Lembro que faz pouco tempo, o amigo Villores nomeava a D. Henrique Barrilaro Ruas. Neste bom enlace há muita boa informação sobre o destacado professor português. Tenho lido um texto do que gostei muito, ainda preferindo " outro estilo " por assim dizer ( Acho que compreendem ); é este: 1965 - Henrique Barrilaro Ruas, D. Miguel I e o Problema da Constituição Histórica
Porém, deixo o enlace integro de Barrilaro Ruas, mas acontece que há uma coisa que não alcanço a compreender; é isto em concreto:Foi candidato a deputado pela lista oposicionista da Comissão Eleitoral Monárquica (1969). No 3º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro advogou o urgente derrube do regime para que "os povos do Ultramar sejam senhores dos seus próprios destinos".
Deixo o enlaço integro, como refero:
Henrique Barrilaro Ruas
Henrique Barrilaro Ruas
(Figueira da Foz, 2 de Março de 1921- Parede, 14 de Julho de 2003)
"Se a terra falasse, havia de contar, por entre abundantes lástimas, muitos sinais do amor dos homens por ela... Terra humanizada é sempre mais que terra trabalhada. Se o homem só a quisesse como nascente de ouro, talvez já ela se tivesse extinguido. Mas, se a terra dá o pão à gente, também nós lhe damos pão. E o pão mais rico que lhe damos não é tanto a semente que a fecunda; é a alma que lhe confiamos."
(In H. B. Ruas, Cultura Portuguesa, n.º 2, Janeiro-Fevereiro de 1982)
«Porque há lugares, meu Deus, que têm de ser mantidos. / E é preciso que tudo isto continue. / Quando já não for como agora. / Mas melhor. / É preciso que a vida do campo continue. / E a vinha e o trigo e a ceifa e a vindima. [...] É preciso que a cristandade continue. / A Igreja militante. / E para isso é preciso que haja cristãos. / Sempre.»
(In Charles Péguy, O Pórtico do Mistério da Segunda Virtude, Trad. Henrique Barrilaro Ruas, Lisboa, Grifo, 1998, p. 24)
Professor, historiador, ensaísta e Político. Formou-se em História e Filosofia pela Universidade de Coimbra (1945) tendo frequentado em Paris, com bolsa do Estado Francês (1947-49), a École des Chartes e o Institut Catholique. Foi Presidente do Centro Académico de Democracia Cristã (Coimbra, 1942-43) e sócio-fundador do Centro Nacional de Cultura (Lisboa, 1945) de que foi director em 1955.
(Fotografia - Rolão Preto de costas, Henrique Barrilaro Ruas de perfil à sua esquerda, Mário Saraiva à sua direita e Frederico de Sá Perry Vidal de pé, num almoço na Quinta de Águia de Pina, em Santarém, no qual se discutiram os pormenores do lançamento do movimento da Renovação Portuguesa) Pertencendo à 4ª Geração do
Integralismo Lusitano (com José Carlos Amado, Pacheco de Castro, Afonso Botelho, Perry Vidal) cedo se destacou, em diversa imprensa, na defesa do ideário monárquico.
Foi um dos fundadores da revista Cidade Nova (Coimbra) em torno da qual se reuniu parte importante das novas gerações integralistas.
Teorizou a hierarquização da política à religião (
A Moeda, o Homem e Deus, 1957) e foi um dos integralistas lusitanos que mais contribuiu para o descomprometimento dos monárquicos com o salazarismo, tendo acção decisiva nos diversos cargos desempenhados na Causa Monárquica - director de Doutrinação e Propaganda (1955-57) e presidente da Comissão Doutrinária (1966-68).
Apoiou a tentativa de refundação do Instituto António Sardinha - iniciativa de Rivera Martins de Carvalho - e, de parceria com Mário Saraiva e M. J. de Magalhães e Silva, lançou o movimento Renovação Portuguesa, para o qual escreveu o
Manifesto (1969).
Foi candidato a deputado pela lista oposicionista da Comissão Eleitoral Monárquica (1969). No 3º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro advogou o urgente derrube do regime para que "os povos do Ultramar sejam senhores dos seus próprios destinos". Após o 25 de Abril de 1974, integrou o Partido Popular Monárquico de que foi dirigente e deputado à Assembleia da República (1979-83). Tendo iniciado a sua actividade docente universitária na Faculdade de Letras de Lisboa (1953-57) prosseguiu-a em vários estabelecimentos do Ensino Superior Privado leccionando um vasto leque de cadeiras de História, Filosofia e Sociologia da Cultura.
Autor de várias obras cobrindo temas históricos, eclesiásticos, literários, pedagógicos, e de ensaio político, a que se junta uma vasta bibliografia dispersa por revistas, dicionários e enciclopédias, merecem destaque, da sua obra integralista, títulos como A Questão Académica, 1945, Portugal no Mundo de Hoje, 1961, A Liberdade e o Rei, 1971.
José Manuel Alves Quintas
© Foto - Arquivo de Henrique Barrilaro Ruas
Universalismo Português
Entrevista «Pessoal e Transmissível» de Carlos Vaz Marques, TSF, 5 de Junho de 2003.
1ª parte -
2ª parte -

3ª parte -

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1948 - Henrique Barrilaro Ruas, Cristianismo e Integralismo
1957 - Henrique Barrilaro Ruas, A Moeda, o Homem e Deus
1965 - Henrique Barrilaro Ruas, D. Miguel I e o Problema da Constituição Histórica
1965 - Henrique Barrilaro Ruas, O drama de um Rei
1965 - Para uma definição do Problema Português, Lisboa, I. A. S.
1969 - Manifesto dos Candidatos Independentes, sobre o Ultramar; redigido por Henrique Barrilaro Ruas
1971 - Henrique Barrilaro Ruas, A liberdade e El-Rei
1971 - Henrique Barrilaro Ruas, O Integralismo como Doutrina Política
1971 - Os Monárquicos e o Ultramar
1981 - Henrique Barrilaro Ruas, O «31 de Janeiro» e o «1º de Fevereiro»
1990 - Esboço autobiográfico de Henrique Barrilaro Ruas, apresentado por Manuel Vieira da Cruz (2003)
1996 - Henrique Barrilaro Ruas, A Dalila Pereira da Costa
1996 - Henrique Barrilaro Ruas, O Pensamento Político de Afonso Botelho
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1999 - Henrique Barrilaro Ruas, Luís de Camões
1999 - Henrique Barrilaro Ruas, O túmulo de Dona Teresa na Sé de Braga
1999 - Henrique Barrilaro Ruas, Um testemunho acerca do «Partido Popular Monárquico» (PPM)
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2003 - Henrique Barrilaro Ruas, Da Dignidade da Política
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