Búsqueda avanzada de temas en el foro

Resultados 1 al 20 de 231

Tema: Historias militares y gloriosas Hispanas

Vista híbrida

  1. #1
    Avatar de JCC
    JCC
    JCC está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    22 oct, 08
    Ubicación
    Principado de Asturias
    Mensajes
    467
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Si,es el portaaviones "Principe de Astirias",pero dentro de unos pocos años se dará de baja por otro portaaviones más grande y más moderno.

    ¡Por España Siempre!

  2. #2
    Avatar de Irmão de Cá
    Irmão de Cá está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    08 sep, 08
    Mensajes
    2,209
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Del excelente libro de Rainer Daehnhardt "Homens, Espadas e Tomates"
    Editora: Zéfiro
    Colecção: Ventos da História

    * - Para buen entendimiento de los castellano parlantes: "tomates"="huevos"



    "(...)A dada altura, comandou Afonso de Albuquerque seis naus nossas, com cerca de 400 homens a bordo. Após ter subjugado e, em parte, destruído diversos portos tributários ao Rei de Ormuz, fez o que ninguém julgou possível: entrou na baía de Ormuz, ficando cercado por 250 navios de guerra inimigos e juntando-se, em terra, um exército de 20.000 guerreiros, todos prontos para o aniquilar! Quando o Rei lhe mandou um emissário a bordo para questionar sobre os seus intentos, Afonso de Albuquerque enviou-lhe a seguinte mensagem: «Renda-se!!!»(...)"

    Uma Curiosa Troca de Insultos

    Em 1537 alguns marinheiros portugueses praticaram um crime, então classificado como um "grande gaffe diplomática". Em frente de Diu recebeu-se o Sultão Bahadur Xá a bordo de uma nau portuguesa.
    As conversações diplomáticas deram para o torto e o Sultão e sua comitiva resolveram retirar-se zangados.
    Alguns marinheiros portugueses, indisciplinados, dificultaram-lhes a entrada no batel, chegando ao ponto de dar com um remo, fortemente, na cabeça do Sultão, tendo este morrido afogado. A acção vergonhosa causou um grito de vingança desde os reinos mulçumanos do Golfo de Cambaia até ao Egipto e Constantinopla. A viúva do Sultão ofereceu toda a sua fortuna para financiar uma expedição punitiva contra os portugueses. A fortaleza de Diu estava a ser defendida por 600 portugueses, comandados por António da Silveira. O Sultão de Cambaia e o turco Suleimão Paxá reuniram as suas forças, conseguindo cercar Diu com 70 galés turcas um exército de terra de 23.000 homens. Tendo já feito prisioneiros alguns portugueses, enviou por um deles uma carta a António da Silveira.
    Temos de saber que Suleimão Paxá não era tido em boa conta pelos portugueses. Tratava-se de um eunuco que, através de uma revolução palaciana, com o levantamento geral dos eunucos, conseguiu degolar a família real, usurpando o respectivo trono e poder.

    Quanto António da Silveira recebeu a carta do turco, virou-se para os seus companheiros dizendo: «Vejamos o que diz o perro do capado!» e leua a carta em público. Suleimão Paxá prometia aos portugueses livre saída de pessoas e bens desde que fossem para a costa de Malabar e entregassem a fortaleza e as armas. Prometia esfolar todos vivos se não o fizessem e glorificava-se de ter reunido o maior exército em Cambaia, tendo muita gente que tomara Belgrado, Hungria e a ilha de Rodes. Perguntava mesmo a António da Silveira como se iria defender num "curral com tão pouco gado"!

    António da Silveira mandou vir papel e Tinta e, estando todos presentes, enviou-lhe a seguinte resposta: «Muito honrado capitão Paxá, bem vi as palavras da tua carta. Se em Rodes tivessem estado os cavaleiros que estão aqui neste curral podes crer que não a terias tomado. Fica a saber que aqui estão portugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os portugueses aqui têm tomates e não temem quem os não tenha!»

