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Tema: Espiritualidade, oração e combate

  1. #1
    Avatar de Donoso
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    Espiritualidade, oração e combate

    http://emdefesadelefebvre.blogspot.com/


    Espiritualidade, oração e combate

    Por que razão/razões rezamos? Como rezamos? Rezamos bem? O que é a oração?

    É frequente ateus e/ou agnósticos aproximarem-se de nós (por mera curiosidade ou talvez não) com perguntas deste e de outros tipos. E nós, saberemos responder?

    Esta é uma questão que desenvolverei melhor, se Deus quiser, noutro post.

    Agora gostava de reflectir sobre a vida espiritual no quotidiano e, sobretudo, na apologética. Sim, este tema fascina-me! E também me suscita várias dúvidas, inquietações e reflexões.

    Por vezes assalta-me a dúvida: Muito combatemos as doutrinas perniciosas; muito lutamos para que a verdade católica resplandeça em todo o mundo; muito nos esforçamos por denunciar o erro e seus propugnadores; mas será que temos uma sólida vida espiritual? Que lugar ocupa a espiritualidade na nossa vida? Será que nos esforçamos tanto por ter uma sólida vida espiritual quanto nos esforçamos por denunciar os hereges (e aqui coloquei propositalmente denunciar hereges em vez de defender a doutrina)?

    Por que é que nos envergonhamos da nossa vida espiritual? Porque é que nunca falamos nela nos blogs tradicionais? Isso não levará os que estão de fora, os que não nos conhecem, a pensar que não temos vida espiritual? Por que motivo/motivos a nossa espiritualidade não se reflecte nos nossos debates apologéticos?

    Se perguntar a um católico tradicional se reza, é evidente que me vai responder que sim. Mas rezará bem? Ou limitar-se-á a repetir um conjunto de orações tradicionais, mais ou menos maquinal e/ou apressadamente, sem nelas meditar? (sou grande apologista das devoções e das práticas de piedade tradicionais)

    O caríssimo leitor poderá perguntar-se a si próprio ou a mim, deste modo ou de outro semelhante: "mas o que é que tens a ver com a vida espiritual dos outros?"

    De facto, nada. Contudo, é pela nossa vida espiritual que podemos medir os frutos do nosso apostolado; é a nossa vida de oração (ou a falta dela) que nos permite tirar conclusões acerca dos nossos trabalhos apostólicos, do que correu bem, do que poderia ter corrido melhor, do que correu mesmo mal; é só com uma intensa vida de oração que conseguimos defender bem a fé. E, não raras vezes, mesmo rezando incessantemente, cometemos erros graves, insultamos, ofendemos sem nenhuma necessidade, faltamos à caridade, não reflectimos o suficiente sobre o que dizemos ou fazemos; em suma, não nos comportamos como quem está constantemente na presença de Deus, não demonstramos ter vida espiritual.

    Ora este é um problema bastante sério. Não querendo entrar no mais íntimo e profundo de cada um (que a isso não tenho direito), posso assegurar que, muitas vezes e começando por mim própria, parece que não temos espiritualidade; nunca falamos nela; estamos sempre prontos a usar os mais desqualificadores epítetos para falar dos outros, esquecendo-nos frequentemente que só o amor, as boas palavras, a oração e a graça divina convertem. Quando pequena, a minha mãe, porque me achava bastante arisca, dizia-me: "filha, não é com vinagre que se apanham moscas". Nunca me esqueci – embora não siga o conselho – destas sábias palavras da minha mãe.

    E o mais grave de tudo é que, começando novamente por mim, todos ou quase todos confundimos denúncia do erro com insultos sem fundamento. Todos ou quase todos, no entusiasmo dos debates apologéticos e por um legítimo embora excessivo zelo pela fé possivelmente ultrajada pelo interlocutor, começamos a insultar sem critério, a atacar sem fundamentar devidamente. E, de repente, o tema do debate já não é aquela verdade de fé atacada pelo outro mas sim o outro em si. Depois gera-se um outro problema: ao centralizarmos a discussão não nos erros e ideias do outro mas sim nele próprio, surgem inevitavelmente as divisões: os que são contra, os que são a favor; os que atacam e os que defendem; e a verdade de fé? E a verdade ultrajada! Pois, desaparece dos horizontes; deixa de ter importância porque, o que agora importa é desqualificar o outro; interessa ter razão!

    Mas, como Deus gosta de nos surpreender e de nos dar lições de vida, por vezes, quem tem razão é mesmo o outro, o que estamos a insultar; aquele que nunca tem razão. E? Quando é assim, qual é, por norma, a nossa atitude? Voltar atrás ou fingir que não nos apercebemos da verdade? Respondo, sem a mais leve sombra de dúvida, que, na esmagadora maioria das situações e novamente aplicando isto primeiro a mim, ignoramos, fingimos não perceber. Era aqui que pretendia chegar. Ao agirmos assim, estamos, na prática, a negarmo-nos a ouvir a voz de Deus que nos corrige e ensina, que nos dá lições; estamos a rejeitar o que, sabemos, nos quer dizer.

