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Tema: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

  1. #1
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    Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    Canonização do Santo Condestável marcada para 26 de Abril
    Bento XVI confirma Nuno Álvares Pereira como um dos novos Santos da Igreja

    A cerimónia de canonização do Beato Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, terá lugar no próximo dia 26 de Abril. O anúncio foi feito pela Santa Sé, no final do Consistório deste Sábado, presidido pelo Papa.



    O Consistório Público Ordinário representou o passo final do processo para a canonização do Santo Condestável. Juntamente com o novo santo português serão canonizados Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli e Caterina Volpicelli. Outras cinco canonizações terã lugar a 11 de Outubro.


    O homem que conduziu este processo no Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins, referiu à Agência ECCLESIA que "depois de tanto tempo e tantos anos chegou ao seu termo a causa de canonização desta grande figura da hagiografia portuguesa”, frisando que “a canonização vai ser um dia histórico”.


    O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos revela “um sentimento de gratidão a Deus pelo privilégio que me deu por poder concluir praticamente o processo de canonização do Beato Nuno Alvares Pereira”.

    “É um dom de Deus à Igreja portuguesa, que todos os portugueses devemos agradecer”, assegura.

    Quanto ao local, o Cardeal Saraiva Martins lembra que “o princípio é que as canonizações sejam feitas em Roma” e as beatificações nas igrejas locais. “Se não houve nenhum pedido por parte de Portugal, é natural que seja em Roma”, sublinha.

    O Cardeal português diz que “todos os santos são modelos para serem imitados” e no caso do Beato Nuno: destaca “a caridade para com os pobres”.

    Hoje, com os pobres a aumentar, a mensagem do Nuno Álvares Pereira é “extremamente actual”.
    “É um modelo muito interessante”, assinala D. José Saraiva Martins, que lembra ainda a devoção do Santo Condestável a Nossa Senhora.

    O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, no dia 6 de Novembro.

    O processo de canonização foi reaberto no dia 13 de Julho de 2003, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa.

    A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

    A cura de Guilhermina de Jesus, depois de ter pedido a intervenção do Santo Condestável, foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que a consideraram miraculosa.

    A história deste processo já poderia ter conhecido o seu epílogo quando, em 1947, o papa Pio XII se manifestou interessado em canonizar o Beato português por decreto. O estado de uma Europa destruída pela II Guerra Mundial fez, porém, com que a Igreja portuguesa recusasse este motivo de festa.

    Trabalhos levados a cabo pelos Cardeais Patriarcas de Lisboa D. José III (1883-1907) e D. António I (1907-1929), secundados pela Ordem do Carmo, culminaram com o Decreto da Congregação dos Ritos “Clementissimus Deus” de 15 de Janeiro de 1918, ratificado e aprovado pelo Papa Bento XV em 23 do mesmo mês e ano.

    Esses trabalhos, retomados pelo Episcopado Português, culminaram com a já referida permissão de Pio XII para que o processo da canonização prosseguisse.


    Mais Santos

    Para além do “Santo Condestável”, foram concluídos outros nove processos, relativos a quatro italianos, dois espanhóis, uma francesa, um polaco e um belga.


    26 de Abril

    Juntamente com o Beato Nuno de Santa Maria serão canonizados outros quatro novos Santos:

    Arcangelo Tadini (Itália) sacerdote, fundador da Congregação das Operárias da Santa Casa de Nazaré.

    Bernardo Tolomei (Itália), abade, fundador da Congregação de Santa Maria do Monte Oliveto da Ordem de São Benito.

    Gertrude (Caterina, nome civil) Comensoli (Itália), fundadora do Instituto das Religiosas do Santíssimo Sacramento.
    Caterina Volpicelli (Itália), fundadora da Congregação das Servas do Sagrado Coração.


    11 de Outubro

    Mais tarde, ainda em 2009, Bento XVI presidirá à cerimónia de canonização de cinco novos Santos.
    São eles Jozef Damian de Veuster (Bélgica), o conhecido Padre Damião, sacerdote da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria e da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento do Altar, que consagrou sua vida aos leprosos da Ilha de Molokai, onde ele mesmo faleceu por causa desta doença.

    Francisco Coll y Guitart (Espanha), sacerdote Dominicano, fundador da Congregação das Dominicanas da Anunciação da Bem-aventurada Virgem Maria.

    Rafael Arnáiz Baron (Espanha), monge da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (Trapista), que faleceu aos 27 anos, vítima de um coma diabético. É considerado um dos grandes místicos do século XX.

    Zygmunt Szczesny Felinski (Polónia), Arcebispo, fundador da Congregação das Religiosas Franciscanas da Família de Maria.
    Marie de la Croix (Jeanne, nome civil) Jugan (França), fundadora da Congregação das Irmãzinhas dos Pobres.
    Bento XVI fez até hoje 763 beatos e 18 novos Santos. O “recordista” João Paulo II fez 482 novos Santos e 1342 novos Beatos, num pontificado de 26 anos e meio.
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  2. #2
    Avatar de Irmão de Cá
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    Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    Condestável teve "valores e princípios" cristãos na guerra


    O Papa destacou hoje a vida do agora São Nuno, o Condestável , elogiando o facto de mesmo em confrontos militares ter mantido os "valores e princípios" cristãos, algo que contribuiu para a sua canonização, que se realizou hoje em Roma.
    A vida do Condestável é uma "prova de que, em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélica, é possível actual e realizar os valores e princípios da vida cristã", afirmou Bento XVI na homilia das cerimónias perante os milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro , muitos dos quais portugueses.
    A parte do discurso proferida em português e dedicada ao novo São Nuno, Bento XVI recordou que durante a sua vida, Portugal veio a "consolidar a sua independência de Castela e estender-se depois pelos oceanos", permitindo a "chegada do Evangelho de Cristo até aos confins da terra".
    "São Nuno sente-se instrumento deste desígnio superior" e assumindo o "serviço de testemunho que cada cristão é chamado a dar no mundo", optou por uma "intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino", salientou o Papa.

    Por isso, "embora fosse um óptimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais" sobreporem-se à fé, "imitando Nossa Senhora de quem era devotíssimo e a quem atribuía publicamente as suas vitórias", explicou Bento XVI, recordando que o Condestável, no fim da sua vida, se retirou para "o convento do Carmo por ele mandado construir".

