O mapa de Martin Waldseemüller, 1507
Por Sérgio Filipe, M. B. A.
Com muito prazer publico este artigo escrito pelo Eng. Sérgio Filipe, nascido na Alemanha. Este mapa mostra claramente o Oceano Pacífico antes de 1507. Certamente só os navegadores portugueses é que teriam capacidade de navegação para chegar ao Pacífico ANTES de 1507.
Este trabalho já foi apresentado em forma de conferência na Sociedade de Geografia de Lisboa, no dia 27 de Fevereiro de 2003.
Iremos apresentar brevemente este artigo também em Inglês e alemão.
Manuel Luciano da Silva, M. D.
Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi Vespucci Aliorum Lustrationes (mapa mundo) – Martin Waldseemüller, 1507
Na páscoa de 1999, quando da visita dos meus sogros a Detroit, onde eu residia com a minha família, decidimos dar uma volta completa ao lago de Michigan. Num desses dias, o cair da noite levou-nos até Sault Saint-Marie.
Decidimos então ir jantar a um restaurante italiano. Quando solicitei a conta, fui até ao balcão para efectuar o pagamento e é nesta altura que eu reparo numa placa com a seguinte descrição:
"America, what a great Italian name!"
'América, que grande nome italiano'
Perguntei então à senhora da caixa, o porquê daquela afirmação, não me soube responder. Expliquei então quem era Américo Vespúcio.
Introdução
O objectivo deste pequeno trabalho é a análise do mapa Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi Vespucci Aliorum Lustrationes datado de 1507 por Martin Waldsemüller. Este mapa é vulgarmente designado por Mapa Mundo.
Vamos neste artigo analisar as referências ao continente Americano, assim como as referências ao Oceano Atlântico e Pacífico. O trabalho vai juntar vários elementos em torno da questão do conhecimento Português na descoberta do Novo Mundo. Este é o primeiro mapa com o nome América, é também o primeiro a representar este novo continente, representando desta forma pela primeira vez o Oceano Pacífico.
Quem foi Martin Waldseemüller?
Martin Waldseemüller provavelmente nasceu em Radolfszell junto ao lago Constância, na Alemanha. Também não é certo o ano em que nasceu. De acordo com Grow, Bonacker e Brockhaus o ano em questão seria o de 1470. Götz refere o ano de 1473 e Oehme o ano de 1474. M Eckert refere a vida do autor como sendo 1480 – 1521, neste caso não é de excluir que possa ter havido um erro na impressão pelo que poderia querer definir o ano de 1470 como ano de nascimento. No entanto, existem registos escritos que em 1522 já seria "defunctus". O ano defendido de 1518 por Leo Bagrow e outros, também não pode ser tido como certo, pelo que o ano da morte continua desconhecido. 1
De acordo com a moda da época, Martin Waldseemüller acaba por latinizar o seu nome para Ilacomilus, Ilacomylos, Hilacomilus ou Hylacomylus. 2
Em documentos alemães são conhecidos os nomes Walzemüller, Waltzemüller, Walczen-müller ou Waldsenmüller. Não existe até à data concenso na designação correcta a utilizar. 3
Martin Waldseemüller estudou na Universidade de Friburgo, na diocese de Constância exerce funções de sacerdote, mas é em Saint Die (Vosges) que como cónego vai dar início às suas obras cartográficas. É também em St. Die que Waldseemüller lecciona astronomia e geografia. 4
Alguns dos trabalhos cartográficos realizados por Waldseemüller:
- Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi Vespucci Aliorum Lustrationes (mapa mundo)
- Cosmographia Introductio (1507)
- Carta Itineraria Europae (1516)
- Carta Marina (1516)
1 Erläuterung zur Carta Itineraria Europae, pág. 7
2 Erläuterung zur Carta Itineraria Europae, pág. 7
3 Erläuterung zur Carta Itineraria Europae, pág. 7
4 The story of maps, pág 1
A redescoberta do mapa
A redescoberta do mapa foi feito em 1901 pelo historiador jesuíta Joseph Fisher. Encontrava-se na biblioteca do príncipe von Waldburg zu Wolfegg-Waldsee no castelo de Wolfegg (Conselho de Ravensburg) no estado de Vurtemberg na Alemanha 5 .
