Re: Guerra del Cáucaso (Rusia vs Georgia)
Bem esta guerra poderia ser chamada a guerra dos hipocritas pois nada mais é do que isso. Por acaso tenho acompanhado as noticias e visto imensas coisas a toda a hora por isso o que acho é o seguinte.
A Russia afirma que entrou em pleno território georgiano (embora a Ossétia do Sul seja indpendente de facto não o é de jure), o que logo ai constitui uma grande violação da soberania georgiana. Porque entrou a Russia na Ossétia do Sul? Segundo as autoridades de Moscovo foi por causa da limpeza étnica que os georgianos lá estavam a praticar à cerca de um dia antes da sua chegada, haviam já morrido cerca de dois mil ossetianos. A propaganda russa é uma das mais activas do Mundo e mostrou aos russos cidades destruidas, os milhares de refugiados mas nunca se viu dois mil mortos. Estranho... Até porque na guerra do Libano, segundo os jornalistas as centenas de mortos criavam um cheiro insuportável, e ali nunca ninguém se queixou de isso, nem mencionou. E se centenas de mortos é dificial de esconder dois mil é ainda mais, tê-los enterrados sem cheiro a decomposição é algo duvidável no minimo.
Despois perguntamo-nos se os russos invadiram como força de paz porque entraram na Abkhazia e prosseguiram até território georgiano não rebelde, cidade de Gori, o qual ocupam sem deixar movimentar as pessoas à vontade. Claramente Moscovo ainda se vê como um império, e considera como seus todos os seus antigos satélites, é um claro expansionismo, que não olha a meios para atingir fins, até porque têm chegado filmagens de jornalistas a serem atacados, roubados e ameaçados pelos "salvadores" russos.
Ora a Geórgia também tem culpas pois em principio queria realmente fazer um acerto de contas étnico que agora afinal estão a fazer os russos. Porque faria então a Geórgia isso? Bem para se entrar na Nato é necessário não ter qualquer "problema" territorial, e territórios rebeldes constituem um problema. Os EUA querem a Geórgia por estar próxima da Russia e tem alcance pra o Médio-Oriente. A Geórgia contava com o apoio dos EUA para se safar. Mas nada disso se deu.
A comunidade internacional, não tem feito muito (não que tenha obrigações, mas isto está a ficar muito idèntico aos balcãs mas com os papeis trocados, e isso há que evitar) . Nicolas Sarkozy tentou e conseguiu um fraco acordo de cessar fogo, e os grandes "amigos" dos Georgianos, os EUA, só mandaram palavaras a Russia a falar sobre que as relações podiam ficar afectadas e tal. E no meio disso disseram disparates. Primeiro porque apoiaram o Kosovo com tanta força que a Russia pode fazer o mesmo para a Ossétia do Sul e Abkhazia. Depois o embaixador dos EUA na ONU e a própria Condoleza Rice disseram que no século XXI já ninguém derruba regimes por meios militares.....devem-se ter esquecido do Iraque e afins. Pois bem o Império Americano acusa o Império Russo, Hipócrisia.
A Europa não pode é deixar a Russia apoderar-se dos oleodutos e gaseodutos que passam pela Geórgia se não ai a sua dependência energética da Russia aumenta, os ex-satélites soviéticos do Leste euroeu unem-se contra a Russia, a Georgia quase que grita silenciosamente por intervenção militar europeia ou americana, fazendo com que aconteça basicamente o que não aconteceu directamente na Guerra fria. Americanos contra russos na fronteira de um dos paises. Bem é uma questão de esperar para ver qual imperialismo triunfa, qual o mentiroso que ganha. Desculpem ter sido tão longo. Saludos.
"Tudo lhes pertence e nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um acidente. A Pátria não é uma ocasião. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber."Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, Não Há Outra Mais Leal
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