    Nesse sentido, "sinto-me feliz por apontar à igreja inteira esta figura exemplar", resumiu o Papa durante as cerimónias que religiosas, onde marcou presença vários portugueses, entre os quais o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Valença Pinto.

    Durante as cerimónias, a mulher cuja cura do olho sustenta o milagre que permite o processo canónico, foi chamada para levar um dos símbolos de D. Nuno (a imagem, velas ou flores) que irão representar o Condestável, acompanhada do seu filho, Carlos Evaristo, e do presidente da Fundação da Batalha de Aljubarrota, Alexandre Patrício Gouveia.

    Nas cerimónias, concelebraram com Bento XVI e vários elementos da cúria romana, os cardeais Saraiva Martins e José Policarpo, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, e os bispos José Alves (Évora), Antonino Dias(Portalegre),Vitalino Dantas (carmelita de Beja), o superior geral da Ordem do Carmo em Portugal, frei Agostinho Castro, além de outros sacerdotes.

    No guião da cerimónia, a Santa Sé classifica o Condestável como o "homem mais rico de Portugal" do seu tempo que "por amor de Deus fez-se pobre, inteiramente pobre" e "distribuiu todos os seus bens pela Igreja, pelos pobres, pela família e pelos antigos companheiros de armas".

    "Só por ordem do rei é que deixou de andar pelas ruas a pedir esmola para os pobres" e "do que o rei lhe mandava para seu sustento, distribuía tudo o que podia pelos pobres, socorrendo e assistindo na agonia aos moribundos", refere ainda o guião.

    Dos cinco novos santos, o Condestável é o único não italiano e também aquele que não está directamente relacionado com a fundação de uma instituição religiosa, embora a promoção da sua Causa tenha sido assumida pela Ordem do Carmo.

    Juntamente com o Beato Nuno, serão canonizados o sacerdote Arcangelo Tadini (fundador da Congregação das Operárias da Santa Casa de Nazaré), o abade Bernardo Tolomei (Congregação de Santa Maria do Monte Oliveto da Ordem de São Benito), Gertrude Comensoli (Instituto das Religiosas do Santíssimo Sacramento) e Caterina Volpicelli (Congregação das Servas do Sagrado Coração).

    http://aeiou.expresso.pt/condestavel...guerra=f511029
    Última edición por Irmão de Cá; 27/04/2009 a las 13:04
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  3. #3
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    Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    Una grandísima noticia la subida de este ejemplar caballero hispánico a los altares.

    San Nuno Álvares Pereira, intercede por Las Españas.
    Aquí corresponde hablar de aquella horrible y nunca bastante execrada y detestable libertad de la prensa, [...] la cual tienen algunos el atrevimiento de pedir y promover con gran clamoreo. Nos horrorizamos, Venerables Hermanos, al considerar cuánta extravagancia de doctrinas, o mejor, cuán estupenda monstruosidad de errores se difunden y siembran en todas partes por medio de innumerable muchedumbre de libros, opúsculos y escritos pequeños en verdad por razón del tamaño, pero grandes por su enormísima maldad, de los cuales vemos no sin muchas lágrimas que sale la maldición y que inunda toda la faz de la tierra.

    Encíclica Mirari Vos, Gregorio XVI


  4. #4
    Avatar de Hyeronimus
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    Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    Cruz e Ferro - São Frei Nuno de Santa Maria


    A pátria não se discute, nem se condiciona a acordos e juramentos; está acima dos direitos dos homens. Se for necessário mudam-se as constituições, alteram-se os tratados, mas salva-se a pátria.

    A pátria não se discute porque não se escolhe, como não se escolhe a família em que nascemos; ama-se, defende-se e engrandece-se, à custa da própria vida, se for preciso.

    Tinha então apenas dois séculos a Pátria portuguesa. Mas já possuía um património bem definido. Estava estabelecido o seu território continental. Já possuía língua própria e rica literatura. Tinha a sua Universidade como expressão da sua cultura. Tinha os seus santos, e tinha sobretudo uma grande vontade de viver.

    E viveu pela espada do Condestável, porque este a amou com o mesmo amor que amava a Deus.

    Eu creio que se pode amar a pátria sem ser santo, mas também que só os santos encontram a medida exacta do amor da pátria no amor de Deus.

    Seria um erro pensar que os santos se esquecem da sua pátria. Seria erro pensar que o Cristianismo, por ser religião universal e chamar o homem constantemente à Pátria do Céu, o desintegra da Pátria da Terra. O próprio Cristo, exemplo máximo da santidade, amou a sua pátria e chorou por ela quando a viu encaminhar-se para a ruína.

    O amor da pátria é uma das mais belas virtudes ensinadas pelo Cristianismo.

    Santidade e patriotismo são coisas tão unidas que eu tive o atrevimento de procurar os exemplos de santidade de Nuno Álvares, não nos claustros do Carmo, mas nos campos de batalha. É mais eloquente a santidade vestida de guerreiro do que vestida de frade carmelita.

    Eu tenho receio de que haja quem imagine a santidade em formas tão exóticas que só se vejam noutro mundo. Quando afinal é uma coisa muito simples.

    A santidade começa no fiel cumprimento dos nosso deveres cristãos e acaba numa intensa união com Deus.

    Talvez esteja nesta definição a essência da santidade. O santo começa onde começa o cristão; nem pensemos que se possa separar um do outro.

    Eu já disse que escolhia apenas dois testemunhos da santidade de Nuno Álvares, e que os escolhia nas batalhas de Aljubarrota e Valverde. Na primeira eu fixo-me no pormenor que se repete em todas as histórias. O Exército Português confessou-se, comungou e jejuou. O jejum era preceito da Igreja, a confissão e a comunhão foram por devoção.

    Não faltaria decerto quem tranquilizasse a consciência de Nuno Álvares dizendo-lhe que em campo de batalha não estaria obrigado ao preceito do jejum. Mas ele não precisava de tal conselho, não queria tal dispensa. Jejuou, sem receio de ver enfraquecidas as forças para manejar a espada. Jejuou e comungou, porque sabia por experiência, costumava dizer, que da comunhão "lhe resultava todo o esforço e fortaleza com que vencia e desbaratava seus contrários". E naquele dia não se enganou, porque com 7.000 portugueses em jejum venceu 30.000 castelhanos que talvez não fossem tão cuidadosos em respeitar o preceito da Igreja.