    Não se pode imaginar insulto maior! Narra-no Gaspar Correia que o capado, quando recebeu esta resposta, mandou logo matar alguns portugueses, feridos, que estavam na sua posse e começou um luta de gigantes. Durante mais de um mês António da Silveira fez-lhe frente, ficando os portugueses capazes de lutar reduzidos a menos de quarenta, mas causando tais baixas aos turcos que estes resolveram levantar o cerco a Diu e retirar-se

    (Gaspar Correia: Cronica dos Feytos da Índica, vol. IV, p.34-36)


    Trinta para cada Um

    Garcia de Sá enviou, em 1519, uma nau comandada por Manuel Pacheco para impor aos Reis de Pacem e Achem o cumprimento do que estava estabelecido por cntrato. Quando faltou a água à grande nai portuguesa, foi enviado um batel para fazer o reabastecimento. A pequena embarcação era tripulada por cinco portugueses, António de Vera, do Porto, António Peçanha, de Alenquer, Francisco Gramaxo, João Almeida de Quintela e um barbeiro de bordo, sendo remada por escravos malaios.

    Já longe da sua nau e perto de terra, foram surpreendidos por um capitão do Rei de Pacem, comandando três navios de 150 homens cada. Os mulçulmanos viram ali uma boa oportunidade para rapidamente alcançarem a glória de prender ou matar cinco portugueses! Reconhecendo os cinco o perigo em que estavam, e não o podendo evitar, resolveram então abordar o navio comandante, subindo para bordo aos gritos de "Santiago", com as suas espadas na mão direita e as adagas na esquerda. Os mouros, que estavam convencidos de que os cinco se entregariam sem resistência, não podendo contar com nenhum apoio dos seus escravos remadores (perante a óbvia superioridade muçulmana), ficaram perplexos com o calente combate que então se desenrolou.

    Couberam trinta adversários mouros a cada um dos portugueses, que os atacaram com uma ferocidade de quem já se considera perdido, querendo ao menos levar consigo o maior número possível de adversários! Quando os mouros começaram a cair mortos e se ouviram os gritos dos decepados, feridos e moribundos, os outros, aterrorizados, atiraram-se ao mar. Perante esta demonstração de falta de coragem dos seus próprios homens, o capitão mouro virou-se com a sua cimitarra contra os seus soldados que saltavam para a água. O capitão envolveu-se em luta com os seus homens, que já não lhe obedeciam, acabando por cair também ao mar, onde ainda utilizou a sua cimitarra para dar cutiladas aos seus, até acabar por se afogar.

    Os cinco portugueses ficaram donos do barco mouro, perante os olhos estupefactos das tripulações das outras duas embarcações. Estas, perdendo o seu capitão-geral, mostraram as popas, acabando por se irem embora sem dar mais luta. De certo não se tinham dado conta de que os nossos cinco, exaustos da luta e com muitas feridas cada um deles, acabaram por cair e até desmaiar. Os seus escravos remadores malaios vieram então a bordo para os ajudar; navegaram com o batel rebocado pela embarcação muçulmana conquistada, de volta, em direcção à nau. Tratados pelos médicos de bordo, tornaram-se os heróis do dia, facto também reconhecido pelo Reio de Pacem que, perante tal actuação de tão poucos, veio oferecer a paz e a satisfação de todos os danos, conforme o Vice-Rei lhe tinha proposto. A acção destes cinco impediu asssim grandes batalhas, com enormes perdas para ambas as partes.

    (Manuel Faria e Sousa: Ásia Portuguesa, tomo I, part. III, cap. III, p. 189)



    Quantos Ferimentos Aguenta um Português?