O mapa estava contido num livro do matemático Alemão do Séc. XVI Johannes Schöner. Continha o livro um total de 12 folhas, designadas de Carta Marina, datada de 1516. Juntamente com este mapa estavam mais outras 12 folhas de outro mapa mundo, sem data, nem nome de autor. Este último mapa é referido como sendo o Mapa de Martin Waldseemüller, que iremos tratar neste pequeno trabalho.
O livro, o mapa e o globo
Por forma a descrever o conteúdo do mapa e do globo, Waldseemüller escreveu o livro Cosmographia Introductio. O globo de pequenas dimensões, é suportado pelo mapa projectado (tam in solido quam plano).
Facsimile globe, Martin Waldseemüller, 1507.
O mapa Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi Vespucci Aliorum Lustrationes (Mapa Mundo de acordo com a tradição de Ptolomeu e as viagens de Amerigo Vespucci), foi realizado em 12 blocos de madeira ( com a projecção do mundo). Realizado em Estrasburgo, passa a impressão das cópias a ser feita em St. Die. 5
12 blocos com projecção, Martin Waldseemüller, 1507 Um total de 1000 cópias é efectuado, chegando aos dias de hoje este único exemplar.
Sendo este mapa considerado pelos Americanos como "America´s birth certificate", (Certificado do Nascimento da America), tendo sido comprado pela Library of Congress em Washington, D. C.
América um nome masculino
Para além do mapa, Martin Waldseemüller escreveu o livro de 103 páginas designado por Cosmographia Introductio. Aqui, o autor refere que o navegador italiano Américo Vespúcio havia descoberto a "quarta parte" do mundo (quarta orbis pars).
Atendendo ao facto que a Europa e Ásia haviam recebido nomes de mulheres, eu não vejo razão para que esta outra parte não tenha um nome masculino, Amerige, que quer dizer, as terras de Americus, ou América, de acordo com o seu sagaz descobridor (Amerigo) 6, assim Martin Wadlseemüller resolveu dar
A designação "America" no Mapa de Waldseemüller. 5 Maps slide 312
6 Portugal may have put America on the map, pág. 2
Quem foi Amerigo Vespucci
Amerigo Vespucci (português Américo Vespúcio), nasceu em 1454 em Florença, falecendo em 1512 em Sevilha.
Vespúcio era filho de Nastagio, um notário. Trabalhou no Banco Lorenzo and Giovanni di Pierfrancesco de'Medici, antes de ser enviado a Sevilha, onde o Banco detinha interesses representados por Giannotto Berardi. Estes interesses passavam pela navegação, pelo que aparentemente conheceu Colombo aquando da sua chegada da primeira viagem.
Esta foi a porta que Vespúcio precisava por forma a se aventurar pelo Oceano Atlântico. 7
Américo Vespúcio no mapa de Waldseemüller junto do novo Hemisfério a América.
As viagens de Vespúcio
No total Vespúcio realizou 4 expedições ao Novo Mundo. No entanto, este número de viagens é posto em questão por alguns.
Duas séries de documentos de Vespúcio são conhecidos. A primeira série com uma carta escrita em Italiano e impressa em Florença em 1505; existem também duas versões em latim desta carta: "Quattuor Americi navigationes" e "Mundus Novus", ou "Epistola Alberici de Novo Mundo". A segunda série consiste de 3 cartas. Na primeira série são referênciadas 4 viagens, na segunda série somente duas.
Parece verdadeira, a viagem pela coroa Espanhola comandada por Alonso Ojeda, entre Maio de 1499 e Junho de 1500.
