Respuesta: Comunicado de la FSSPX sobre las próximas ordenaciones sacertotales
Ainda que já algo atrasado aqui vai este artigo
Artigo do insuspeito jornal La Croix mostra a confiança de Mons. Fellay em seus contatos com Roma. Resuminho: Roma não disse que sim, mas também não disse que não; "tenho meus contatos: Roma sabe que não é provocação"; levantamento das excomunhões gerou situação necessariamente imperfeita. Reclamar do que fazemos hoje é como apontar uma mancha no uniforme de um soldado no meio da batalha. O problema de interpretação do Vaticano II não é nosso - dentro da Igreja existem maiores diferenças do que as nossas com o Vaticano. É preciso que o Papa interprete o Concílio, como fez Paulo VI com a colegialidade. Condenando a hermenêutica da ruptura o Papa condenou 80% do que se faz hoje na Igreja.
29/06/2009
Os integristas católicos continuam seu combate
Se bem que Roma tenha julgado essas ordenações «ilegítimas», a Fraternidade São Pio X ordenou segunda Feira, 29 de Junho, em Écône, oito novos Padres. Calmamente, cônscio de seu gesto, Mons. Bernard Fellay impõe as mãos aos oito futuros Padres que, dois a dois, vêem ajoelhar-se diante dele. Seguem-se Mons. Tissier de Mallerais e Mons. de Galarretta, depois os 200 Padres da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) e sociedades religiosas amigas que, por sua vez, impõem as mãos aos oito jovens ordenados Padres, ontem em Écône, segundo o ritual em vigor antes do Concílio Vaticano II.
Quatro horas de liturgia, em latim, rendas e bordados, tudo sabiamente regulado por palmadas secas dos cerimoniários que indicam quando levantar-se, sentar-se, ajoelhar-se… Sobre o gramado enfeitado com as cores vermelha e branca da Suíça e do Valais, diante dos cumes ainda um tanto nevados dos Alpes onde se agarram algumas raras nuvens, os 2.500 fiéis ficam recolhidos. Entretanto, o ato realizado ontem por Mons. Fellay – como o de Sexta Feira passada em Zaitzkofen (Alemanha) e dez dias atrás em Winona (Estados-Unidos) – era bem um novo desafio lançado a Roma.
Com efeito, a Santa Sé havia prevenido: essas ordenações celebradas por Bispos sem função na Igreja, se bem que válidas, são «ilegítimas». Isto é, ilícitas face ao Direito da Igreja. Desobediência, enquanto a bandeira da Santa Sé flutua todavia sobre o seminário de Écône? Absolutamente não, afirma Mons. Fellay aos jornalistas no fim da Missa. «Por parte de Roma há uma tolerância tácita. Não tivemos ordem explícita de não fazer as ordenações. Tenho contatos com Roma: não digo isso sem base. Roma sabe muito bem que não se trata de uma provocação de nossa parte.»
Um combate «para a restauração do sacerdócio católico»
Em seu sermão, aproveitando habilmente a fluidez jurídica que envolve o estatuto canônico da FSSPX no seio da Igreja Católica, Mons. Fellay explicou que o levantamento das excomunhões, que pesavam sobre os quatro Bispos ordenados ilegitimamente em 1988 por Mons. Lefebvre, criou «uma situação forçosamente imperfeita». «Exigir uma perfeição canônica mostraria uma mesquinhês como a de quem critica uma mancha no uniforme de um soldado no meio do combate», criticou ele.
Porque é bem de um combate que se trata sempre para a FSSPX. Um combate «pela restauração do sacerdócio católico», nesse início do Ano Sacerdotal desejado por Bento XVI. Um ano «em que a Igreja roga por Padres santos», explica Mons. Fellay. Também, quando «tantas almas precisam de Padres», estas ordenações são, pois, perfeitamente justificadas «por causa da situação na qual se acha a Igreja». E o superior geral da FSSPX lembrou então os 30 Padres integristas ordenados este ano, «quando países católicos como a França ou a Alemanha ordenarão menos de 100 » (1). É então um bem para ele «uma situação de necessidade» que justifica essas ordenações.
Isso quer dizer que o gesto de apaziguamento feito no começo do ano por Bento XVI não serviu para nada? A FSSPX, antes de tudo, vê esse gesto papal como a legitimação do combate engajado há perto de quarenta anos por Mons. Lefebvre, e que tinha levado ao cisma de 1988. Aliás, esse é o sentimento geral que predominava ontem nos fiéis reunidos sob o quente sol do Valais esperando que o diálogo doutrinário com Roma permitirá esclarecer as coisas. Um diálogo sobre o qual o Superior geral da FSSPX se diz «otimista», mesmo que ele dure muito tempo.
«Problema de interpretação»
Como tinha anunciado em sua carta aos Bispos em março último, Bento XVI deverá publicar em breve um motu proprio (decreto) pelo qual ligará a Comissão «Ecclesia Dei» (encarregada desde 1988 do diálogo com os integristas) à Congregação para a Doutrina da Fé, sinal de que as discussões com a Fraternidade se colocam doravante no terreno doutrinal. Nessa ocasião, ele deveria lembrar também a linha vermelha fixada: a aceitação do Vaticano II e dos Papas que se seguiram a ele.
«Mas o problema não é conosco, explicou Mons. Fellay aos journalistas. As diferenças de posição no seio da Igreja católica são maiores e mais graves que as que nós temos com Roma.» A seus olhos, a questão seria, pois, hoje, um «problema de interpretação» do Concílio. «Os textos do Concílio abriram caminho a interpretaçòes: será preciso talvez que o Papa os esclareça, como Paulo VI o tinha feito já com a colegialidade, adianta ele. Mas, quando o Papa condena a hermenêutica de ruptura, ele já condena 80 % do que se faz na Igreja!»
Nicolas SENEZE, em ECÔNE
"Tudo lhes pertence e nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um acidente. A Pátria não é uma ocasião. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber."Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, Não Há Outra Mais Leal
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