    Durante os sangrentos combates na defesa da fortaleza de Diu, ficou um Fernão Penteado, natural da Covilhã, ferido na cabeça por uma "racha de pedra de bombarda" (uma bala de canhão rachou-lhe a cabeça). Chegando ao Mestre João, singular cirurgião de Diu (um dos cincos que saltaram para a brecha do muro após o rebentamento do baluarte - outro relato), deu-se conta que este já tinha uma longa fila de feridos graves para curar, ouvindo ao mesmo tempo os gritos de socorro de companheiros aflitos na defesa de um dos baluartes. Narra-nos então o cronista: «Correndo como pôde, se foi ao combate, não sendo parte a grande ferida para o estorvar, se envolveu na peleja, em a qual, como as feridas fossem baratas (não caras = fáceis de obter), houve prestes outra, isso mesmo na cabeça, assaz má, e assim premiado de duas se tornou ao cirurgião. O qual achou já muito mais ocupado e com grandes coisas diantes de si. Como a esta hora refrescassem os inimigos e apertassem os nossos, e por conseguinte os nossos com dobrado esforço e vigor lho defendessem, causou isto grande estrondo temeroso, profunda e triste consonância, a qual sentindo o dito Fernão Penteado, deixando o que cumpria à sua saúde e vida, com novos espíritos deu volta ao combate, como lugar que, ainda que fosse pouco sadio, podia em ele mlhor aquietar seu duro espírito e assim misturando com os companheiros, pelejando não como ferido de tais e tão grandes feridas, recebeu outra de um pique (lança) pelo braço direito, da qual encravado (impossibilitado), bem contra o que lhe seu desejo pedia, se veio curar de todas as três, dando sinal mui claro a todos de seu alento e valentia, das quais feridas aprouve a Deus dar-lhe saúde. Depois, indo em uma fusta, com temporal se perdeu, e ali fez seu fim!»

    (Lopo de Sousa Coutinho: O Primeiro Cerco de Diu, cap. XVII).



    Não Tendo Bala, Arrancou um Dente, Carregou o Mosquete e Disparou

    É por vezes nos relatos de estrangeiros, que há muitos séculos se debruçam sobre a nossa história, que encontramos pormenores interessantes.

    Narra-nos um padre holandês, Philippus Baldaeus, que acompanhou as armadas seiscentistas dos Países Baixos nas suas conquistas das praças portuguesas do índico, uma história curiosa que, entretanto, também já consegui descobrir num relato português.

    Durante o primeiro cerco de Diu, encontrou-se um soldado português como único sobrevivente num dos baluartes que os turcos estavam a atacar, em ondas sucessivas. Tendo já gasto todas as balas (esferas de chumbo), mas possuindo ainda suficiente pólvora para mais um tiro, e na aflição de nada mais ter com que carregar a sua espigarda, resolveu um dos seus dentes! Carregou com ele a arma e disparou-a contra o adversário surpreso, que já o considerava sem munições!

    Trata-se de um pequeno promenor numa grande batalha, que facilmente entra no esquecimento. O holandês, porém, adversário nosso um século depois, narra este facto com profunto respeito por um digno rival! As diferentes edições da sua obra (em holandês, alemão e inglês), não condizem em todos os pontos, notando-se cortes feitos pelos editores seiscentistas. Todas as edições, porém, mencionam o episódio, o que nos mostra que todos acharam suficientemente interessante para ser transmitido aos seus eleitores, o que muito honra este soldado português.

    (Phillippus Baldeus: A Description of ye East India Coasts of Malabar and Coromandel, chap. X, p. 533 na edição inglesa (página 54 na edição alemã); Pedro de Mariz: Diálogos de Varia Historia, tomo II, diálogo quinto, p.18)
    res eodem modo conservatur quo generantur
    SAGRADA HISPÂNIA
    HISPANIS OMNIS SVMVS

  3. #3
    CRUZADO está desconectado Miembro graduado
    Fecha de ingreso
    05 jun, 06
    Mensajes
    320
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Queria comentar que lei el libro "Españoles en combate", si alguien lo sabe, podria decir que veracidad militar e historica tiene?es decir, es fiable todo lo que dice o hay algun exgeracion?. El libro me gusto mucho y fue facil de leer, aparte que pude leer tanto lo bueno como lo malo.

