Búsqueda avanzada de temas en el foro

Resultados 1 al 10 de 10
Honores19Víctor
  • 2 Mensaje de
  • 2 Mensaje de
  • 2 Mensaje de
  • 1 Mensaje de
  • 2 Mensaje de
  • 2 Mensaje de
  • 2 Mensaje de
  • 2 Mensaje de Pious
  • 2 Mensaje de Pious
  • 2 Mensaje de Pious

Tema: As Cruzadas no cerne das raízes cristãs ‒ Apologia da Cruzada (I)

Vista híbrida

  1. #1
    Avatar de Pious
    Pious está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    21 jul, 17
    Mensajes
    3,172
    Post Thanks / Like

    Re: As Cruzadas no cerne das raízes cristãs ‒ Apologia da Cruzada (I)

    Refutando mito nº 3: os Cruzados encheram as ruas de Jerusalém de sangue até os tornozelos


    Sitio de Jerusalém

    Esse é o modo preferido de pôr em evidência o caráter malévolo das Cruzadas.

    Num discurso em Georgetown, o ex-presidente Bill Clinton disse que esse foi um dos motivos pelos quais agora os Estados Unidos são alvo de terroristas (embora no citado discurso o Sr. Clinton tenha subido o nível do sangue até a altura dos joelhos, para dar mais ênfase).

    É certamente verdade que muita gente morreu em Jerusalém após a tomada da cidade pelos Cruzados.

    Mas o fato deve ser analisado no seu contexto histórico.

    O costume vigente em todas as civilizações pré-modernas, tanto na Europa quanto na Ásia, era que se uma cidade resistisse à captura e fosse tomada pela força, sua posse caberia às forças vitoriosas.

    Isso incluía não somente os edifícios e os bens, mas também as pessoas.

    Por isso, cada cidade ou fortaleza devia pensar muito bem se podia ou não resistir a um cerco: se não pudesse, o mais prudente era negociar os termos da rendição.

    No caso de Jerusalém, seus defensores resistiram até o último instante.

    Calcularam que as imponentes muralhas da cidade conteriam os Cruzados até chegarem os reforços do Egito.

    Eles erraram: a cidade caiu e consequentemente foi saqueada.


    Muitos morreram, mas outros muitos foram aprisionados ou deixados livres para partir. Para

    elos padrões modernos, isso talvez pareça brutal, mas até mesmo um cavaleiro medieval poderia replicar dizendo que nos bombardeios modernos morrem mais inocentes – homens, mulheres e crianças – do que seria possível passar ao fio da espada em um ou dois dias.

    Convém lembrar também que nas cidades muçulmanas que se renderam aos Cruzados, as pessoas foram deixadas em paz, na posse das suas propriedades, e com permissão para praticar livremente a sua religião.

    Quanto às ruas cheias de sangue, nenhum historiador aceita isso: não passa de um mero recurso literário.

    Jerusalém é uma cidade grande, e a quantidade de pessoas que seria necessário abater para inundar as ruas com dez centímetros de sangue é muito superior à população de toda a região.
    Hyeronimus y César Ignacio dieron el Víctor.

  2. #2
    Avatar de Pious
    Pious está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    21 jul, 17
    Mensajes
    3,172
    Post Thanks / Like

    Re: As Cruzadas no cerne das raízes cristãs ‒ Apologia da Cruzada (I)

    Refutando mitos nº 4 e 5 as Cruzadas foram colonialismo medieval e combateram os judeus


    O Oriente muçulmano: agressivo, poderoso e opulento

    Mito nº 5: as Cruzadas foram colonialismo europeu com ornato religioso


    É importante lembrar que, na Idade Média, o Ocidente não era uma cultura poderosa e dominante, que se lançava sobre uma região primitiva ou atrasada.

    Era o Oriente muçulmano que era poderoso, próspero e opulento.

    A Europa era o terceiro mundo. O Reino Latino de Jerusalém, fundado após a Primeira Cruzada, não era um latifúndio católico incrustado em terras muçulmanas, como depois viriam a ser as terras de plantio em algumas colônias ibéricas ou inglesas na América.

    A presença católica nesse Reino sempre foi mínima: menos de um décimo da população.

    Católicos eram os governantes, os juízes, alguns mercadores italianos e os membros das ordens militares: o resto, a imensa maioria da população, era de muçulmanos.


    O Reino de Jerusalém não era uma colônia agrícola nem industrial, como depois viriam ser as da América ou da Índia: era apenas uma cabeça-de-ponte fortificada.

    A intenção primordial dos Cruzados era defender os Lugares Santos na Palestina – principalmente Jerusalém – e garantir um ambiente seguro para que os peregrinos cristãos pudessem visitá-los.

    Nenhum país europeu funcionava como metrópole, no sentido de manter relações de exploração econômica, nem havia na Europa quem se beneficiasse economicamente com a ocupação.

    São Luís rei embarca para a Cruzada
    Muito pelo contrário: as despesas das Cruzadas e da manutenção do Reino Latino de Jerusalém ceifaram pesadamente os recursos europeus.

    Como posto avançado, o Reino de Jerusalém manteve-se sempre atento ao seu papel militar.

    Enquanto os muçulmanos guerrearam entre si o Reino esteve a salvo, mas quando se uniram, conseguiram conquistar as fortalezas, capturar as cidades e em 1291 expulsar os cristãos definitivamente.



    Mito nº 5: as Cruzadas combateram também os judeus

    Nenhum Papa jamais conclamou uma Cruzada contra os judeus.

    Durante a Primeira Cruzada, um grande bando de arruaceiros – que não fazia parte do exército principal – decidiu atacar as cidades da Renânia para matar e roubar os judeus dali.