Perto da actual costa do Guiana, Américo deixa a companhia de Ojeda e começa a navegar a Sul, tendo descoberto o rio Amazonas, chegando mesmo à latitude 6º (Cabo Agostinho). No regresso passa por Trindade e foz do rio Orenoco, prosseguindo para o Haiti. 8
Vespúcio ao regressar estava convencido de que teria estado nas costas orientais da Asia, tenta assim convencer o Rei de Espanha a promover uma nova viagem que acaba por não ser aceite e Vespúcio vem para Portugal.
Em Portugal, Vespúcio parte de novo para a América. A 13 de Maio de 1501 sai de Lisboa, em direcção a Cabo Verde, daqui parte para o Brasil começando a sua exploração na latitude 6º até à foz do Rio da Prata. É provável que o navegador tenha mesmo estado a sul do Rio da Prata (Pantagónia). Vespúcio regressa a Lisboa a 22 de Julho de 1502. 9
Parece ser nesta viagem que Vespúcio fica convencido de que a costa navegada não é a asiática mas sim um novo continente que passaria a ter o seu nome!
A aceitação do novo continente no mapa de Waldseemüller
Aquando da preparação do mapa por Martin Waldseemüller, o conhecimento do mundo era aquele defendido por Ptolomeu. O novo conhecimento trazido pelas navegações portuguesas e espanholas, vinham desafiar a visão clássica do mundo, pelo que o autor do mapa não mais poderia ignorar os novos elementos.
Era no entanto importante não existir uma rotura com o conhecimento e valores aceites na altura. O resultado é a colocação da imagem de Ptolomeu junto ao mundo clássico, juntando assim o novo conhecimento do continente que acabou por ser designado por América com imagem de Américo Vespúcio.
7 Biographie Vespucci, pág 1
8 Biographie Vespucci, pág 1 e 2
9 Biographie Vespucci, pág 2 3
Cláudio Ptolomeu, astronomo grego, nascido no Egipto no Séc. II, junto do hemisfério velho (Europa, Africa e Asia) no mapa de Waldseemüller.
O Occeanus Ocidentalis
Neste mapa a designação do Oceano Atlântico é a de Occeanus Ocidentalis. É de referir que o autor designa este mesmo Oceano junto à costa do Magrebe como sendo Athlanticum.
O Atlântico Norte e a Terra Nova
É ainda muito pobre o conhecimento e representação da América do Norte. É já representada a península da Florida "Terra Ulteri' Incognita", não existindo ainda nenhuma ligação entre este ponto e a Terra Nova. A Terra Nova é representada em forma de ilha tal qual a conhecemos no mapa Cantino, afastada do Continente norte Americano.
Esta constatação vem mais uma vez evidênciar o segredo bem ocultado pelos Portugueses em relação ao conhecimento da América do Norte.
Pormenor da América do Norte sem a Terra Nova, com uma
passagem fictícia na América Central entre o Oceano Atlântico e Pacífico.
A representação da Terra Nova é feita com a bandeira das cinco quinas.
Terra Nova, sua representação em forma
de ilha e para cá da linha de Tordesilhas.
O Atlântico Sul
É bem presente a marca Portuguesa no Atlântico Sul, as bandeiras, na costa Africana, as Ilhas e a costa Oriental da América do Sul disso são provas.
As ilhas de maiores dimensões representadas perto do Cabo Horn tanto poderão ser as ilhas Falcland como as ilhas Jórgia do Sul, ambas hoje sob a jurisdição Britânica.
O Atlântico Sul com bandeiras das cinco quinas, e repleto de nomes portugueses. 4
O Oceano Pacífico na sua primeira representação
Todos nós aprendemos que foi o português Fernão de Magalhães o primeiro a circum-navegar o mundo no ano de 1519-1522. Já nesta altura o Oceano Pacífico era conhecido, visto o mesmo ter sido descoberto (oficialmente) por Fernando Balboa em 1513. No entanto não eram os seus contornos, nem tão pouco a passagem que recebeu o nome de Estreito de Magalhães.
Assim se pode questionar como é que no mapa datado de 1507 por Waldseemüller conseguimos ter a Costa Ocidental da América do Sul perfeitamente definida!