  4. #4
    Avatar de JCC
    JCC
    JCC está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    22 oct, 08
    Ubicación
    Principado de Asturias
    Mensajes
    467
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    ROCROI (1643) ¿Fue el fin de la hegemonía hispánica en Europa?

    Antes de comenzar con la batalla propiamente dicha, empezaré por narrar lo que pasó antes de esta batalla.

    Francia y España estaban en guerra desde 1635,estos dos grandes reinos se estaban destrozando en los campos de batalla. La situación en Francia era difícil y no le iban bien en la guerra. El rey Luis XIII acababa de morir, lo mismo que el cardenal Richelieu y la corona estaba en poder de una reina española, Ana de Austria.

    Francisco de Melo para ahondar más esta crisis, preparó en la primavera de 1643 una pujante ofensiva contra Francia con tal de aliviar la presión que ejercían los ejércitos franceses en el Franco Condado y Cataluña.

    Melo concentró en Bruselas las siguientes tropas: seis tercios españoles mandados por Baltasar mercader, Alonso Dávila,Antonio de Velandia, el conde de Villalba, el conde de Garciés y Jorge Castelví; tres tercios italianos del marqués de Visconti,Alonso Strozzi y Giovani delli Ponti; tres regimientos valones; cuatro regimientos alemanes y 82 compañiás a caballo; y un ejército de Alsacia de 6.000 infantes y 2.000 caballos, que mandaba el conde de Isemburg. Un total de 23.000 hombres, en calidad de maestre de campo general, Melo había designado a Pablo Bernardo de Fontainen , lorenés de origen que llevaba 50 años luchando en Flandes.

    Una vez comenzada la campaña, Isemburg comienza asediar la ciudad de Rocroi el 12 de mayo, Melo se une el 16 de ese mismo mes al asedio, mientras que el barón Beck con unos 5.000 hombres, sitiaba la plaza de Regnault para dominar el río Mosa.

    En el lado francés, el duque de Enghien estaba en Picardía con unos 16.000 infantes y 7.000 caballos ,un total de 23.000 hombres.

    Para sorpresa de Melo, los franceses de aproximan a Rocroi, esta ciudad está rodeada de bosques y pantanos, a la que solo se puede acceder a través de pasajes angostos que cruzan los bosques, y el jefe español había descuidado bloquearlo. Un error gravísimo. Melo se limitó a enviar un mensaje a Beck con la orden de presentarse en Rocroi.

    Los franceses sin ser molestados, desplegaron sus fuerzas de una forma similar a como lo hacían los españoles.

    El duque de Enghien,sabedor de que Beck se acercaba a Rocroi con refuerzos,decidió dar batalla inmediatamente,en las primeras horas del 19 de mayo.Gassion, con el ala derecha de la caballería francesa, cargó contra el ala izquierda español y la desarboló, aunque sin llegar a romperla. En el ala derecha española, Alburquerque cargó contra la caballería contraria pero sus jinetes fueron castigados por los tiradores franceses ocultos en la arboleda y se dispersaron.Con el ala izquierda Isenburg contracargó con la caballería de Alsacia y arrolló a los franceses.Los alsacianos creyendo que la batalla estaba ganada se dedicaron a desvalijar a los enemigos muertos, pero el barón Sirot comandante de las tropas que estaban en reserva,empezaron avanzar.Entre tanto los tercios españoles no se movieron contra esa reserva francesa ya que no hubo ninguna orden.

    ¡Por España Siempre!