    Da batalha de Valverde destacarei apenas o pormenor, sempre apregoado, do chefe que se ausenta no momento mais crítico da peleja, para ajoelhar e rezar.

    Dizem que é gesto de cavaleiro medieval. Talvez hoje nenhum general assim fizesse. Até mesmo porque já se afirmou que o homem quando ajoelha perde um terço da sua altura. É assim que o orgulho mede o homem.

    Mas alguém respondeu que nunca o homem é tão grande como quando ajoelha diante de Deus.

    É doutrina do Evangelho perder para ganhar; perder altura física pode ser a condição para ganhar a altura moral.

    Por isso, os séculos admiram a figura do Condestável ajoelhado entre os penedos de Valverde, em íntima união com Deus.

    O gesto não é medieval, é do Evangelho, é expressivo da autêntica santidade do herói de Portugal.

    Eu disse, a principiar, que subordinaria as minhas palavras ao tema Nuno Álvares Pereira, Sempre. Se há valores na vida humana, que transcendem os escassos limites do tempo, são precisamente o amor da pátria e o amor de Deus.

    A Pátria Portuguesa tem oito séculos de história. Nasceu em Guimarães e tomou o nome desta gloriosa cidade do Porto; estendeu-se a Coimbra, Santarém, Lisboa, Évora e Algarve. Passou à África, estabeleceu-se na Guiné, em Angola, em Moçambique. Chegou à Índia, à China, à Oceânia.

    Criou-a a espada do Fundador, que desceu até aos campos de Ourique, e consolidou-a a espada do Condestável, que tornou possível a era do Infante das Caravelas.

    Quando olhamos, ainda que de relance, a história da nossa pátria, sentimos nobre orgulho de sermos Portugueses. Não é orgulho, é amor. E a herança mais preciosa que nos deixaram os nossos antepassados, mais do que os feitos gloriosos das batalhas e das descobertas, foi precisamente a lição do seu amor a Portugal. Os feitos têm o carácter do tempo em que se realizam. Nem sempre é preciso pegar em armas para defender a pátria, como nem sempre há ocasião de desbravar terrenos incultos; mas de uma forma ou de outra é sempre necessário que vibre nos corações um intenso amor à Pátria.

    E quando eu penso na idade que tinha Nuno Álvares Pereira quando assumiu a defesa nacional, quando penso que o Condestável do Reino, o braço direito do Mestre de Avis, a lutar contra o poderio ambicioso de Castela, era um jovem de 24 anos; quando penso que a batalha de Aljubarrota marcou o apogeu do génio militar, numa estratégia que ainda hoje causa a admiração dos generais de todo o mundo, e quando penso que ele tinha então 25 anos, convenço-me de que não foi apenas um herói, foi um génio. E direi até que foi um autêntico dom de Deus à Pátria Portuguesa.

    Em muitas outras ocasiões Portugal sentiu que tinha Deus por si, a marcar-lhe um destino e a ajudá-lo na sua realização.

    Atrevo-me até a dizer que Portugal tem Deus por si a fazer milagres quando é preciso.

    A Idade Média viu um milagre em Ourique. Eu creio realmente que Ourique foi um milagre, se não no sentido em que o viu a Idade Média, no sentido não menos admirável de uma ajuda extraordinária da Providência a uma nação que nascia naquela hora.

    E não será milagre o génio de Nuno Álvares, o valor desse jovem de 25 anos que salva a pátria numa das horas mais graves da sua história? Terá realmente explicação natural a série de triunfos que se chama Atoleiros, Aljubarrota, Valverde, com exércitos inimigos quatro e cinco vezes superiores?

    Não será milagre a história dos nossos descobrimentos, da nossa civilização, da nossa evangelização?

    Milagre não é só aquilo que se apresenta com o cenário deslumbrante do acontecimento que excede as leis comuns. Num sentido talvez mais modesto, mas não menos verdadeiro, a mão de Deus através da História portuguesa é um verdadeiro milagre da Providência.

    Nuno Álvares, Hoje, foi o tema que me pediram. Pensei que deveria limitar-me a meditar os gestos rasgados do seu heroísmo e da sua virtude. Fazer a aplicação desses gestos à época conturbada em que vivemos, VV.Ex.as a farão com facilidade.

    Tenho para mim que a actualidade de Nuno Álvares está no apelo que o seu heroísmo e a sua santidade fazem constantemente. A cada um de nós. Já no seu tempo ele soube galvanizar a alma da melhor juventude portuguesa. Esses moços da sua idade ouviram um dia a exposição do seu ideal, mas ouviram ao mesmo tempo a exposição das dificuldades que os esperavam. E todos à uma dispuseram-se a segui-lo para formar a invencível Ala dos Namorados.

    A mensagem de Nuno Álvares é hoje exactamente a mesma, e os bons portugueses serão dignos dele na medida em que se dispuserem a tudo sacrificar pela Pátria.

    Mas a mensagem do Condestável é ao mesmo tempo apelo ao amor de Deus.

    Do acampamento de Nuno Álvares foram banidos os jogos de perdição e os elementos de corrupção dos costumes. Rezavam em comum, jejuavam, ouviam missa e comungavam. O cronista diz que me mais parecia uma comunidade de religiosos de que um acampamento de soldados. Era um santo que arrastava os outros, se não para o heroísmo da santidade, ao menos para a integridade do dever cristão.

    Havemos de reconhecer que o Condestável ainda não teve a consagração que merece. As grandes praças, as grandes avenidas, têm outros nomes, não o dele. Há estátuas de figuras bem secundárias; ele não tem estátua. Até nas nossas igrejas é raro encontrar a imagem do santo herói de Portugal. Parece que ainda não o compreendemos.

    Muito se enganam ao apelidar de medieval a sua vida cristã. O Evangelho não é medieval, é de sempre; e o Condestável, porque é santo, dá testemunho do Evangelho, numa actualidade impressionante.

