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Tema: Sobre el distributismo

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    Respuesta: Sobre el distributismo

    Do Blogue Causa Nacional


    O que é o Distributismo?

    Por Thomas Storck

    Grande parte da História do Ocidente, desde meados do século XIX, foi a história de dois sistemas económicos adversários. Desde o Manifesto do Partido Comunista de 1848, que declarava que “anda um espectro pela Europa”, que de facto, anda um espectro não só sobre a Europa, mas sobre todo o Mundo. Não se trata só do espectro do comunismo mas de sistemas económicos e sociais rivais, que por várias vezes lançaram a Humanidade em convulsões. Para muitos, estas rivalidades acabaram: o comunismo e o socialismo foram derrotados, logo, só resta ao capitalismo reinar triunfantemente sobre o mundo. No entanto, não é este o caso. Numa passagem negligenciada da encíclica Centesimus Annus, João Paulo II realça que as escolhas da humanidade não estão limitadas ao capitalismo e ao comunismo. “É inaceitável que a derrota do chamado “Socialismo Real” nos deixe o capitalismo como único modelo de organização económica” (no. 35). Sendo assim, é obrigação dos Católicos olhar para o Distributismo, um sistema económicos defendido por algumas das melhores mentes da Igreja, na primeira parte do século XX, homens como G. K. Chesterton, Hilaire Belloc, Fr. Vincent McNabb e muitos outros. Vejamos em que consiste o distributismo e porque é considerado por muitos Católicos como mais conforme ao pensamento Católico do que o capitalismo.

    Em primeiro lugar, devemos fazer algumas definições dos principais termos que iremos utilizar, especialmente de capitalismo. Muito frequentemente esta palavra não é definida, e cada pessoa lhe dá um significado, bom ou mau, conforme as suas próprias crenças, nunca a definindo claramente. Então, o que é o capitalismo? O capitalismo não é a posse privada de propriedade, mesmo que se trate de propriedade produtiva, pois tal tipo de propriedade existe na maior parte do mundo desde tempos muito remotos, enquanto que o aparecimento do capitalismo é normalmente situado na Europa do final da Idade Média. Talvez a melhor maneira de proceder seja escolher a definição de uma autoridade, e depois analisaremos como é que se enquadra com os factos históricos. Viraremos a nossa atenção para a encíclica Quadragésimo Anno (1931), do Papa Pio XI, em que o capitalismo é definido, ou caracterizado, como “o sistema económico em que o trabalho e o capital necessários para a produção são fornecidos por pessoas diferentes” (no. 100). Por outras palavras, em sistema capitalista normalmente trabalha-se para outra pessoa. Alguém, o capitalista, paga a outros, os trabalhadores, para que trabalhem para si, e recebe os lucros do seu empreendimento, isto é, o que sobra depois de pagar o trabalho, as matérias-primas, amortizações, débitos, etc.

    Há alguma coisa de errado com o capitalismo, com a separação da posse e do trabalho? Não há nada de errado em ter uma fábrica ou uma quinta e pagar a outros para as trabalharem, desde que lhes pague um salário justo. No entanto, o sistema capitalista é perigoso e insensato, os seus frutos foram nocivos para a humanidade, e o sumo pontífice tem apelado a mudanças que iriam eliminar, ou pelo menos diminuir, o âmbito e o poder do capitalismo.

    Deixem-me explicar as afirmações que acabei de fazer. E para o fazer tenho de fazer primeiro um breve desvio para discutir o propósito da actividade económica. Por que é que Deus deu ao homem a necessidade e a possibilidade de criar e utilizar bens económicos? A resposta é óbvia: necessitamos desses bens e serviços para levarmos uma vida humana.

    A actividade económica produz bens e serviços para servir toda a humanidade, e qualquer ordenamento económico deve ser avaliado pela capacidade de preencher este objectivo.

    Quando a posse e o trabalho estão separados, tem necessariamente de existir uma classe de homens, os capitalistas, que estão afastados do processo de produção. Os accionistas, por exemplo, não querem saber o que é que a empresa, da qual eles são formalmente os donos, faz ou produz, mas só lhes interessa saber se as acções estão a subir ou quais os dividendos que daí vão retirar. De facto, na bolsa, as acções mudam de mãos milhares de vezes por dia, ou seja, diferentes indivíduos ou entidades, como fundos de pensões, são em parte donos de uma empresa durante alguns minutos ou horas ou dias, e depois vendem-na tornando-se donos de outra entidade qualquer. Naturalmente esta classe de capitalistas passa a encarar o sistema económico como um mecanismo pelo qual dinheiro, acções, títulos e outros equivalentes podem ser manipulados para enriquecimento pessoal, ao invés de servir a sociedade produzindo bens e serviços. Em resultado disto, têm-se feito fortunas através de takeovers hostis, fusões, encerramento de fábricas, etc., por outras palavras, aproveitam o direito de propriedade privada, não para se envolverem na actividade económica produtiva, mas para se enriquecerem independentemente dos efeitos nos consumidores e trabalhadores.

