Cego guia de cegos?
O polemista Olavo de Carvalho anda a fazer valer seu certificado de eunuco sionista. Para tentar impedir entre seu público a feliz tendência de reconciliação do anti-progressismo com o anti-sionismo, eis o que o portento intelectual escreveu:
O objetivo do comentário é estabelecer uma falsa analogia entre ianomâmis e palestinos, dando a entender que ambos seriam povos artificiais que funcionariam como tropas de ocupação das presumidas oligarquias semiclandestinas supostamente patrocinadoras das respectivas invasões territoriais alegadas, a brasileira e a israelense. Entretanto digamos que a realidade não é generosa com os sofismas do janízaro pró-israelense:
As datas gravadas nas moedas acima provam que já havia uma Palestina bem antes da fundação do Estado sionista na Terra Santa. Pode-se obter mais informações sobre essas e outras moedas palestinas aqui, aqui, aqui e aqui. Além do testemunho da numismática, há o testemunho da Igreja: o Santo Padre Pio XI concedeu aprovação eclesiástica a uma invocação mariana local no ano de 1933 que (vejam só!) era conhecida como Nossa Senhora da Palestina, e não Nossa Senhora de Israel.
Com tudo isso exposto, fica patente que a Palestina e os palestinos não são ficções politicamente convenientes criadas pelos muçulmanos endinheirados do Cairo, de Beirute ou de Damasco. Que o público de Olavo questione-o a respeito.
Prometheo Liberto
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