Também não deixa de ser curioso o facto de neste mesmo mapa não ser mencionado nenhuma passagem entre Atlântico Sul e o Pacífico, no entanto na sua extremidade (Cabp Horn) aparece uma bandeira portuguesa com as quinas de Portugal.
Não podemos partir do pressuposto que é uma mera coincidência, o ângulo que existe entre os paralelos 18 e 19 está claramente representado.
Pormenor do lado ocidental da América do Sul.
A designação dada ao Oceano Pacífico é a de Occeanus Orientalis, mencionado também o Oceano Atlântico como Occeanus Ocidentalis, é esta uma clara referência de que eram conhecidos dois mares e que os mesmos teriam que estar interligados.
O mapa representa ainda as montanhas dos Andes ao longo de todo o lado ocidental da América do Sul.
Cabo Horn
Este cabo na extremidade do continente já é assinalado no mapa, contendo ainda uma bandeira com as cinco quinas de Portugal.
O mapa, contudo, não apresenta a passagem do Estreito de Magalhães, certamente que esta informação foi propositadamente ocultada pelos Portugueses por forma a poderem continuar as suas expedições sem atropelos do reino de Castela.
Não podemos esquecer que uma possível passagem para o Oceano Pacífico poderia representar a perca do monopólio do Cabo da Boa Esperança em África por onde os Portugueses faziam passar todas as especiarias vindas da India.
Pormenor do Cabo Horn com Bandeira das cinco quinas
América Central
Não deixa de ser relevante, o facto de na parte principal do mapa existir uma passagem entre o Oceano Atlântico e Pacífico na América Central. De referir ainda que aqui é também colocada uma bandeira de Castela. Esta passagem deixa de ser representada no pequeno hemisfério junto da imagem de Amérco Vespúcio.
A carta náutica de 1424
Já não é a primeira vez que somos deparados com incongruências nos mapas do Séc XV e XVI.
A carta náutica de 1424 é um desses exemplos. O autor Zuane Pizzigano, apresenta na sua carta náutica quatro ilhas que designaria por antilhas: Saya, Satanazes, Antília, e Ymana. 10
Carta Nautica de 1424 de Zuane Pizzigano de Veneza
10 As Verdadeiras Antilhas: Terra Nova e Nova Escócia, Pág. 5
A cuidada análise demonstrou que as mesmas ilhas se encontram nas latitudes da Terra Nova e Nova Escócia, demonstrando ainda ângulos e baías semelhantes às existentes.
Pormenor do lado ocidental com Saya, Satanazes, Antília, e Ymana
O mapa Cantino de 1502
O mapa cantino não desafia as regras daquele que é o conhecimento aceite pelos historiadores. A justificação da representação da Terra Nova passa pelo facto, de assim estas terras estarem na parte correspondente ao hemisfério português, mas será que o conhecimento cartográfico da época não teria muito mais informação em relação à América do Norte? Que foi feito da informação de João Vaz Corte Real e seus sucessores...
Planisfério anónimo, português, de 1502, dito de Cantino
Pormenor com "Terra del Rey de Portuguall"
Tratado de Tordesilhas
Como é sabido o Tratado de Tordesilhas assinado no ano de 1494 pelo rei D. João II de Portugal e o rei Fernando, o Católico de Castela, é o resultado da viagem de Cristovão Colombo 11 , à América.