    Os Papas justificaram a posse privada de bens, mas se analisarmos os motivos e os argumentos por que o fizeram constataremos que a sua lógica está muito longe da capitalista. Examinemos, por exemplo, a famosa passagem da encíclica Rerum Novarum (1891), do Papa Leão XIII.

    Os homens trabalham mais e com mais prontidão quando trabalham naquilo que é seu; mais, aprendem a amar o solo que trabalham com as suas mãos, e lhes provê, não apenas comida para comer, mas uma abundância para ele e para os que lhe são queridos. (no. 35)

    Mas, o que acontece sob o capitalismo? Os homens aprendem a amar os certificados das acções que lhes renderão dinheiro, em resultado do trabalho de outra pessoa? A justificação que os Papas sempre fizeram da propriedade privada está ligada, pelo menos idealmente, à unidade entre a propriedade e o trabalho. Acrescenta Leão XIII: “A lei, portanto, deve favorecer a propriedade privada, e o seu objectivo deve ser tornar o maior número possível em proprietários” (Rerum Novarum, no. 35), e este ensinamento é repetido por Pio XI na Quadragesimo Anno (nos. 59-62, 65), por João XXIII em Mater et Magistra (nos. 85-89, 91-93, 111-115), e por João Paulo II em Laborem Exercens (no. 14). Se “o maior número possível… se tornar proprietário”, então a separação fatal entre trabalho e posse, será, se não removida, pelo menos o seu âmbito e influência será diminuída. Já não será a característica fundamental do nosso sistema económico, mesmo que continue a existir.

    E isto leva-nos directamente ao distributismo. Pois o distributismo não é mais do que um sistema económico em que a propriedade privada está bem distribuída, no qual “o maior número possível” é, de facto, proprietário. A melhor exposição do distributismo pode, provavelmente, ser encontrada no livro de Hilaire Belloc, The Restoration of Property (1936). Atente-se no título, O Restabelecimento da Propriedade. Os distributistas argumentaram que no regime capitalista, a propriedade produtiva era prerrogativa só dos ricos e que isto lhes dava um poder e influência sobre a sociedade muito maior do que aquilo a que tinham direito. Embora formalmente todos tenham o direito à propriedade privada, na prática esta está restrita aos ricos.

    Outra característica do distributismo, que decorre desta, é que numa economia distributista, haverá limites colocados sobre grande parte da propriedade. Antes que nos acusem de que isto parece socialismo, devemos recordar o comentário de Chesterton (em What's Wrong With the World, cap. 6), de que a instituição propriedade privada não significa o direito ilimitado à propriedade, tal como a instituição casamento não significa o direito a ter mulheres ilimitadas.

    Na Idade Média as corporações profissionais, exemplo perfeito das instituições católicas, frequentemente limitavam a quantidade de propriedade que cada dono/trabalhador podia ter (por exemplo, limitando o número de empregados), precisamente no interesse de evitar que alguém expandisse demasiado o seu negócio levando outros à falência. Porque se a propriedade privada tem um objectivo, como Aristóteles e São Tomás diriam, ele é assegurar que cada homem e a sua família possam levar uma vida digna, servindo a sociedade. Uma vida digna, e não duas ou três. Se o meu negócio me permite sustentar-me a mim e à minha família, então que direito tenho de o expandir, privando outros do meio de se sustentarem e às suas famílias? Pois os medievais viam aqueles que se dedicavam à mesma actividade, não como rivais ou competidores, mas como irmãos empenhados no importante trabalho de providenciar ao público bens e serviços necessários. E como irmãos uniam-se nas corporações, tinham padres para rezarem pelos seus mortos, apoiavam as viúvas e órfãos, e de modo geral olhavam pelo bem-estar uns dos outros. Quem é que não é capaz de admitir que esta concepção de sistema económico é mais conforme à fé Católica do que a ética selvagem do capitalismo?


    O que é o Distributismo? -
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  2. #42
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    Respuesta: Sobre el distributismo

    Lo mejor para hacer un primer acercamiento al distrbutismo es entender a sus ideólogos, luego a quienes lo desarrollaron y lo desarrollan actualmente. Empezar con Chesterton en mi opinión es bastante acertado, cabe decir que este libro no lo he leido integramente , aunque si he estudiado determinadas partes en manuales de economía social hace unos años con motivo de mis estudios...curiosamente fue lo primero que leí de Chesterton en mi vida, como siempre, sublime.