    Saiba Portugal meditar o exemplo dos seus heróis e dos seus santos; saiba meditar e seguir o exemplo deste que é dos maiores da nossa História, e Deus mais uma vez nos salvará.

    D. Francisco Rendeiro, O.P., então Bispo do Algarve, no ano de 1961 - extraído do livro "S. Nuno de Santa Maria, Nuno Álvares Pereira, Antologia de Documentos e Estudos sobre a sua Espiritualidade", selecção e apresentação de J. Pinharanda Gomes, Lisboa, Zéfiro, 2009, páginas 120 a 124.

    A Casa de Sarto

  5. #5
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    Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    Creo que para no resultaren opiniones mal formadas sobre esta canonización, hay que subrayar el siguiente:

    - San Nuno de Santa Maria no fue canonizado santo por ser un corajoso guerrero, un genio militar, o un héroe nacional portugués: tampoco puede ser considerada ofensiva y anticastellana la canonización del vencedor de Aljubarrota. La guerra que terminó en Aljubarrota fue una guerra civil de sucesión al trono portugués, con intervención extrangera de Castilla y de Inglaterra. Pero lo que mucha gente en Portugal insiste en olvidar es que había portugueses a luchar en ambos los bandos y que, en defensa de la (legítima) pretensión de la Reina de Castilla, casí la mitad de los castillos y plazas del reino han tomado voz por Castilla. Por eso, por muchos castellanos que San Nuno pueda haber matado o mandado matar, a algunos portugueses le tocó hacer lo mismo, así que nada contra Castilla.

    - San Nuno fue canonizado sí por su cristianismo y humanidad mismo en el oficio castrense; por sú fe invencible y por su renuncia a los bienes y glorias terrenos, que los ha tenido muchos. Por sú dedicación a los pobres ya los enfermos, a los necesitados de caridad, portugueses como castellanos, como españoles qualesquiera, como extranjeros. Fue canonizado mucho más por el piadoso fray que fue después de Aljubarrota, que por el glorioso Condestável que fué hasta esa batalla.

    San Nuno, !roga por nosotros, los hispanos todos!
    Última edición por Irmão de Cá; 28/04/2009 a las 12:41
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  6. #6
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    Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    O como cuando en la guerra civil castellana intervino Portugal también

    Excelente noticia irmâo. Aleluya.

    Nuno de Santa Maria Condestável, ora pro nobis.

  7. #7
    Avatar de Grandsonofthunder
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    Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    San Nuno Alvares Pereira (carta abierta a R)

    Querido R (In diebus illis):

    He visto tus comentarios al texto de Monseñor Francisco Rendeiro sobre el nuevo Santo, Nuno Alvares Pereira, que mi hermano en la Fe y amigo JSarto reproduce en esta bitácora. Y permíteme que esté en desacuerdo contigo y te explique por qué.
    Me parece que estás algo desenfocado con respecto a Aljubarrota. Aunque ahora entremos en detalles quiero recordarte que la Providencia selló este dualismo hispánico no sólo en Aljubarrota, sino también en Toro. La derrota del expansionismo castellano hacia Portugal tuvo el contrapunto de tener que ser derrotado el expansionismo portugués hacia Castilla.
    Quisiera compartir contigo algunas consideraciones para aclararnos todos mejor y para aportar un granito de arena que, ojalá, sirva para mejorar las relaciones portugueso-españolas.

    Unidad hispánica de partida
    Es verdad, innegable, que hubo un interés de todos los Reyes de los distintos Reinos de la Reconquista, incluído el de León (o este más que todos los demás incluso), de reclamar la antigua legitimidad visigótica, la unidad hispánica, de la cual los portugueses también forman parte.
    Admito que en algunos manuales, portugueses y algunos hoy día gallegos, se hace demasiada apología de los suevos para intentar buscar la diferencia donde no existe. Y sin embargo nadie habla de la herencia sueva más importante: la creación en Galicia del primer señorío católico de las Españas, que luego llegara a convertirse en seña de identidad ineludible de todos los Reinos españoles y de todas las Españas, y donde la abjuración del arrianismo por parte de los germanos antecede en 40 años a la de Recaredo en Toledo. Y, por cierto, un reino suevo que abarcaba por el 440 a la Bética y la Cartaginense. Lee el segundo capítulo de la obra conjunta de Elías de Tejada y Gabriela Pércopo titulada “El Reino de Galicia”. Ni lusitanos ni suevos justifican, de por sí, la independencia portuguesa.
    El Profesor José Orlandis ha demostrado a lo largo de toda su obra la importancia de los visigodos y el hecho es incuestionable: Hubo un tiempo en que toda la Península Ibérica estaba sometida a la misma Ley (el Fuero Juzgo y la Lex Visigothorum) y a la misma Corona. Lo demás, bien lo sabemos, son especulaciones vacuas hechas para uso y disfrute de estos pseudohistoriadores con almas de político. Como es innegable que entre España y Portugal no existen fronteras naturales obvias, como mucho algún tramo de algún río y poco más, que bien poco separan. Un breve texto desapasionado, como el de Stanley Payne, de historia de Portugal, te confirmaría todo esto.
    Dicho esto hay que analizar con detenimiento, y creo que los mejores han sido António Sardinha y Francisco Elías de Tejada –uno a cada lado no de la frontera, pero sí de la raya- el nacimiento de Portugal.