  5. #5
    Avatar de JCC
    JCC
    JCC está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    22 oct, 08
    Ubicación
    Principado de Asturias
    Mensajes
    467
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    A partir de ahí, los franceses explotan el fallo. Su caballeria victoriosa en el flanco derecho , carga contra los tercios españoles del conde Villalba y Antonio de Velandia,situados en el extrémo izquierdo de la vanguardia y la segunda línea. Los infantes lo consiguen rechazar, pero a costa de grandes pérdidas, entre los que se encuentran el conde de Fontaine(muerto estoicamente) y los maestres de campo de los tercios citados..Pero la caballería francesa no se para ahí sino que se lanzan contra los regimientos valones y alemanas de la retaguardia y la reserva causando un gran daño, y aparecen en el flanco derecho español en la retaguardia de de la caballería de Isemburg, que también es cargada de frente por los escuadrones reorganizados del ala izquierda francesa. Para empeorar más las cosas los tres tercios italianos se retiran de la batalla. Al parecer sintiéndose humillados porque los españoles ocupaban los puestos de vanguardia, considerados más honrosos.

    El resultado es que las dos alas de la caballería española y los regimientos valonas y alemanas quedan desechos, y solo resta en pie los tercios españoles,haciendo frente de picas.
    Varias veces cargaron los caballos franceses contra los escuadrones españoles y otras tantas fueron rechazadas..En vista que la batalla se prolongaba el duque de Enghien disparó toda su artillería contra los tercios,lo que produjo enormes estragos, pero la infantería española seguía resistiendo. El jefe francés, con un ejercito agotado que había sufrido pérdidas importantes, no quería prolongar la lucha porque sabía que Beck se estaba acercando, ofreció cuartel a los españoles si rendían las armas, y estos aceptaron.

    La derrota de Rocroi,no presento ningún golpe decisivo para España,como la propaganda francesa ha mantenido tenazmente. Mucho más importantes fueron las derrotas del sitio de Arras, en 1654, y en Las Dunas, en junio de 1659. Lo más importante de Rocroi fue la pérdida de unos cuatro mil veteranos de los tercios; soldados de primera calidad,insustituibles, que formaban la mejor infantería de su tiempo.Pero Rocroi volvió a caer pocos años más tarde en manos españolas, y solo cinco meses después de la derrota, un ejercito imperial al mando del duque de Lorena,en el que había participado en esa batalla,aniquiló en Tüttligen a un ejercito francés,y su jefe, el conde de Guebriant,fue hecho prisionerojunto a 400 oficiales y 6.000 soldados.

    Nota: el duque de Enghien después de unos años de la batalla de Rocroi puso su espada al servicio del rey de España.

    ¡Por España Siempre!

  6. #6
    Avatar de Irmão de Cá
    Irmão de Cá está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    08 sep, 08
    Mensajes
    2,209
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    !Que bien relatado JCC! Ignoraba que el Duque de Enghien había cambiado de bando, después de Rocroi...

    Triste fín de historia para mi patricio D. Francisco de Melo... después de toda una vida luchando y vencendo batallas para la gloria de España y de la fe verdadera, esta derrota con la cual se marca el início del declínio del Imperio...
    res eodem modo conservatur quo generantur
    SAGRADA HISPÂNIA
    HISPANIS OMNIS SVMVS

  7. #7
    Avatar de Reke_Ride
    Reke_Ride está desconectado Contrarrevolucionario
    Fecha de ingreso
    08 sep, 06
    Ubicación
    Antiguo Reyno de Valencia
    Mensajes
    2,931
    Post Thanks / Like

    La Batalla de Alcoraz

    Dirigió el asedio de Huesca el rey Sancho Ramírez en el año 1096. En la batalla de Alcoraz (nombre con el que se recuerda la toma de Huesca) pereció el rey Sancho Ramírez, y cuando más difíciles estaban las cosas, se apareció a caballo San Jorge (según cuentas las leyendas), lo que decantó la victoria hacia las huestes cristianas. Rindiéndose los musulmanes finalmente al rey Pedro I. Episodio que se cuenta en estas crónicas:

    "...invocando al Rey el auxilio de Dios nuestro señor, apareció el glorioso cavallero y martir S. George, con armas blancas y resplandecientes, en un muy poderosos cavallo enjaeçado con paramentos plateados, con un cavallero en las ancas, y ambos a dos con Cruces rojas en los pechos y escudos, divisa de todos los que en aquel tiempo defendían y conquistavan la tierra Santa, que aora es la Cruz y habito de los cavalleros de Montesa.
    Y haziendo la señal al cavallero que se apeasse, començaron a combatir ambos a dos tan fuerte y denodadamente contra los Moros, dandoles tan mortales golpes, el uno a pie, y el otro a cavallo: que abriendo carrera por do quiera que yuan, recogían y acaudillavan los Christianos. El cavallero que traxo el santo martir, dize la historia de S. Iuan de la Peña alegada por Çurita, que era Aleman, al qual en aquel día y hora peleaba en Antiochia con los demas cruzados, mataron los moros el cavallo, y lo rodearon para matarle; y a este punto le apareció el gloriosos S. George, sin que el buen cavallero Aleman entendiese ni supiese quien era ... y ayudole a subir en las ancas de su cavallo, y sacole de su batalla, y subitamente lo transporto a Aragón, al lugar donde era la batalla del Rey don Pedro con los Moros, y señalole que se apeasee y peleasse....
    Espantaronse los enemigos de la fe viendo aquellos dos cavalleros cruçados, el uno a pie, y el otro a cavallo: y como Dios les perseguía empeçaron de huyr quien mas podía. Por el contrario los Christianos, aunque se maravillaron viendo la nueva divisa de la Cruz: pero en ser Cruz se alegraron, y cobraron esfuerço hiriendo en los Moros: y assi los arrancaron del campo y acabaron de vencer" (La batalla de Alcoraz según Diego de Aínsa, 1619).

  8. #8
    Avatar de mazadelizana
    mazadelizana está desconectado Mos maiorum
    Fecha de ingreso
    02 abr, 08
    Ubicación
    Condado de Ribagorza.
    Edad
    34
    Mensajes
    1,735
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    De hecho yo opino que el ocaso de los tercios es la batalla de las Dunas no Rocroi, leí que una de las causas por las que perdimos dicha batalla fue por que nos quedamos sin pólvora.

    "El vivir que es perdurable
    no se gana con estados
    mundanales,
    ni con vida deleitable
    en que moran los pecados
    infernales;
    mas los buenos religiosos
    gánanlo con oraciones
    y con lloros;
    los caballeros famosos,
    con trabajos y aflicciones
    contra moros".

    http://fidesibera.blogspot.com/

  9. #9
    Avatar de Irmão de Cá
    Irmão de Cá está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    08 sep, 08
    Mensajes
    2,209
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Cita Iniciado por mazadelizana Ver mensaje
    De hecho yo opino que el ocaso de los tercios es la batalla de las Dunas no Rocroi, leí que una de las causas por las que perdimos dicha batalla fue por que nos quedamos sin pólvora.
    Si, solo si fuera pólvora... que las balas podemos pasar sin ellas encuanto haya dientes jajajaja
    res eodem modo conservatur quo generantur
    SAGRADA HISPÂNIA
    HISPANIS OMNIS SVMVS

  10. #10
    Avatar de JCC
    JCC
    JCC está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    22 oct, 08
    Ubicación
    Principado de Asturias
    Mensajes
    467
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Cita Iniciado por mazadelizana Ver mensaje
    De hecho yo opino que el ocaso de los tercios es la batalla de las Dunas no Rocroi, leí que una de las causas por las que perdimos dicha batalla fue por que nos quedamos sin pólvora.
    y el fin del poder español en flandes fué la derrota de dos flotas en el canal de la Mncha frente a la flota holandesa
    Última edición por JCC; 20/11/2008 a las 20:45 Razón: error gramatical

    ¡Por España Siempre!

  11. #11
    Avatar de mazadelizana
    mazadelizana está desconectado Mos maiorum
    Fecha de ingreso
    02 abr, 08
    Ubicación
    Condado de Ribagorza.
    Edad
    34
    Mensajes
    1,735
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Cita Iniciado por JCC Ver mensaje
    y el fin del poder español en flandes fué la derrota de dos flotas en el canal de la Mncha frente a la flota holandesa

    Opino lo mismo pero algo debió de pasarle al camino español para que necesitaramos flotas.

