No que la situación va mejor por aqui...
Portugal com mais crianças à beira da pobreza
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17 | 02 | 2009 07.55H
Mais de 20% dos agregados familiares correm risco de pobreza. Portugal tem também menos crianças a frequentar o ensino pré-escolar.
Carla Marina Mendes | cmendes@destak.pt
São já 87% os meninos e meninas com 4 anos que, na Europa, frequentam o ensino pré-escolar, número que se aproxima a passos largos dos 90% desejados pela Comissão Europeia (CE) para 2020. Por cá, são um pouco menos - 80,6% -, mas a diferença em relação à média acentua-se quando se trata dos miúdos de 3 anos - um em cada três estão ausentes dos bancos das escolinhas nacionais.
Os dados, apresentados ontem pela CE, revelam que, em 2006, 63,1% das crianças lusas com 3 anos já andavam com as mochilas às costas a caminho das instituições do pré-escolar, um valor inferior aos 74% da média europeia. Com 5 anos, são já poucos os que ficam de fora das aulas - 10,3% - e, aos 6, a escolaridade obrigatória determina que a quase totalidade das crianças rumo à escola.
Mas há mais. O relatório da rede Eurydice assinala ainda a preocupação com a questão da pobreza, um dos factores que pode contribuir para a falência educativa dos mais pequenos. E Portugal tem motivos para se preocupar.
É que, avança ainda a mesma fonte, o nosso país é um dos que, juntamente com a Estónia, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Polónia e Reino Unido, contam mais de 20% de agregados familiares com crianças de idade inferior a 6 anos à beira da pobreza (para uma média europeia que não vai além dos 17%).
Para todos, mas sobretudo para estes, a questão de um ensino pré-escolar de qualidade ganha novos contornos, ao oferecer «às crianças uma boa base para a aprendizagem ao longo da vida e ajudar a reduzir o fosso educacional para as crianças em risco», lê-se no relatório.
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Mais crianças dos zero aos seis anos
Revela ainda o mesmo relatório que, no total de 30 países europeus analisados, cerca de um em cada oito agregados familiares (12%) tem a seu cargo uma criança com menos de 6 anos. Portugal, assim como o Chipre e Espanha, destacam--se por apresentarem um valor mais elevado (15%), sendo a Alemanha, Bulgária e Finlândia os que menos têm.
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