No entanto, durante a negociação o rei de Portugal fez denotar que a linha a 100 léguas a Oeste dos Açores e de Cabo Verde seria demasiado estreita para "os barcos portugueses que navegassem naquela parte, em busca de novas terras ou em viagem de regresso da Guiné". 12
Aquando da assinatura do Tratado, é demarcada a linha de pólo a pólo, que passava a 370 léguas a oeste de Cabo Verde. A longitude mais ocidental das ilhas na ilha de Santo António é 25º 23' somando as 370 léguas (21º 37') obtemos a longitude 46º 37', ficando o reino de Castela com as terras a Oeste deste merediano e Portugal com as terras situadas a Este. 13
Este não deixa de ser mais um elemento curioso na diplomacia e secretismo do reino de Portugal, na procura de justificar os seus bens no continente Americano. É esta nuance do merediano que faz aparecer no mapa Cantino a Terra Nova segregada do continente Americano mas ainda assim a Este da demarcação assinada com Castela. O mesmo se verifica no mapa de Waldseemüller em que é colocada a bandeira com as quinas de Portugal na Terra Nova sendo esta mais uma vez uma ilha no Atlântico Norte.
O parecer, ao juntar todas as evidências, é que claramente, era do conhecimento do rei D. João II, a existência de terras a Oeste, a que mais tarde se vêm juntar evidências de ocupação Portuguesa ainda hoje comprováveis. 14 11 Leia-se Critovão Colón,
12 O Tratado de Tordesilhas, Tratado de Tordesilhas, Pág. 115
13 O Tratado de Tordesilhas, Tratado de Tordesilhas, Pág. 119
14 The Digital Dighton Rock, Pág. 1
A descoberta do Brasil
Foi no dia 22 de Abril do ano de 1500 à tarde que se avistou terra. "... primeiro um grande monte, muito alto e redondo, que, a pouco e pouco, se converte em terra chã junto da Costa. O capitão deu-lhe o nome: Monte Pascoal e Terra da Vera Cruz". 15
Esta é a narrativa oficial da descoberta do Brasil descrita na carta de Pero Vaz de Caminha. No entanto, ao longo dos anos, muitos têm sido os indícios que eventualmente a Terra da Vera Cruz já seria conhecida antes da chegada de Alvares Cabral.
Não deixa de ser curioso que no mapa do Visconde Maiolo de 1504, designe o Nordeste Brasileiro como sendo as terras de Gonçalo Coelho. 16
O Dr. Mascarenhas Barreto defende ainda que João Coelho havia começado com viagens à America em 1487! 17
O secretismo das descobertas
Tal como nos dias que correm, o conhecimento era um bem essêncial à vatagem competitiva das nações. Este era também o caso da cartografia Poruguesa, que durante o Séc. XV e parte do Séc. XVI, foi a mais rica fonte deste saber.
A cartografia (o seu conhecimento) era concentrada numa carta mestra designada por "padrão", este padrão era actualizado com as várias informações que os marinheiros iriam trazer após as sua viagems pelo mundo fora. Não bastava só actualizar as cartas, mas também delas retirar ilações e disseminar o conhecimento por outros navegadores, que em nome de el Rey de Portugal, navegaram por esses mares fora. Esta reponsabilidade era do Almoxarife, entre outro podemos aqui encontar o nome de Bartolomeu Dias. 18
Mais tarde esta função passa a ser designada por cosmógrafo-mor. Esta função é criada em 1547 sendo ocupada por Pedro Nunes até ao ano da sua morte em 1578, sucedeu-lhe Tomas d'Orta (1582-1591) e João Baptista Lavanha (1591-1624). 19
Assim sendo, este conhecimento seria um bem essêncial na "corrida" pelos mares, tal como hoje a fuga de informação nem sempre é possível controlar.
O número de pilotos (navedores) e cartógrafos existentes em Portugal, dificultava a ocultação da informação, a aposta Espanhola e mais tarde a Holandesa, sabem tirar partido dos cartógrafos mal pagos em Portugal, havendo assim uma clara transferência deste conhecimento para outras nações. 20
Conclusão
O mapa de Waldseemüller tráz novos dados em relação ao conhecimento do novo mundo. Aquilo que muitos haviamos estudado, é colocado em questão. A sensação é unânime, as datas não coincidem, o conhecimento é execessivo, e deixa a questão: de quem veio esta informação? Mais uma vez, os Portugueses são aqueles mais bem posicionados para poderem chamar a si estas descobertas.