    Nacimiento de Portugal como nación
    Si sigues a estos autores te percatarás que Portugal fue la primera nación de Occidente (ya que las Españas de los visigodos fueron volatilizadas por la invasión musulmana) en configurarse como tal. A fecha de 1383 Portugal había dado ya muestras repetidas y evidentes que quería configurarse como nación. Aljubarrota sólo sella lo que ya existe: un Portugal independiente.
    Es verdad, como reconocen insignes figuras como Alexandre Herculano, Oliveira Martins, Teophilo Braga, Carolina Michaëlis de Vasconcelos y otros, que hubo algo de fortuito y casual en el nacimiento de la Patria portuguesa. ¿Crees que la Providencia deja algo al azar? Yo, como católico, sé que no. Por eso, ¿qué pasa para que entre la batalla de Sao Mamede de 1128 y la de Aljubarrota en 1385 la Providencia selle a Portugal como nación distinta y separada del resto de las Españas que, siguiendo la tendencia natural, acaban confluyendo?
    La independencia que tiene que ver con la historia, con lo jurídico (una interpretación “a la francesa” de la legislación Justiniano, de tinte electivo que luego otorga poderes cuasiabsolutos al Monarca) y con los designios de Dios; no con los burdos caracteres físicos y positivistas que la historiografía moderna nos presenta. Portugal, a diferencia de otras naciones, “nace de su monarquía en vez de cuajar en ella; fue poder antes que realidad sociológica”, como nos explica Elías de Tejada.
    En este sentido decisionista cabe entender a Afonso Henriques, y el nacimiento de Portugal como nación, y a lo que se puede objetivamente entender como deslealtad hacia el Rey de León. De todas maneras, deslealtad o no, ésta es luego sancionada por el Rey de León en medio de otras vicisitudes, así que sea como fuere, aquello fue legitimado y nada hay que decir. No se puede negar habilidad política y guerrillera (no sé tanto si guerrera) a Afonso Henriques; menos aún deseo de ser Rey y, por tanto, de que Portugal fuera Reino propio y distinto.

    San Nuño de Santa María
    Pero yo, R, te quiero explicar que Nuno Alvares Pereira, el Santo Condestable, quien tomase por nombre de religión el de Nuño de Santa María, es esa figura que consagra todo esto, porque toda nación necesita un Santo fundador, y éste es para Portugal San Nuño de Santa María. Y ya era hora de que a este Santo Varón de vida ejemplar le canonizaran.
    “Curiosamente” el Santo Condestable es canonizado en la Festividad de San Isidoro, el 26 de Abril. San Isidoro, sí, el Santo Fundador de España. Uno portugués, otro español: los dos hispanos. ¿No te parece incluso providencial y nada casual que la Voluntad Divina haya dispuesto que San Nuno Alvares Pereira fuera a ser canonizado el mismo día de la Festividad de San Isidoro? ¿Has reparado en el mensaje profundo que la Providencia envía a los súbditos de ambos lados de la raya con este pequeño detalle?
    Acerca de cómo eran aquellas relaciones entre naciones católicas, por desavenidas que éstas pudieran ser en un momento dado, te quiero plantear una pregunta: ¿cómo es posible ver con claves de este nacionalismo moderno, espúreo, pútrido, romántico, ilustrado, iluminado y hasta iluminista, que el Regente del derrotado Reino de Castilla en Aljubarrota sea nada menos que un Arzobispo portugués, el de Toledo, Don Pedro Tenorio –natural de el Algarbe-? Evidentemente no hubo ni podía haber un sentimiento tan encontrado entre ambas patrias como el moderno nacionalismo, en especial la versión lusa, pretende.
    Cuando quiera que en medio de las reyertas el enemigo común amenazaba, se dejaban de lado las diferencias. Esto fue siempre así durante la Reconquista y hasta hemos tenido un episodio reciente durante la Cruzada de 1936, cuando faltó tiempo a los voluntarios portugueses para ayudar a conjurar el peligro con que la hidra roja y atea amenazaba a España. ¿Te imaginas que no hubiera habido Portugal independiente en aquel momento crucial de nuestra historia?
    Cómo no recordar, también, que el Santo Condestable quería llevar como escudo a Santiago, junto a San Jorge, pero a Santiago también. Porque Sant Yago es, precisamente, el Apóstol que nos dio la Fe a ambos pueblos. Y ambos debemos venerarle y respetarle como debe el discípulo respetar al Maestro que encima le enseñó lecciones de Salvación. Y el Santo Condestable se sabe deudor de Santiago, que tantas batallas ha ayudado a ganar frente al sarraceno y al que él siempre implora.

    Hechos religiosos en la configuración de Portugal
    Hay un factor configurador de Portugal que está en la génesis de su independencia, y este factor es de primer orden. Me refiero al Cluny, y al Cluny borgoñés a fuer de ser más específico … y don Enrique de Borgoña, claro está. Sobre ese sustrato inicial del Condado de Portugal añades ese Cluny de sabor borgoñés y tendrás el embrión de la nación portuguesa como tal. Primer dato que como católico te deberías plantear: el tema del Cluny como especificidad dentro de un señorío que es católico y quiere seguir siendo católico. Fíjate que hasta entonces los Reinos españoles, que intentan venir a ser todos uno, tienen como factor configurador lo benedictino y el Císter, que llegan por el Camino de Santiago. He aquí una diferencia aparentemente menor, pero significativa.
    La independencia política de Portugal fue consolidada en Aljubarrota y consagrada a la Virgen María en el Monasterio de Batalha. La de España, a través de una Castilla todavía no unida a Aragón, en Toro y consagrada a Dios en los Reyes Nuevos, en Toledo. Esta última tendrá luego continuación a través de la Aparición del Sagrado Corazón al Padre Hoyos, su Promesa a España en la Basílica de Valladolid, y cristalizada en la Consagración de los Obispos españoles y el Rey al Sagrado Corazón. En esto se vuelve a ver más esta fecundidad del dualismo peninsular, donde lo portugués enfatiza –Fátima de por medio- el Inmaculado Corazón de María y lo español el Sagrado Corazón de Jesús. Y ambos, juntos, anticipan el Reinado de los Dos Corazones al que la Humanidad está abocada. Cuando se contempla todo esto, ¿se puede querer que seamos uno? Flaco favor le haríamos a los planes de Dios con semejante unidad.
    Este dualismo hispánico es también mariano porque me atrevo a afirmar que las dos Apariciones marianas más grandes de la historia por su efecto y significado son las del Pilar y la de Fátima. Hace casi 2000 años una, la otra de ayer mismo, de 1917. Ambas en solares ibéricos. Ambas ratificadas y selladas con los dos milagros no eucarísticos más grandes de la historia, el del cojo de Calanda y la danza del sol, respectivamente. Ambas precediendo etapas de mártires (recuerdo siempre la Iglesia de los Innumerables Mártires de Zaragoza, por ejemplo), sean las persecuciones romanas o las persecuciones que ya se empiezan a palpar. Ambas precediendo, también, victorias decisivas. La primera la victoria de la Fe sobre el solar ibérico que no ha de quedarse ahí, sino que se expande –literalmente- sobre los cinco continentes. La segunda, nada menos, la victoria sobre el Anticristo, ya implícita en Fátima.
    Los Reyes son designados de Dios e instrumentos predilectos del Altísimo en el gobierno de las naciones. ¿Te has preguntado las numerosas veces que ha habido intentos de unión dinástica para unión de los Reinos? Excluyamos a Felipe II, católico hasta la médula, por tanto respetuoso con la subsidiariedad y preservador hasta la saciedad de la independencia de Portugal, cosa que no se puede decir de su hijo Felipe III y muchísimo menos de su nieto Felipe IV. Hablo de las veces que ha habido esos acuerdos matrimoniales para unificar ambos Reinos. El epítome es la vida misma de Don Manuel I, que casa con dos hijas de los Reyes Católicos y con Leonor, hermana de Carlos I de España y V de Alemania. Las vicisitudes del Príncipe Miguel de la Paz, nacido en 1498, son la guinda de intentos siempre infructuosos de unificar ambas patrias. Y, sin embargo, ¡qué admiración la de la fecundidad de las Casas Reales de ambos lados de la raya! ¿Podremos olvidar que nuestra [Santa] Isabel la Católica era medio portuguesa?
    Finalmente retomo el tema de Fátima. Porque Portugal es central, junto con Rusia, al mensaje de Fátima. Y España, en la continuación de Fátima que es Tuy, también aparece. Pero hay una promesa de la Santísima Virgen sobre la conservación del Dogma de la Fe en Portugal que es específica de Portugal. ¿No es esto una evidencia indirecta de la ratificación de la Santísima Virgen de que Portugal es distinto e independiente de España? ¿Iremos a contradecir a nuestra Santa Madre en esto?
    Voy un punto más allá: ¿no podría ser, y los hechos así parecieran indicarlo, que en España se va a perder la Fe? Si así fuera, para que ésta se recuperara, debería permanecer firme e incólume en algún sitio. Este es Portugal. Y en este escencario, mucho me temo que bien plausible, Portugal salvará a España. ¿Qué habría sido de no permanecer Portugal independiente? Posiblemente la apostasía de todos.