    As razões para esse ato foram por um lado a pura cobiça, e por outro a falsa crença de que os judeus, por terem matado Jesus Cristo, eram também alvos legítimos das Cruzadas.

    O Papa Urbano II e os seus sucessores condenaram energicamente esses ataques, e os bispos locais – juntamente com o clero e os leigos – fizeram o que podiam para defender os judeus, embora com pouco sucesso.

    Algo parecido ocorreu na fase inicial da Segunda Cruzada, quando um grupo de renegados matou muitos judeus na Alemanha, até que São Bernardo os apanhou e pôs um fim a isso.

    Essas falhas foram um infeliz subproduto do entusiasmo pelas Cruzadas, mas nunca o seu objetivo.

    Para usar uma analogia moderna: durante a Segunda Guerra Mundial alguns soldados cometeram crimes quando estavam em outros países (pelos quais, aliás, foram presos e punidos), mas isso não justifica dizer que o objetivo da Segunda Guerra foi o de cometer crimes.
    Hyeronimus y César Ignacio dieron el Víctor.

  3. #3
    Avatar de Pious
    Pious está desconectado Miembro Respetado
    Fecha de ingreso
    21 jul, 17
    Mensajes
    3,172
    Post Thanks / Like

    Re: As Cruzadas no cerne das raízes cristãs ‒ Apologia da Cruzada (I)

    Refutando mitos nº 6, 7 e 8: a Cruzada das crianças, pedido de perdão de João Paulo II e “justiça” do ódio muçulmano


    A "Cruzada" das criancas foi desaprovada pelo Papa
    e as criancas tiveram que voltar a casa

    Mito nº 6: as Cruzadas foram algo tão vil e degenerado que houve até uma Cruzada das Crianças.

    A chamada “Cruzada das Crianças” de 1212 nem foi uma Cruzada nem consistiu num exército de crianças.

    Foi uma onda de entusiasmo religioso especialmente prolongada na Alemanha que levou alguns jovens – na maior parte adolescentes – a se autoproclamarem Cruzados e começarem a marchar rumo ao Mediterrâneo.

    Ao longo do caminho foram recebendo grande apoio popular, e a companhia de não poucos bandoleiros, ladrões e mendigos.

    O movimento se desmembrou quando chegou à Itália e terminou quando o mar se recusou a abrir-se para dar-lhes passagem…

    O Papa Inocêncio III não convocou essa tal “Cruzada”, pelo contrário: pediu insistentemente para que os não combatentes ficassem em casa e apoiassem o esforço de guerra apenas com jejuns, orações e esmolas.

    Nesse episódio, depois de louvar o zelo e a disposição desses jovens que tinham marchado até tão longe, mandou-os de volta para casa.

    Imperador de Constantinopla Alexios Komnenos (1106-1142)

    Mito nº 7: o Papa João Paulo II pediu perdão pelas Cruzadas.

    É um mito curioso, porque João Paulo II – que já havia pedido perdão por todas as injustiças que os cristãos cometeram ao longo dos séculos – foi muito criticado justamente por não ter pedido perdão expressamente pelas Cruzadas.

    É verdade que João Paulo II pediu perdão aos gregos pelo saque de Constantinopla em 1204, durante a Quarta Cruzada, mas o Papa da época, Inocêncio III, também já tinha manifestado o seu pesar a respeito desse trágico incidente.

    Da sua parte, Inocêncio III fizera tudo para evitar que isso acontecesse.

    Mito nº 8: Os muçulmanos, que conservam uma viva lembrança das Cruzadas, têm toda a razão em odiar o Ocidente.

    Muçulmanos teceram imagem das Cruzadas
    com histórias mal contadas
    De fato, o mundo muçulmano tem uma lembrança das Cruzadas tão boa quanto a do Ocidente, ou seja, uma lembrança incorreta.

    Isso não deve surpreender-nos, pois os muçulmanos obtêm a sua imagem das Cruzadas através mesmas histórias mal contadas que o Ocidente.

    O mundo muçulmano costuma celebrar as Cruzadas como uma grande vitória sua (aliás, eles venceram mesmo).

    Mas os autores ocidentais, envergonhados do seu passado imperialista, inverteram os papéis e passaram a pintar as Cruzadas como uma agressão e os muçulmanos como pacíficos sofredores agredidos.

    Fazendo isso, simplesmente omitiram os séculos de triunfos muçulmanos, e em seu lugar colocaram apenas o consolo do vitimismo
    Hyeronimus y César Ignacio dieron el Víctor.

Información de tema

Usuarios viendo este tema

Actualmente hay 1 usuarios viendo este tema. (0 miembros y 1 visitantes)

Temas similares

  1. Una apología de las Cruzadas
    Por Hyeronimus en el foro Historiografía y Bibliografía
    Respuestas: 13
    Último mensaje: 09/07/2018, 00:56
  2. Apología de la Hispanidad
    Por Hyeronimus en el foro Hispanoamérica
    Respuestas: 5
    Último mensaje: 14/06/2018, 13:34
  3. Apología criolla
    Por Hyeronimus en el foro Hispanoamérica
    Respuestas: 0
    Último mensaje: 02/02/2016, 12:37
  4. Apología de Iparraguirre
    Por Hyeronimus en el foro Señoríos Vascongados
    Respuestas: 0
    Último mensaje: 16/11/2013, 12:30
  5. Apología de la Hispanidad
    Por Hyeronimus en el foro Temas de Portada
    Respuestas: 2
    Último mensaje: 28/03/2012, 13:24

Permisos de publicación

  • No puedes crear nuevos temas
  • No puedes responder temas
  • No puedes subir archivos adjuntos
  • No puedes editar tus mensajes
  •