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Tema: Carta de António de Noronha de Oliveira Martins

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    Carta de António de Noronha de Oliveira Martins

    CARTA DE ANTÓNIO DE NORONHA DE OLIVEIRA MARTINS








    Só tem que pagar o funeral...

    Hoje é preciso muita Coragem para dizer a VERDADE !

    Nostalgias.
    Notas soltas, a propósito de um funeral particular.



    António de Oliveira Martins

    ::::::::::::::::::::::::::::


    Recordo há cerca de um ano, o funeral de uma Tia minha.

    E umaspalavras que escrevi no meu blogue a título de reflexão.

    Nos funerais,a caminho da casa final daqueles que nos deixaram, pensa-se muito.

    Emmuita coisa.
    E observam-se pessoas.
    E atitudes.

    E filosofa-se umpouco, como dizia Eça, creio que no Fradique Mendes, “fumando umpensativo cigarro”...

    Senhora de muito valor, educou com seu marido, Primo direito de meuPai, três filhos, sabendo conduzi-los nos valores do trabalho e dasacções cívicas.

    Infelizmente um deles, é hoje figura pública destereinado podre socialista.

    Enganou-se, enganaram-no, ou viu que lheconvinha financeiramente a galopante carreira política de“Independente” Socialista? ...
    Mas adiante.
    Admirava essa minha Tia.

    Tinha 82 anos.

    Descansa agora no simultâneamente bonito e tristeCemitério dos Prazeres.
    A minha família está quase toda lá.

    Aquelecemitério, apesar de me criar nostalgia por aqueles que perdi ao longoda vida, faz-me lembrar, em muitos casos, bonitos períodos da minhavida.
    E encontro-me com as raízes da minha família.

    Histórias dafamília, histórias de Portugal.
    Nostalgias de um País passado...

    Olho de relance para meus Pais, para meus Tios, e dou comigo a pensarque estou, quase sem dar por isso, à porta dos 50 anos.

    Toca-me a mimagora desempenhar o papel que antes era deles, de meus Pais, de meusTios, que pouco a pouco a Lei da vida vai levando para o Céu.

    Contam-se sempre histórias, nos funerais.
    Relembra-se o passado.

    NaBasílica da Estrela, enquanto se celebra a Missa de corpo presente,pergunta-me com um tom traquina de miúdo um Tio, que já passou hábastante os 80 anos:

    -"Já foste lá acima ao Zimbório?" respondi-lheque não.
    Que nunca lá tinha ido.

    Ao que ele retorquiu:
    "Fui lá acimacom a minha Mãe! É lindo!"

    Por momentos, vi-o com o ar de um miúdo natraquinice da infância.

    A sua Mãe, era uma das Irmãs mais velhas demeu Avô.
    A Tia D. Maria Carolina.

    Ele, estava "apenas" a recordar-seda Mãe...

    Com ele, recordei um passado que me interpelaconstantemente.
    Apenas recordando a minha boa tia D. Maria Carolina...

    Fruto das ocupações e relações de uns e de outros, e das relações queinfelizmente esse tal meu Primo “Independente” mas Socialista, ía nocortejo, entre muitas outras "figuras gradas" de hoje, com ar de quemcada vez está melhor e sem remorsos, a pedante Senhora Maria [deJesus] Barroso [Soares].
    Eu já a tinha visto.

    E estava indisposto coma sua presença.
    Pergunta-me uma Senhora conhecida, mãe de um Amigo:

    -"Quer que lhe apresente a Dra. Maria de Jesus?"

    Tive que ser directona resposta:

    - "Minha Senhora, já me chega vê-la aqui! Conhecê-lapessoalmente, aumentaria a urticária que começou assim que a vipassear-se com o seu ar cínico por aqui, e pela Igreja!".

    Penso agoraque se calhar fui desagradável, raiando o grosseiro.

    Mas há coisas quenão faço!
    Pró Dignitate.
    Eu tenho dignidade.

    A tal Dra. Maria deJesus, é presidente de uma Fundação com esse nome, que diz pretenderajudar os povos da nossa "descolonizada" África, promovida à misériade uma forma irresponsável entre outros, por seu marido.
    Remorsos?