    Las lecciones del Santo Condestable
    Hay que quedarse con varias virtudes, y todas ellas encomiables. La primera lección, sin duda, es la de su patriotismo, bien reflejada en el texto de Monseñor Francisco Rendeiro sobre Santo Nuño de Santa María. Y el patriotismo pertenece a la virtud de la Piedad. La Piedad hacia la Patria, que está esculpida en piedra en el Cuarto Mandamiento, y que obliga incluso más que la Piedad hacia la propia familia. San Nuño de Santa María sufrió a su propia familia, que mantenían rivalidades políticas, pero él nos dio ejemplo de estar con la Patria.
    La segunda lección, conectada con la anterior, es lo que él regeneró a Portugal. Porque Portugal se encontraba en una pésima situación, como el XIV europeo en general. La decadencia de costumbres, quizás no tan pronunciada como en Castilla, era moneda de uso común en Portugal. El ejemplo de Fray Nuño de Santa María con sus oraciones, sus ayunos frecuentes, su vida frugal y su pureza contribuyó a regenerar las costumbres.
    Cuando el Santo Condestable había conseguido a una joven edad los laureles de la gloria y de la victoria la pronta viudez le dejó desarbolado. Prefirió la viudez, la soledad y la castidad –no siempre fáciles, especialmente la primera-, que es un estado más perfecto que el de volverse a casar, legítimo siempre este último. Su pureza, rematada por el voto de castidad de la vida religiosa es todo un ejemplo en nuestros días de podredumbre sensual.
    Nuno Alvares Pereira era hombre adinerado para sus tiempos, pero utilizó su fortuna en el fomento del bien común. Tras la victoria de Aljubarrota dio mucho dinero a los supervivientes de la misma. Financió la construcción de varias iglesias y monasterios mientras él vivía pobremente. De nuevo esto fue rematado por el voto de pobreza, que perfeccionó todo lo anterior. Más aún, atendía a los pobres con una solicitud realmente ejemplar. Pero en estos tiempos donde el hedonismo y el uso individual del dinero, con desprecio olímpico por el bien común, está tan instaurado, ¡qué noble ejemplo el del Santo Condestable!
    No es fácil, humanamente hablando, que un hombre que ha sido la mano derecha del Rey y el Comandante de sus ejércitos (eso significa Condestable) se hiciera pequeño. Sin embargo Nuño, al entrar en la vida religiosa, escogió para sí el más humilde de los puestos dentro del Monasterio Carmelita en que entró, rechazando privilegio alguno pese a ser ya en vida un héroe para sus contemporáneos. Con una vivencia realmente heroica de la humildad allanaba así el camino de la obediencia, posiblemente el más difícil de los tres consejos evangélicos.
    Fray Nuño de Santa María era un hombre de una grandísima devoción eucarística, que él siempre recibía cuanto le era posible. Su otra grande devoción, aparte del Santísimo Sacramento, era a la Virgen María. Se anticipa así a aspectos de la vida cristiana que han sido luego tremendamente subrayados por los Papas, incluso por nuestro actual Santo Padre, Benedicto XVI.
    Verdaderamente Nuno Alvares Pereira, en su desprecio por todo lo mundano, en su Piedad, en su cumplimiento fiel de los tres consejos evangélicos, en su devoción a María y a la Santa Eucaristía, es un Santo terriblemente actual en nuestros días, tan mundanos ellos, tan promiscuos, tan soberbios, tan contrarios a la Santa Religión, tan laminadores de las patrias.

    Algunas opiniones a tener en cuenta
    Espigo aquí algunos textos de algunos autores que me parece debes ponderar antes de lamentarte por Aljubarrota. Aljubarrota fue bueno para Castilla y Toro fue bueno para Portugal. Manuel Múrias da en el clavo al afirmar que:

    “Basta reparar que, libertando Portugal das hegemonias de Castela, ao mesmo tempo se definiam as circunstâncias em que haveriam de desenvolver-se a actividade de Portugal, alongando-se para o mar, e a de Castela, lançando as bases da Espanha futura.
    Pensando bem, a vitória de Portugal em Aljubarrota corresponde ao triunfo da civilização — porque tão necessária era à civilização do Ocidente a independência de Portugal como a de Castela. Por isso é que, providencialmente, a fortuna das armas se inclinou no mesmo sentido civilizador, afinal, em Aljubarrota como em Toro.”