    Los límites de la cordura
    El distributismo y la cuestión social

    Autor: G. K. Chesterton
    Trad.: María Raquel Bengolea
    Editorial: El buey mudo
    Colección: Ensayo
    Precio: 21,50 €
    Páginas: 232


    "Cualquiera que haya de ser la última etapa de la historia, ningún hombre cuerdo duda ya de que estamos presenciando las primeras. Ya no hay diferencia de tono ni de clase entre el orden colectivista y el orden comercial ordinario; el comercio tiene su burocracia y el comunismo su organización. Las cosas privadas ya son públicas en el peor sentido de la palabra, es decir, son impersonales y deshumanizadas. Y las cosas públicas ya son privadas en el peor sentido de la palabra; esto es, son misteriosas y secretas, y están muy corrompidas. El nuevo tipo de Gobierno comercial combinará todo lo malo con todos los planes para un mundo mejor. No habrá excentricidad, ni buen humor, ni noble desdén del mundo. No habrá nada, salvo una cosa abominable llamada «servicio social», que significa esclavitud sin lealtad. Este servicio será uno de los ideales. Olvidé mencionar que habrá ideales. Los hombres más ricos del movimiento han manifestado muy claramente que poseen cierto número de estos pequeños consuelos. La gente siempre tiene ideales cuando ya no puede tener ideas".
    Los límites de la cordura muestra la afinada intuición de Chesterton sobre las relaciones entre la propiedad y la libertad social. Chesterton reflexiona con su perspicacia habitual sobre el sistema social, político y económico. Ninguno puede presentarse con legitimidad sin poner en primer plano, como principio y fundamento de todo, la dignidad de la persona.
    Última edición por Mefistofeles; 15/06/2010 a las 02:55
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    El Rincón de Don Rodrigo

  3. #43
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    Re: Respuesta: Sobre el distributismo

    Novidade

    A Cigarrilha de Chesterton aparece em boa hora! Promete preencher uma grave lacuna na blogosfera portuguesa no que concerne à divulgação da teoria económica distributista. E digo que promete porque o leque de escribas é de alta categoria. Permitam-se distinguir dois que, com provas dadas, me garantem qualidade acima da media: o amigo JSarto, insigne defensor da Tradição Católica e da boa Doutrina Social da Igreja; o correligionário Manuel Pinto de Resende, importante representante do sempre jovial espírito integralista.

    Vão lá, pois, passar os olhos, que vale muito a pena.


    Temas: filosofia, política, religião

    por Afonso Miguel às 13:42

    ´http://tribunaonline.blogs.sapo.pt/152568.html
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  4. #44
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    Re: Respuesta: Sobre el distributismo

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    O Distributismo – subordinação da actividade económica à vida humana integral.

    Distributismo não quer dizer redistribuição de riqueza por quem nos governa, se assim fosse era socialismo. É a distribuição natural de riqueza, pela repartição ampla dos meios de produção pela sociedade. Isto traduz-se concretamente naquilo a que chamamos empresas familiares ou pertencentes aos empregados, pequenas e médias empresas que actuam dentro do seu espaço local ou regional, pequenos negócios e trabalhos independentes
    Chesterton afirmava que “capitalismo demais não significa capitalistas demais, mas sim capitalistas de menos”. O objectivo era o aumento do número dos que possuem propriedade privada, pela aquisição ou criação dos seus próprios meios de produção, em detrimento da dependência de salários.
    O distributismo vai contra a ordem económica globalizada e obscura, dependente do poder e de perigosa fragilidade a que hoje chamamos “livre iniciativa”.
    A ”livre iniciativa” quer dizer multinacionais e cresceu imoralmente sobre as costas de inúmeros trabalhadores pagos com salários de escravos, sem poderem sustentar as famílias, ou sequer poderem tratar da sua saúde. Não se defende que o Estado deva confiscar a riqueza dos senhores dos monopólios, sugere-se que estes façam justiça aos seus trabalhadores.
    O distributismo recusa liminarmente que as pessoas participem na cultura do capitalismo de massas. É um tipo de sociedade e nunca um programa de governo: procura romper com uma ordem económica dominada pelas multinacionais que se espalham pelo Mundo à procura de mão-de-obra escrava, devassam a moralidade pública e privada com os seus vícios, destroem a indústria nacional, usufruem de vantagens que lhes são dadas pelos governos.
    O distributismo é uma reacção justa contra os desvios morais e os excessos materiais condenados pelas Encíclicas Papais “Rerum Novarum” de Leão XIII e “Quadragesimo Anno” de Pio XI.
    Distributismo e socialismo são opostos, são antagónicos. O distributismo, em oposição ao socialismo, defende a distribuição da propriedade (não a redistribuição da riqueza), para atingir uma ampla partilha da propriedade e dos meios de produção, para conseguir uma verdadeira liberdade económica para o indivíduo e a família, as “células base” da sociedade.

    Estamos perante uma “terceira via”, isto é, o distributismo não é capitalismo, nem socialismo. O capitalismo e o socialismo são produtos do Iluminismo, são forças de modernidade e anti tradicionais; o distributismo busca a subordinação da actividade económica à vida humana integral, ou seja, à nossa vida espiritual, intelectual e familiar, conforme a Doutrina Social da Igreja.

    Prometheo Liberto: O Distributismo – subordinação da actividade económica à vida humana integral.

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