    Creio que não.

    Não sei se a tal fundação é mais que um grupinho desenhoras que joga à canasta, enquanto recebe subsídios do Estado.

    Chega ao cemitério num "fascizante" BMW com motorista.

    Pago certamentepor todos nós.

    Eu tive que arrumar o carro em cima de um passeio,quase certo de que apanharia uma multa, ou de que mo bloqueariam.

    Nãopertenço à “Fundação Pro Dignitate”, não sou figura de Estado (graçasa Deus), não gosto deste Regime.

    Castigo: vou a pé, porque serei,segundo os novos ricos que todos os dias nos roubam, dos que defendemos interesses dos ricos.

    Certamente que não os deles, para além depagar os meus Imorais Impostos.
    Sou um perigoso "Fascista"!

    Pobre demim, que me chamam de Fascista apenas porque Amo a minha Pátria.

    Nãosou, nem fui, nem serei Fascista; sou apenas um Português que aprendeua amar a sua Pátria, no seu todo pluri-racial, e pluri-continental, eque admira Salazar, e que vê o Salazarismo com uma perspectiva defuturo; de redenção.

    Não sabem o que é ser Português, estes"portugueses" da Europa dos Euros!

    Para mim, desde que tenho consciência, Maria Barroso é e continua aser uma [ex]-"actriz", casada (pelo civil) com um turbulento Advogadofraco, chamado Mário Soares.

    Sim aquele que foi Comunista, e que até aconfiança de Norton de Matos traíu.

    Aquele que era amigo dos entãoTerroristas de África!

    Aquele a quem as notas de mil caíam e caem docéu, sem saber o que significa a palavra TRABALHAR.

    Exílios de ouro, prisões simbólicas, erros de um menino bem, cheio dedinheiro, que nunca precisou de trabalhar à séria.

    Hoje, é aconsciência da Democracia à Portuguesa, está cada vez mais Burguês,ostensivamente rico, enquanto este Povo e os irmãos de Áfricadirigidos pelos ex(?)-terroristas passam fome...

    Está velho, nãomorre, e nunca mais se cala.
    Já morreu entretanto tanta gente boa...

    E viva Abril, e viva a "Revolução dos Cravas".
    Perdão, dos Cravos.

    Vivi até agora 48 anos, tantos quantos o Estado Novo, e sinto que nãodei por isso.

    Porque não vivi propriamente; deixei-me empurrar pelo"Povo Unido"...

    As poucas recordações boas da minha Pátria, são as deantes de eu fazer 14 anos.
    Antes daquele Abril que nos perdeu.

    Depois,aprendi a ouvir a palavra CRISE.

    Em nome de duas outras que não vejo:Liberdade e bem-estar.
    Sinto que enganaram as pessoas.

    Melhor, estoucerto disso.

    Vejo por aí muitos carros de luxo, muitos "snobs da Picheleira", semofensa para aqueles que vivem dignamente na Picheleira, enquanto oPovo em muitas situações passa fome.

    E morre, por não ter assistênciamédica.
    E não tem acesso à Justiça.

    Nem consegue uma escola comprofessores competentes...

    Fez-se uma Revolução "Democrática", tendencial e tendenciosamente"Socialista", e instaurou-se em Portugal uma espécie de pobrezaSoviética.

    As cabecinhas brilhantes que pertencem à "Nomenklatura", osestrangeirados, vivem cada vez melhor.

    O Povo, esse, paga Impostos,paga medicamentos caríssimos, e para não morrer, tem que empenhar ofiozito de ouro que lhe resta para pagar uma consulta médica...

    Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito, prometeram estesmalandros.

    E a saúde está cada vez mais longe do Povo, da classemédia, que é obrigada a pagar Taxas e Impostos para eles compraremseus grandes carros.
    Os filhos de Abril.

    E o pouco dinheiro queaparece, não sai "lá de cima".
    A não ser para casa de alguns...

    Viva o Isaltino de Morais, viva o Jorge Coelho, viva o Armando Vara,viva o José de Sousa, viva a Fátima Felgueiras, viva o ValentimLoureiro, viva o Dias Loureiro!.

    Portugueses Ilustres, espelho decultura de sacrifício e de incompreensão.