    Quando conhecemos a vontade de Deus, quando sabemos que O desagradamos com certos gestos e atitudes, devemos corrigir esse erro e não passar por cima dele como se não existisse. De contrário, ainda que defendendo com toda a ortodoxia possível a sã doutrina, estamos a viver uma farsa, somos hipócritas, recusamo-nos de forma consciente a ouvir o que Deus tem a dizer-nos e, dessa forma, damos azo a que digam – e com alguma razão – que não temos espiritualidade. Não nos comportamos como se a tivéssemos.

    Se a temos, há que trazê-la para o quotidiano: para o trabalho, para o estudo, para a vida familiar, para as conversas com amigos e, também e não menos importante, para os debates, para a apologética. Não se trata de provar nada a ninguém, trata-se de nos comportarmos como cristãos; de sermos católicos não só quando demonstramos conhecer muito das verdades eternas, mas também, e creio que ainda mais importante, quando temos que abordar o outro, quando queremos que o outro ame essas mesmas verdades conhecidas por nós.

    E como trazer a espiritualidade para a apologética? Isso não é impossível?

    Não!

    Como trazer a espiritualidade para os debates?
    1 rezar antes das possíveis discussões;
    2 ponderar muito bem o que se vai dizer ou escrever;
    3 tentar não insultar o interlocutor. Se tivermos que lhe chamar herege – e só o devemos fazer se o for de facto – então que o façamos com a devida fundamentação;
    4 não odiar o interlocutor nem ter dele, a priori, um mau conceito. Todos são bons até provarem que são maus. No caso dos debates na net, devemos ter cuidados redobrados. Por exemplo, devemos pensar que as pessoas são muito mais do que aquilo que escrevem; não lhes ver logo má fé ou más intenções. Podemos incorrer em juízo temerário e depois, severas contas temos que dar a Deus;
    5 demonstrar caridade, paciência e humildade nas discussões. Caridade não ofendendo ou magoando desnecessariamente; paciência corrigindo o erro e ensinando o que soubermos melhor do que o outro; e humildade reconhecendo que estamos errados, quando nos apercebermos disso;
    6 se não soubermos alguma coisa, não tenhamos vergonha de admitir que não sabemos e que precisamos estudar melhor o assunto. Tal não significa que o outro tenha razão – e isso devemos deixar bem claro – mas unicamente que não sabemos responder àquela determinada objecção ou argumento. O facto de não sabermos algo não significa que não seja verdadeiro o que defendemos ou que o outro tenha razão. Podemos ter a certeza absoluta de que algo é verdadeiro mas não saber explicar porquê. Nesses casos, há que ter a humildade de admitir que não sabemos em vez de inventar disparates só para ter razão;
    7 se tivermos a certeza absoluta que estamos certos nos nossos posicionamentos, é grande acto de caridade rezar, todos os dias, pelo que está no erro; para que veja a verdade; para que tenhamos paciência e caridade de forma a poder mostrar-lhe essa verdade; para que não se obstine no erro; para que veja em nós verdadeiros cristãos. É meio caminho andado para ter sucesso num empreendimento apostólico, caso tenhamos razão, claro. Continuo a defender que só a boa vontade, o amor, as boas palavras, a oração, a mortificação, a graça divina, convertem, transformam; com ódio e veneno não se consegue nada a não ser o afastamento dos outros, a nossa total descredibilização e, possivelmente, até a nossa condenação eterna.

    Não somos perfeitos! A nossa meta é a santidade mas, enquanto vivemos neste mundo, estamos cheios de misérias e imperfeições. Podemos, porém, trabalhar os nossos defeitos dominantes, aquilo que, de alguma forma, está mal em nós.

    Devemos rezar muito; rezar fervorosa e constantemente; pedir a ajuda poderosíssima da nossa Mãe Imaculada (sem Ela não chegamos a Cristo); entregarmo-nos confiadamente ao nosso Pai celeste. Rezamos para pedir-Lhe perdão das nossas culpas; para Lhe agradecer todos os benefícios que d'Ele recebemos; para Lhe pedir o que nos é necessário; para O bendizer e louvar, para engrandecer o Seu nome santo; para crescer na união com Ele.

    Muita oração, muita mortificação (sobretudo interior, embora também devamos voltar à prática da exterior ou dos sentidos). Defendamos sempre a verdade, não dando espaço aos erros e heterodoxias. Mas defendamos a verdade com caridade, esperando sempre a conversão dos que estão no erro; tratando-os como verdadeiros filhos de Deus, nossos irmãos; sabendo que também por eles – e principalmente por eles – derramou Cristo cada gota do Seu preciosíssimo sangue.

    Bem sei que isto é muito difícil. Há pessoas cuja má fé está mais do que comprovada, é mais do que evidente. Há pessoas verdadeiramente irritantes, insuportáveis. Eu, que tenho misérias que nunca mais acabam, não vejo toda a gente da forma que deveria; não olho a todos com benevolência. Por vezes, e vendo como destroem a fé com plena consciência e com pertinácia comprovada, é quase impossível ter outra atitude, diferente da que temos. Todos os santos odiaram hereges. É natural que nos revoltemos com o estado deplorável de muitas almas, que não suportemos as doutrinas perniciosas que muitos defendem. Mas aprendamos a separar pessoas e ideias.