    El Maestro António Sardinha, a quien tanto debo, afirmaba:

    “Assim, por paradoxal que isso possa parecer, é exactamente na separação das duas pátrias que reside a sua unidade imortal. Olhemos para as páginas da história e sem demora se reconhecerá que o desastre de Toro consolidou a vitória de Aljubarrota!”

    Conclusión
    ¿Portugal y España unidos? ¡Jamás!, debiera exclamar un católico. ¿Ir contra la Providencia, contra la historia, contra la Tradición …? No, gracias.
    Que necesitamos coordinarnos y actuar como si fuéramos uno en materias de política exterior y de defensa, sin duda, como proponía Sardinha. Incluso más todavía, ¿una monarquía dual que preservase las identidades nacionales de ambas naciones? ¿Por qué no, siempre que eso permita acometer mejor la tarea metapolítica a la que estamos llamados?
    Al menos esa última es la tesis de los hermanos de los acás y los allás, el Irmão de Cá y Fray Trabucaire, los del blog Sagrada Hispania. Y Dios les bendiga por esto, por seguir la estela que marcó Don Francisco Elías de Tejada.
    Nosotros tenemos ya una hoja de ruta señalada: un Portugal y una España independientes, un dualismo hispánico inapelable, pero hermanados y conjuntados en la única tarea posible para nosotros. La de San Nuno Alvares Pereira y la de San Isidoro. La de Juan Vázquez de Mella y de António Sardinha.
    Tarea única que no es otra que la misión que Dios nos dio a portugueses y españoles: defender la Fe y expandirla hasta los confines del mundo para hacer realidad encarnada a Cristo Rey. Hermanados y conjuntados porque la historia y la Tradición, que nos dieron diferencias, nos dan hasta el mismo solar ibérico y una historia parelela en victorias y castigos. No hay otra opción.
    Lo demás, apartarnos de nuestra vocación, no es sino ruta inexorable hacia el desastre.
    Espero, querido R, que estas consideraciones anteriores te hagan ver con ojos verdaderamente católicos, y quizás distintos a aquellos con que hiciste tus comentarios, la batalla de Aljubarrota y sus implicaciones. Las cortapisas nacionalistas de uno y otro lado no son sino una lacra inmensa; y mucho más a quienes por religión tenemos que ver la historia como el libro donde el plan de Dios se va escribiendo entre líneas.
    Y en ese plan de Dios ya previó que la Hispania, o las Hispaniae –como prefieras-, tuvieran dos realidades concretas: Portugal y España. Gracias a Aljubarrota. Gracias a Toro.
    Gracias a Dios.
    Un cordial abrazo en Cristo Rey y María Reina,

    Rafael Castela Santos

    Reproducido de A Casa de Sarto: A Casa de Sarto: San Nuno Alvares Pereira (carta abierta a R)

  8. #8
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    Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

    Qué bueno, encontrarte por aqui Grandsonofthunder... se te echaba de menos, cuando he empezado a escribir por aqui ya tu habias desaparecido. Anímate a regalarnos con tus artículos y avisadas opiniones, las veces que puedas... !sería fenomenal!

    De toda las maneras, sabemos donde te procurar... hasta porque ahí se puede hallar la misma obra de acercamiento de la hispanidad peninsular que has subrayado en el blog Sagrada Hispania, con una profundidad más grande y elocuente, con una religiosidad más penetrante. Gracias por tu elogío, que El Fray Trabucaire y yo queremos dirigir también a tí y a JSarto por vuestro trabajo. Que Dios os bendiga.

    !Viva San Nuno!
    !Viva España! !Viva Portugal! !Viva la hispanidad!

    !DPR!
    res eodem modo conservatur quo generantur
    SAGRADA HISPÂNIA
    HISPANIS OMNIS SVMVS

  9. #9
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    Re: Respuesta: Canonização do Beato Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

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    San Nuno de Santa María Álvares Pereira, el Santo Condestable


    San Nuno de Santa María Álvares Pereira, el Santo Condestable (1360-1431)

    Biografía

    Nació en Portugal el 24 de junio de 1360, muy probablemente en Cernache do Bomjardin. Era hijo ilegítimo de Álvaro Gonçalves Pereira, caballero de la Orden Hospitalaria de San Juan de Jerusalén, y de Iria Gonçalves do Caravalhal. Cerca de un año después de su nacimiento, fue legitimado por decreto real y pudo recibir la educación caballeresca típica de los hijos de las familias nobles de su tiempo. A los trece años entró a formar parte de los pajes de la reina Leonor; acogido en la corte, pronto fue nombrado caballero. A los dieciséis años, por voluntad de su padre, se casó con una joven viuda rica, doña Leonor de Alvim. De su unión nacieron tres hijos, dos varones, que murieron prematuramente, y una niña, Beatriz, que después se casó con Alfonso, primer duque de Braganza, hijo del rey Juan I.

    Cuando murió el rey Fernando, sin herederos varones, el 22 de octubre de 1383, su hermano Juan luchó por la corona lusitana contra el rey de Castilla, que se había casado con la hija del rey difunto. Nuno tomó partido por Juan, el cual lo escogió como su condestable, es decir, comandante en jefe del ejército. Nuno llevó el ejército portugués a la victoria en varias ocasiones hasta la batalla de Aljubarrota, 14 de agosto de 1285, con la que concluyó el conflicto.

    Las capacidades militares de Nuno estaban templadas por una espiritualidad sincera y profunda. Su amor a la Eucaristía y a la Virgen María constituían los ejes de su vida interior. Asiduo a la oración mariana, ayunaba en honor de María los miércoles, los viernes, los sábados y en las vigilias de sus fiestas. Participaba diariamente en la misa, aunque sólo podía recibir la Eucaristía en las festividades mayores. El estandarte que eligió como insignia personal llevaba las imágenes de Cristo crucificado, de María y de los santos caballeros Santiago y Jorge. Hizo construir a costa suya numerosas iglesias y monasterios, entre los cuales el convento del Carmen de Lisboa y la iglesia de Santa María de la Victoria, en Batalha.

