O Fim da Unidade Católica e da Sociedade Comunal.
O pensamento social católico caracterizou o conceito de sociedade como um todo orgânico, sem conflitos de classe e com uma estrutura comunal, desde os tempos do Império Romano.
Nas suas variadas componentes, a comarca representava na perfeição os ideais políticos e económicos da Igreja, divulgados por Leão XIII e Pio XI, nas encíclicas Rerum Novarum e Quadragesimo Anno, respectivamente. Havia uma autoridade tradicional limitada, excepto em momentos de crise; uma representação popular também limitada; funcionava o princípio da subsidiariedade; havia uma mínima organização e os conflitos praticamente não existiam.
Vivia-se a era da Fé e embora tanto a Igreja como o Estado procurassem os mesmos fins, por vezes diferiam nos meios para os alcançar.
Já nessa época a natureza humana e a avareza semeavam a discórdia, houve ocasiões em que a luta de vida ou morte contra o Islão se viu enfraquecida por essas disputas.
O Papa não pertencia a nenhuma Nação, mas era o chefe de todos os povos livres e fiéis, sendo o seu poder antes de temporal, sacramental. As suas preocupações advinham das coisas de valor que faziam perigar o Mundo.
Aos católicos perseguia-os a imagem de grandes réis como o Rei Artur, Fernando III, ou Luís IX que eram os exemplos do que devia ser um bom governante.
Os movimentos revolucionários destruíram a unidade católica, dividiram a sociedade e acabaram com muito do que de melhor havia. O fecho das fronteiras e algumas medidas económicas puseram fim à natureza comunal da sociedade ocidental.
O capitalismo e o comunismo, com tudo o que representam, são as grandes manifestações actuais das forças da modernidade.
Prometheo Liberto
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