    Até ao seu último suspiro de vida, até ao momento da sua morte, os hereges mais progressistas e prejudiciais às almas podem arrepender-se. Isso também depende, embora não inteiramente, de nós, das nossas atitudes e comportamentos.

    Rezemos e lutemos. Nunca deixemos de combater as doutrinas erradas, as ideias perigosas, as teologias envenenadas, os argumentos falaciosos, as falsidades. Nunca deixemos de denunciar a maldade dos ímpios, a pertinácia dos hereges. Odiemos o modernismo e o progressismo com todas as forças como as doutrinas que mais e melhor podem minar a nossa fé. Amemos as pessoas que estão no erro; se não tivermos a certeza da sua pertinácia, salvaguardemos-lhes a boa fé. Aos pertinazes, devemos combater ferozmente e sem tréguas, mas sempre rezando e pedindo a sua conversão; tentando não os odiar. O ódio – e as raivas mesmo as momentâneas – não vêm de Deus.

    Sendo a oração o mais perfeito acto de união com o nosso divino salvador, o mais perfeito acto de amor a Deus, devemos rezar sempre mais e melhor: para saber o que fazer e dizer, quando calar, para aprender a distinguir os verdadeiros hereges dos que só parecem hereges, para vivermos constantemente na presença e graça de Deus.

    As maiores lições da minha vida tirei-as ouvindo conversas de autocarro, de gente simples e humilde mas com grande sabedoria e experiência de vida; e com o terço na mão, nos momentos de alegria ou de dor.

    Ouçamos a voz de Deus quando nos fala, façamos silêncio para que nos possa falar, sigamos as inspirações do Espírito Santo. Aprendamos a rezar e a transpor a nossa vida espiritual para o quotidiano e também para os debates. Mostremos que somos, de facto e não só de palavras, cristãos, católicos, com honra e amor à fé imaculada e à sã doutrina.

    Rezemos e lutemos! Oração, mortificação e combate católico.

    http://emdefesadelefebvre.blogspot.com/
    Aquí corresponde hablar de aquella horrible y nunca bastante execrada y detestable libertad de la prensa, [...] la cual tienen algunos el atrevimiento de pedir y promover con gran clamoreo. Nos horrorizamos, Venerables Hermanos, al considerar cuánta extravagancia de doctrinas, o mejor, cuán estupenda monstruosidad de errores se difunden y siembran en todas partes por medio de innumerable muchedumbre de libros, opúsculos y escritos pequeños en verdad por razón del tamaño, pero grandes por su enormísima maldad, de los cuales vemos no sin muchas lágrimas que sale la maldición y que inunda toda la faz de la tierra.

    Encíclica Mirari Vos, Gregorio XVI


  2. #2
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    Re: Espiritualidade, oração e combate

    A Magdália tem artigos muito interessantes, também sigo o seu blogue de perto. Ainda que não partilhe de forma nenhuma do seu sedevacantismo, há na sua bitácora uma espiritualidade muito inspiradora e uma vivência da fé verdadeira em todas as coisas da vida. De proveito para todo o católico.
    res eodem modo conservatur quo generantur
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  3. #3
    Avatar de Donoso
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    Re: Espiritualidade, oração e combate

    ¡Magdália no es sedevacantista! Siempre ha defendido la posición de la FSSPX en ese tema.
    Aquí corresponde hablar de aquella horrible y nunca bastante execrada y detestable libertad de la prensa, [...] la cual tienen algunos el atrevimiento de pedir y promover con gran clamoreo. Nos horrorizamos, Venerables Hermanos, al considerar cuánta extravagancia de doctrinas, o mejor, cuán estupenda monstruosidad de errores se difunden y siembran en todas partes por medio de innumerable muchedumbre de libros, opúsculos y escritos pequeños en verdad por razón del tamaño, pero grandes por su enormísima maldad, de los cuales vemos no sin muchas lágrimas que sale la maldición y que inunda toda la faz de la tierra.

    Encíclica Mirari Vos, Gregorio XVI


  4. #4
    Avatar de Hyeronimus
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    Re: Espiritualidade, oração e combate

    ¿Cómo va a ser sedevacantista si defiende a Lefebvre?

  5. #5
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    Respuesta: Re: Espiritualidade, oração e combate

    Libros antiguos y de colección en IberLibro
    Cita Iniciado por Donoso Ver mensaje
    ¡Magdália no es sedevacantista! Siempre ha defendido la posición de la FSSPX en ese tema.
    Estimado Donoso tienes toda la razón: http://emdefesadelefebvre.blogspot.c...lar-claro.html

    No sé donde he sacado la idea de que lo era. Por cierto no sigo su bitacora con suficiente atención. Pido perdón a Magdália y a los foristas por el informe absolutamente falso.

    Magdália, se ler esta mensagem rogo-lhe que aceite a minha mais humilde retratação. Espero que me possa desculpar por esta terrível confusão. Não foi intencional.
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