmana; os seus sucessores estabeleram-se em Lugo, na Galiza
São Vítor de Braga (734-736)
Erónio (736-737) *
Hermenegildo (737-738) *
Tiago (738-740) *
Odoário (740-780)
Ascárico de Braga (780-811) *
Argimundo (821-832) *
Nostiano (832) *
Ataúlfo (832-840)
Ferdizendo (840-842) *
Dulcídio (842-850) *
Gladila (850-867)
Gomado (867-875) *
Flaviano Recaredo (875-881)
Flaiano (881-889) *
Argimiro (889-910) *
Teodomiro (910-924) *
Hero (924-930)
Silvatano (930-942) *
Gundisalvo ou Gonçalo (942-950)
Hermenegildo (951-985)
Pelágio ou Paio (986-1003)
Diogo ou Tiago (1003-1004)
Flaviano (1004-1017)
Pedro (1017-1058)
Maurelo (1058-1060)
Sigefredo (1060)
Vistrário (1060-1070)
Lista de Arcebispos de Braga
Pedro (I) de Braga (1071 - 1091)
São Geraldo de Moissac (1096 - 1108)
Maurício Burdino (1109 - 1118)
Paio Mendes (1118 - 1137)
João (I) Peculiar (1139 – 1175)
Godinho (1176 - 1188)
Martinho (I) Pires (1189 - 1209)
Pedro (II) Mendes (1209 - 1212), eleito
Estêvão Soares da Silva (1213 - 1228)
Sancho (I) (1229)
Silvestre Godinho (1229 - 1240)
Gualtério (1240 - 1245)
João (II) Egas (1245 - 1251)
Sancho (II) (1251 - 1265)
Martinho (II) Geraldes (1265 - 1271)
Pedro (III) Julião (1272 – 1274), eleito
Sancho (III) (1275)
Cardeal Ordonho Alvares (1275 – 1278)
Frei Telo (1279 - 1292)
Martinho (III) Pires de Oliveira (1295 - 1313)
João (III) Martins de Soalhães (1313 - 1325), antes bispo de Lisboa
Gonçalo Pereira (1326 - 1348), antes bispo de Évora e bispo de Lisboa
Guilherme de la Garde (1349 - 1361)
João (IV) de Cardaillac (1361 - 1371)
Vasco Fernandes de Toledo (1371 - 1372), antes bispo de Lisboa
Martinho (IV) de Zamora (1372), eleito, não confirmado pelo Papa; também bispo de Silves e bispo de Lisboa
Lourenço Vicente (1374 - 1397)
João (V) Garcia (1397 - 1398)
Martinho (V) Afonso de Miranda ou Martinho Afonso da Charneca (1398 - 1416), antes bispo de Coimbra
Fernando da Guerra (1417 - 1467), antes bispo do Algarve e do Porto
Luís (I) Pires (1468 - 1480)
João (VI) de Melo (1481)
João (VII) Galvão (1482 - 1485), eleito, também bispo de Coimbra-conde de Arganil
Jorge (II) Vaz da Costa (1486 - 1501)
Cardeal Jorge (III) da Costa (1501 - 1505), dito Cardeal da Alpedrinha, administrador da diocese a partir de Roma
Diogo (I) de Sousa (1505 - 1532)
Cardeal Infante D. Henrique de Portugal (1533 – 1540)
Frei Diogo (II) da Silva, O.F.M. (1540 - 1541)
Infante D. Duarte (1542 - 1543)
Manuel (I) de Sousa (1545 - 1549)
Frei Baltasar Limpo (1550 - 1558)
Beato Frei Bartolomeu Fernandes dos Mártires, O.P. (1559 – 1581)
João (VIII) Afonso de Menezes (1581 - 1587)
Frei Agostinho de Jesus (1588 - 1609), nascido Pedro de Castro
D. Frei Aleixo de Menezes (1612 – 1617)
Afonso Furtado de Mendonça (1618 - 1626), também bispo da Guarda, bispo de Coimbra-conde de Arganil, arcebispo de Lisboa e vice-rei de Portugal
Rodrigo (I) da Cunha (1627 – 1635), também arcebispo de Lisboa
Sebastião de Matos de Noronha (1635 – 1641), também bispo de Elvas; suspeito de conjura contra D. João IV
Pedro (IV) de Lencastre (1654-1670), antes bispo da Guarda e arcebispo de Évora e depois 5.º Duque de Aveiro, não confirmado pelo Papa
Veríssimo de Lencastre (1670 – 1677)
Luís (II) de Sousa (1677 – 1690)
José (I) de Menezes (1690 – 1696)
João (IX) de Sousa (1696 – 1703), depois arcebispo de Lisboa
Rodrigo (II) de Moura Teles (1704 – 1728)
Cardeal João da Mota e Silva (1732), eleito, não obteve confirmação pontifícia
José de Bragança (1741 – 1756)
Gaspar de Bragança (1758 – 1789), menino da Palhavã
Frei Caetano Brandão, T.O.R. (1790 – 1805)
José (III) da Costa Torres (1807 - 1813)
Frei Miguel da Madre de Deus da Cruz, O.F.M. (1815 – 1827)
Pedro (V) Paulo de Figueiredo da Cunha e Melo (1843 – 1855)
José (IV) Joaquim de Azevedo e Moura (1856 – 1876)
Frei João (X) Crisóstomo de Amorim Pessoa, O.F.M. (1876 – 1883)
António (I) José de Freitas Honorato (1883 – 1898)
Manuel (II) Baptista da Cunha (1899 – 1913)
Manuel (III) Vieira de Matos (1915 – 1932)
António (II) Bento Martins Júnior (1933 – 1963)
Francisco Maria da Silva (1963 – 1977)
Eurico Dias Nogueira (1977 – 1999)
Jorge (IV) Ferreira da Costa Ortiga (1999 - presente)
Escutismo
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arquidiocese_de_Braga
La Iglesia es el poder supremo en lo espiritual, como el Estado lo es en el temporal.
Antonio Aparisi
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