    "El vivir que es perdurable
    no se gana con estados
    mundanales,
    ni con vida deleitable
    en que moran los pecados
    infernales;
    mas los buenos religiosos
    gánanlo con oraciones
    y con lloros;
    los caballeros famosos,
    con trabajos y aflicciones
    contra moros".

    http://fidesibera.blogspot.com/

  12. #12
    Avatar de JCC
    JCC
    JCC está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    22 oct, 08
    Ubicación
    Principado de Asturias
    Mensajes
    467
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Cita Iniciado por mazadelizana Ver mensaje
    Opino lo mismo pero algo debió de pasarle al camino español para que necesitaramos flotas.
    Lo que le sucedió al camino fué que los franceses ocuparon Lorena y el Franco Condado,y al ocuparlo se cortó el camino.

    ¡Por España Siempre!

  13. #13
    tautalo está desconectado Uno más... que no se rinde
    Fecha de ingreso
    04 feb, 07
    Ubicación
    España
    Mensajes
    1,023
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas



    LA BATALLA DE ALCAZARQUIVIR Y MORIR AUNQUE SEA DE PIE


    El 4 de agosto de 1578, una expedición lusitana se enfrentó a las hordas moras en Alcazarquivir. La expedición portuguesa la encabezaba el mismo Rey de Portugal, el joven Don Sebastián de Portugal, hijo de Juan de Portugal y Juana de Austria.

    Don Sebastián, sobrino de Felipe II, llevado por su ardoroso celo católico, planificó la intervención en el norte de África, bajo el pretexto de apoyar a la causa del depuesto reyezuelo moruno Muley Ahmed que pretendía recuperar su trono con el auxilio peninsular, arrebatándoselo a Abd el Malik. En 1576 Felipe II había apoyado la expedición de su sobrino D. Sebastián, comprometiéndose a enviar tropas, caballos y armas.


    El desembarco se realizó en Arcila, allí hicieron parada unos días y al poco D. Sebastián ordenó la marcha hacia Alcazarquivir. A la vera del río de la Podredumbre se produjo la terrible batalla en la que murieron los dos reyezuelos moros que competían por el sultanato de Marruecos y el Rey de Portugal.


    Don Sebastián arengó a sus huestes, diciéndoles que no serían sus soldados los que lucharían contra la morisma, sino la Cruz contra la Media Luna.


    Entre los españoles que acompañaban al joven y visionario Rey de Portugal se encontraba el famoso poeta Francisco de Aldana, el “Divino”, que Felipe II había mandado como asesor castellano de su sobrino.

    Como experimentado soldado que era Francisco de Aldana sabía adonde le encaminaban sus pasos. El hidalgo e inspirado bardo extremeño llegó a Arcila el 31 de julio, con quinientos soldados castellanos, y presentándose al capitán de la plaza, Pedro de Mezquita, le participó sus premoniciones, expresándole incluso que era su intención regresar a España, por ver perdida la campaña; no por perder la vida, sino para conservar el honor ganado en tantas batallas. Pero Aldana tenía que entregar en mano a D. Sebastián una misiva del Duque de Alba, y el hidalgo español Pedro de Mármol le convenció de que su puesto estaba allí.

    Aldana alcanza a D. Sebastián, en las vísperas de la batalla, y el Rey de Portugal lo recibió muy cortés y feliz, nombrando al español “superintendente de ejército, mandando que le obedeciesen como a su persona”, tanto confiaba el joven monarca en tan avezado soldado.

    Pero Aldana barruntaba el fracaso estrepitoso, y parece que en la marcha de las tropas advirtió sin éxito a D. Sebastián: “que mudase de parecer, porque se iba a perder; mas no fue posible ni ninguno vino en su parecer”.

