A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) minimizou esta terça-feira a importância da retirada dos crucifixos das escolas públicas, considerando-os mais sinais culturais do que símbolos religiosos.


No final de uma reunião do Conselho Permanente, o porta-voz da CEP, D. Carlos Azevedo, admitiu mesmo a presença de símbolos de outras religiões nas escolas, no quadro de um «Estado laico» que deve permanecer «neutro» perante as várias crenças.


O Diário de Notícias noticiou a 26 de Novembro que o Ministério da Educação estaria a enviar ofícios para as escolas onde foi detectada a presença de crucifixos nas salas de aula, ordenando a sua retirada.


No entanto, o Governo esclareceu que a eventual retirada de símbolos religiosos de escolas públicas só se efectivará no seguimento de queixas, que serão estudadas pelas autoridades competentes, caso a caso.


Naquela que foi a primeira tomada de posição da CEP sobre a polémica, o seu porta-voz declarou hoje: «A Igreja Católica não pode exigir que eles (os crucifixos) se mantenham nas escolas», pelo que se trata de uma «questão de bom senso e de respeito pela tradição cultural portuguesa».

Diário Digital


(...)minimizou esta terça-feira a importância da retirada dos crucifixos das escolas públicas, considerando-os mais sinais culturais do que símbolos religiosos.(...)


Cuando es el clero a apuntar el camino de la laicidad, a la sociedad no queda más que seguirlo...