    Barões de uma Repúblicaamortalhada na sua própria bandeira.
    Laicos e Republicanos.

    Quase todos, senão todos, Maçons.

    E todos bons rapazes, que se não tivessesido Abril, não tinham onde cair mortos.

    O Sr. Jorge Coelho, cabecinha pensante e ao que dizem "captador derecursos" para o Partido Socialista (e não só, diz um amigo meu de málingua), teve um Cancro.

    Correu a pedir ajuda aos camaradas poderosos,para que lhe arranjassem uma "cunha" numa clínica Francesa.

    O Senhornão podia morrer, tanta falta fazia à ilustre democracia Portuguesa!

    Mas parece que não confiava no Serviço Nacional de Saúde...

    Telefonamao então PR Francês, fez-se tudo para que essa figurinha tivessetratamento de Rei, ninguém sabe quem pagou.

    Ao mesmo tempo, alguém quenão tem a sua importância, descobria que tinha um Cancro.

    E não era daMaçonaria, nem era vigarista, não tinha cunha nenhuma.

    Apenas pagavaImpostos.
    E muitos.

    Foi ao Hospital Público, desses que sãotendencialmente gratuitos, de acordo com os pressupostos Socialistasdo SNS do Maçon António Arnaut.

    Recebeu autorização para ir a umaConsulta, no dia da sua Missa de 7º dia...

    Serviço de Saúdetendencialmente gratuito para o Povo...
    Só tem que pagar o funeral.

    Ea Servilusa, cobra-se cara!

    O que relato acima, passou-se efectivamente, e movimentou "altas"figuras do PS e do PPD.
    São todos fruta do mesmo cabaz...

    Deus oscria, e eles se juntam.

    Os vigaristas de Abril prometeram tudo.
    E levaram tudo.
    Para eles.
    Sanguessugas.

    Lembro-me que a par de muitos Museus e "Obras do Regime" que meu Avôme levou a visitar ao abrigo do meu "plano de formação", conheci olocal onde antes tinha sido a Sopa dos Pobres.

    Com o Regime do Dr.Salazar, tinha fechado, já não era necessária.

    O outro dia, passei por lá, sim, pela Sopa dos Pobres na AvenidaAlmirante Reis.
    E vi montes de pessoas à porta da Sopa dos Pobres...

    Enem todos tinham ar de "malandros".

    Muitos baixavam a cabeça, comvergonha ou com tristeza de ali terem que estar...

    Não se tratavacertamente de Republicanos, Laicos e Socialistas.

    Eram simplesmentegente honrada, a quem Abril cortou oportunidades.

    E os "Salvadores deAbril", cada vez mais gordos e mais ricos, de cabeça erguida.

    Portugalmorreu.
    Dizem-me que os militares deixaram de existir.

    Que só temosmercenários, agora que o serviço militar é facultativo.

    Não há por aíum Militar de prestígio honrado, e com a força necessária pararesgatar Portugal?
    Sinto-me enganado, apesar de nunca ter acreditado!

    Nostalgia de uma vida que pouco consegui viver mas que tanto memarcou, nostalgia de Salazar, que ainda conheci, teria eu 5 ou 6 anos,num 10 de Junho, na habitual Cerimónia de Condecoração dos Heróis deÁfrica.

    Estava eu com meu Avô foi no dia em que cantei em sentido oHino Nacional, perto do Dr. Salazar.
    Sabia e sei o Hino Nacional.

    Apenas penso que está desenquadrado do Portugal de hoje.
    Heróis?

    QueHeróis?
    E ainda por cima do Mar?

    Esta gente não sabe nadar, apenasflutua nas vísceras da Pátria.
    Nostalgias...

    Dizem que sou umsaudosista...

    Por vezes dou comigo a pensar que os últimos 35 anos não foram maisque um duro pesadelo, e que em breve acordo, e vejo de novo Portugalcom Justiça Social, com orgulho de si mesmo.

    Acabo de ver um livro de1966 sobre a construção da Ponte Salazar.

    Paga integralmente com odinheiro do Estado.
    A tempo e horas.

    Prazos de execução integralmentecumpridos.
    Sem "derrapagens".
    Dizem que essa ponte ainda existe.