    Las prudencias de Aldana se desvanecen cuando avistan a los enemigos el 4 de agosto. No hay vuelta atrás, y entonces el que recelaba de contender, pareciendo tal vez poco animoso, cambia de parecer ante la fuerza de los hechos que se imponen, según testigos la opinión del español Aldana fue: “que se combatiese aunque hasta entonces lo había contradicho, pareciéndole que hasta aquel punto hubo lugar de retirarse y que ya no le había”.

    Según cuenta Diego de Torres en una carta a Felipe II: “…el día de la batalla por le haber muerto el caballo le encontró el rey y le dijo: “Capitán, ¿por qué no tomáis caballo?”, y él dicen que le respondió: “Señor, ya no es tiempo sino de morir aunque sea a pie.”

    Organizó Aldana la infantería cristiana, siguiendo el modelo propuesto por el Duque de Alba. Aldana sabía que aquella tropa que disponía se confundiría al final, perdiéndose la porfía.

    Chocan las armas peninsulares con las sarracenas, y en tan estruendoso fragor, Aldana pide a D. Sebastián que se ponga a salvo “con la mejor caballería… porque si Dios no lo remedia no quedará hoy hombre con vida de nosotros”.

    Había peleado hasta entonces muy bien y dado muestras de gran corazón...” –informa D. Juan de Silva.

    Y con la espada en la mano tinta en sangre se metió entre los enemigos haciendo el oficio de tan buen soldado y capitán como él era”.

    Así murió el elegido de las Musas, Francisco de Aldana, según testimonio de los pocos supervivientes que quedaron para contarla... Así viéronle por última vez, adentrarse empuñando la toledana, ir con pasmosa serenidad y gallardía española a la batalla... Y así desapareció bajo la moledora muchedumbre de los enemigos.
    Imágenes adjuntadas Imágenes adjuntadas


  14. #14
    Avatar de Irmão de Cá
    Irmão de Cá está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    08 sep, 08
    Mensajes
    2,209
    Post Thanks / Like

    Re: Historias militares y gloriosas Hispanas

    Un relato encantador de la batalla de Alcazarquivir, Tautalo... como sabe no quedaron muchos vivos para contar los hechos de la batalla, le agradezco la aportación. Es un precioso documento historico.

    La sangre Habsburgo produció grandes reyes para la Piel de Toro, de los más conscientes de la misión evangelica que es intrinseca a la identidad hispana: por ella los marinos portugueses no dejaron tierra por descubrir, por ella los soldados españoles no dejaron enemigos por combatir...

    Para que Cristo fuera Rey en la Tierra, como en los Cielos...

    Planteemos esto, en el proximo Domingo...
    Última edición por Irmão de Cá; 21/11/2008 a las 12:57
    res eodem modo conservatur quo generantur
    SAGRADA HISPÂNIA
    HISPANIS OMNIS SVMVS


Información de tema

Usuarios viendo este tema

Actualmente hay 1 usuarios viendo este tema. (0 miembros y 1 visitantes)

Temas similares

  1. Respuestas: 4
    Último mensaje: 21/12/2009, 13:31
  2. Reflexiones militares.
    Por Tradición. en el foro Política y Sociedad
    Respuestas: 0
    Último mensaje: 13/11/2006, 09:55
  3. La época del Císter y las Órdenes Militares :
    Por Ordóñez en el foro Historia y Antropología
    Respuestas: 0
    Último mensaje: 29/08/2005, 18:02
  4. Campaña de apoyo a los militares de Lleida
    Por Fera Foguera en el foro Tablón de Anuncios
    Respuestas: 1
    Último mensaje: 28/07/2005, 13:45
  5. Militares tomaron fotos de la manifestación
    Por Bruixot en el foro Noticias y Actualidad
    Respuestas: 0
    Último mensaje: 22/06/2005, 01:04

Permisos de publicación

  • No puedes crear nuevos temas
  • No puedes responder temas
  • No puedes subir archivos adjuntos
  • No puedes editar tus mensajes
  •