    Cuando murió su mujer, en 1387, no quiso volver a casarse y fue ejemplo de vida casta. Al establecerse la paz, donó a los veteranos gran parte de sus bienes, a los que renunció totalmente en 1423, cuando entró en la Orden de Hermanos de la Bienaventurada Virgen del Monte Carmelo, en el convento que él mismo había fundado. Tomó el nombre de fray Nuno de Santa María. Impulsado por el Amor abandonó las armas y el poder para revestirse de la armadura espiritual recomendada por la Regla del Carmelo. Así cambió radicalmente su vida, coronando el camino de fe auténtica que siempre había seguido.

    Hubiera querido retirarse a una comunidad lejos de Portugal, pero el hijo del rey, don Duarte, se lo impidió. Sin embargo, nadie pudo prohibirle que se dedicara a la limosna en favor del convento y sobre todo de los pobres: organizó para ellos una distribución diaria de alimentos.

    A pesar de sus grandes títulos –Condestable del rey de Portugal, comandante en jefe del ejército, fundador y bienhechor del convento...– no quiso privilegios; eligió el rango más humilde: fraile donado, y se dedicó completamente al servicio del Señor, de María y de los pobres, en los que veía el rostro mismo de Jesús.

    Murió, significativamente, el domingo de Pascua, 1 de abril de 1431. Inmediatamente se difundió su fama de santidad. El pueblo comenzó a llamarlo “Santo Condestável”, «el Santo Condestable». Esa fama aumentó con el tiempo. En 1894 se introdujo el proceso para el reconocimiento de su culto ab immemorabili –desde tiempos inmemoriales–, que se concluyó el 23 de diciembre de 1918 con el decreto Clementissimus Deus del Papa Benedicto XV.

    El 3 de julio de 2008, el Santo Padre Benedicto XVI dispuso la promulgación del decreto sobre el milagro para su canonización; el 26 de abril de 2009 fue canonizado

    Homilía del Santo Padre Benedicto XVI (26 de abril de 2009)

    Queridos hermanos y hermanas:

    En este tercer domingo del tiempo pascual, la liturgia pone una vez más en el centro de nuestra atención el misterio de Cristo resucitado. Victorioso sobre el mal y sobre la muerte, el Autor de la vida, que se inmoló como víctima de expiación por nuestros pecados, «no cesa de ofrecerse por nosotros, de interceder por todos; inmolado, ya no vuelve a morir; sacrificado, vive para siempre» (Prefacio pascual, III). Dejemos que nos inunde interiormente el resplandor pascual que irradia este gran misterio y, con el salmo responsorial, imploremos: «Haz brillar sobre nosotros el resplandor de tu rostro».

    La luz del rostro de Cristo resucitado resplandece hoy sobre nosotros particularmente a través de los rasgos evangélicos de los cincos beatos que en esta celebración son inscritos en el catálogo de los santos: Arcángel Tadini, Bernardo Tolomei, Nuno de Santa María Álvares Pereira, Gertrudis Comensoli y Catalina Volpicelli. De buen grado me uno al homenaje que les rinden los peregrinos de varias naciones aquí reunidos, a los que dirijo un cordial saludo. Las diversas vicisitudes humanas y espirituales de estos nuevos santos nos muestran la renovación profunda que realiza en el corazón del hombre el misterio de la resurrección de Cristo; misterio fundamental que orienta y guía toda la historia de la salvación. Por tanto, con razón, la Iglesia nos invita siempre, y de modo especial en este tiempo pascual, a dirigir nuestra mirada a Cristo resucitado, realmente presente en el sacramento de la Eucaristía.

    [...]

    «Sabedlo: el Señor hizo milagros en mi favor, y el Señor me escuchará cuando lo invoque» (Sal 4, 4). Estas palabras del Salmo responsorial expresan el secreto de la vida del bienaventurado Nuno de Santa María, héroe y santo de Portugal. Los setenta años de su vida se enmarcan en la segunda mitad del siglo XIV y la primera del siglo XV, cuando esa nación consolidó su independencia de Castilla y se extendió después a los océanos –no sin un designio particular de Dios–, abriendo nuevas rutas para favorecer la llegada del Evangelio de Cristo hasta los confines de la tierra.

    San Nuno se sintió instrumento de este designio superior y se enroló en la militia Christi, o sea, en el servicio de testimonio que todo cristiano está llamado a dar en el mundo. Sus características fueron una intensa vida de oración y una confianza absoluta en el auxilio divino. Aunque era un óptimo militar y un gran jefe, nunca permitió que sus dotes personales se sobrepusieran a la acción suprema que venía de Dios.

    San Nuno se esforzaba por no poner obstáculos a la acción de Dios en su vida, imitando a la Virgen, de la que era muy devoto y a la que atribuía públicamente sus victorias. En el ocaso de su vida, se retiró al convento del Carmen, que él mismo había mandado construir. Me siento feliz de señalar a toda la Iglesia esta figura ejemplar, especialmente por una vida de fe y de oración en contextos aparentemente poco favorables a ella, lo cual prueba que en cualquier situación, incluso de carácter militar y bélico, es posible actuar y realizar los valores y los principios de la vida cristiana, sobre todo si esta se pone al servicio del bien común y de la gloria de Dios.

    [...]

    Queridos hermanos y hermanas, demos gracias al Señor por el don de la santidad, que hoy resplandece en la Iglesia con singular belleza en Arcángel Tadini, Bernardo Tolomei, Nuno de Santa María Álvares Pereira, Gertrudis Comensoli y Catalina Volpicelli. Dejémonos atraer por sus ejemplos, dejémonos guiar por sus enseñanzas, para que también nuestra existencia se convierta en un canto de alabanza a Dios, a ejemplo de Jesús, adorado con fe en el misterio eucarístico y servido con generosidad en nuestro prójimo. Que nos obtenga cumplir esta misión evangélica la intercesión materna de María, Reina de los santos, y de estos nuevos cinco luminosos ejemplos de santidad, que hoy veneramos con alegría. Amén.

    Núcleo de la Lealtad

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