    Masno meu sonho, vou a um mapa ver se a vejo, e só encontro uma Ponte 25de Abril... será a mesma?

    Ou não existe na realidade, e foi apenasmais um "acto de propaganda do Estado Fascista e Salazarengo"?

    Vivo desonhar, que o presente me revolta.

    Tudo isto é uma grande confusão.

    Recebo na Empresa Engenheiros novos,que não sabem escrever português.

    "Não é necessário, o computadorcorrige..."
    Dedicaram-se à Matemática, penso eu.

    Mas logo me dizem quenão percebem nada de Matemática, os Professores também não sabiamensinar...
    Quando acaba este pesadelo?

    Começo a recear por ter trazidoum filho ao Mundo.

    Miséria moral, miséria intelectual, miséria social,o que nos trouxe a Revolução, a nós, que trabalhamos, e nos orgulhamosde nunca ter tido um cartão de um Partido?

    Volto ao início.
    Nostalgias...

    A geração de meus Pais, que com a minhaacompanhava a minha Tia ao longo do Cemitério dos Prazeres, soube oque era justiça.

    Soube o que era poder ter orgulho em ser Português.
    Os Portugueses de hoje, têm a alma corrompida.

    Pois se a própriaPátria o foi...

    Reclamo o direito de ser Português, Português que trabalha, e que nãovive do tráfico de influências, como os políticos "retirados".

    Exijo ojulgamento dos responsáveis.

    Mas eles vão morrendo submersos numaespécie de ouro roubado, na cama dos palácios de mau gosto quemandaram construir.
    Parece que vale tudo.

    Que vale a pena não tervergonha.
    "Ser um homem de Abril"!

    Se eu não acreditasse na eternidadeda alma...

    Os cravos murcharam.
    A festa está prestes a acabar.

    Os ladrões sugam opouco que ainda há.

    E o povo, o "Bom Povo Português", patinha na lamado pântano em que a Pátria ficou.

    Vêem o Sr. Pinto de Sousa, de nome artístico José Sócrates, aquele quediz ser licenciado, mas que a Ordem dos Engenheiros não pode aceitar,sair do seu mal decorado apartamento de luxo na Rua Castilho? Imaginamo que está por detrás dos casos Freeport, Cova da Beira, e muitosoutros que nós se calhar nem imaginamos?

    Eu trabalho desde que melicenciei, vivo do meu ordenado.

    E tenho honra em dizer que não tenhodinheiro para comprar um Apartamento tão caro.
    Não herdei nada...

    Nemsou Socialista.

    Sou apenas um Português revoltado, com o futuroadiado, com nostalgia de 14 dos meus 48 anos de vida!

    E tenho a Graçade ter Fé.
    Senão, suicidava-me.

    Ou tornava-me num "Homem bomba", quevai dar ao mesmo, e voava picado sobre a AR, em dia de festa daliberdade...

    Portugal morreu.
    Como a minha Tia, que acompanhei pela ultima vez.

    Celebra-se uma espécie de Te Deum pela Pátria.

    Mas os Portugueses nãopodem ir ver.

    Não têm força, de tanto correr na lama que os não deixaavançar.
    Aproximam-se eleições.
    O ambiente de corrupção satura.

    A Maçonaria,tem cada vez mais poder.

    As pessoas “falam mal” do regime peloscantos.

    Os Partidos políticos, começam a atingir o climax do seuMarketing.

    À custa do dinheiro de todos nós (do que ainda sobra,daquele que roubaram).
    O Povo diz que está farto.

    Que já não aguentamais.

    Mas no dia a seguir às eleições, o Sr. Pinto de Sousa vaiaparecer de novo vitorioso a uma janela do Largo do Rato.

    Bem sei quea abstenção será a grande vencedora.

    Mas a corrupção e o desgovernovão continuar.
    Até quando?

    Possivelmente até que alguém se lembre defazer um Golpe de Estado.
    Nesse dia, sairei à Rua.

    Mas não serãocravos que levarei na mão...




    António de Noronha de Oliveira Martins


    Lisboa
    Última edición por Donoso; 13/08/2016 a las 20:46

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