14 The Digital Dighton Rock, Pág. 11
15 E como Pero Vaz de Caminha descreve a Terra de Vera Cruz, A carta de Pêro Vaz de Caminha, Pág. 63
16 The discoveries before Columbus, The Portuguese Columbus, pág. 62
17 The discoveries before Columbus, The Portuguese Columbus, pág. 62
18 The influence of 16 th -century Portuguese and Spanish mapmaking on England and Flanders, Mapping for Money, pág. 16
19 The influence of 16 th -century Portuguese and Spanish mapmaking on England and Flanders, Mapping for Money, Pág. 16
20 On Spanish and Portuguese secrecy, Mapping for Money, pág. 30/ 31 7
The Digital Dighton Rock, Sérgio Filipe, 2002.
A carta de Pêro Vaz de Caminha, Auto do nascimento do Brasil, Mar de Letras, 2000.
The Portuguese Columbus, Mascarenhas Barreto, St. Martins Press, New York.
Portugal May Have Put America on The Map, Paulo Monteiro, Posted from: 213.58.12.63. 8
Bibliografia
Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi Vespucci Aliorum Lustrationes Waldseemüller's World Map, 1507, Wychwood Editions.
Erläuterungen zur Carta Itineraria Europae, Kirschbaum Verlag, Bonn, Bad Godesberg, Dezember 1971.
The story of maps, Bonanza Books, New York 1949.
Slide 312 [Online] Available from: http:// www. henry-davis. com/ MAPS/ Ren/ Ren1/ 310mono. html [Acedido a 15 de Janeiro 2003].
As Verdadeiras Antilhas: Terra Nova e Nova Escócia, Dr. Manuel Luciano da Silva, Editora Sílvia Jorge da Silva, 1987 Bristol R. I.
Biographie Vespucci [Online] Available from: http:// www. bigoid. de/ conquista/ biographien/ vespucci. htm [Acedido a 13 de Dezembro 2002].
Mapping for Money, Kees Zandvliet, Batavian Lion International, Amsterdam 1998.
Tratado de Tordesilhas, Banco Bilbao Viscaya (Portugal), S. A., Lisboa 1994.
The Digital Dighton Rock, Sérgio Filipe, 2002.
A carta de Pêro Vaz de Caminha, Auto do nascimento do Brasil, Mar de Letras, 2000.
The Portuguese Columbus, Mascarenhas Barreto, St. Martins Press, New York.
Portugal May Have Put America on The Map, Paulo Monteiro, Posted from: 213.58.12.63. 8
Bibliografia
Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi Vespucci Aliorum Lustrationes Waldseemüller's World Map, 1507, Wychwood Editions.
Erläuterungen zur Carta Itineraria Europae, Kirschbaum Verlag, Bonn, Bad Godesberg, Dezember 1971.
The story of maps, Bonanza Books, New York 1949.
Slide 312 [Online] Available from: http:// www. henry-davis. com/ MAPS/ Ren/ Ren1/ 310mono. html [Acedido a 15 de Janeiro 2003].
As Verdadeiras Antilhas: Terra Nova e Nova Escócia, Dr. Manuel Luciano da Silva, Editora Sílvia Jorge da Silva, 1987 Bristol R. I.
Biographie Vespucci [Online] Available from: http:// www. bigoid. de/ conquista/ biographien/ vespucci. htm [Acedido a 13 de Dezembro 2002].
Mapping for Money, Kees Zandvliet, Batavian Lion International, Amsterdam 1998.
Tratado de Tordesilhas, Banco Bilbao Viscaya (Portugal), S. A., Lisboa 1994.
The Digital Dighton Rock, Sérgio Filipe, 2002.
A carta de Pêro Vaz de Caminha, Auto do nascimento do Brasil, Mar de Letras, 2000.
The Portuguese Columbus, Mascarenhas Barreto, St. Martins Press, New York.
Portugal May Have Put America on The Map, Paulo Monteiro, Posted from: 213.58.12.63. 8
http://www.dightonrock.com/waldseemueller.htm
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