Olhe Cónio, a mim duas opiniões me suscita o tema:
As autonomias espanholas (como as portuguesas) são criaturas mal nascidas de uma constituição desenraizada e alienante, que não tiveram outro intuito que não o de alimentar caciques. Longe de dar (ou devolver) aos espanhóis das diferentes regiões instâncias de administração própria, criaram artificiais estruturas para-estaduais que os afastaram ainda mais os governados de governantes, saindo caríssimo o processo. Por isso, quanto mais o estatuto autonómico da Extremadura se afundar no seu próprio lodo - e desaparecer para sempre - melhor para todos os espanhóis da Extremadura. Mas isso era bom demais e, infelizmente não deverá acontecer.
A outra opinião é a respeitante a Olivença: se algum vestígio de utilização de língua portuguesa ainda subsiste ali, a sua consagração e protecção deverá ser deixada à vontade e iniciativa dos oliventinos, assim como tudo o que respeite ao seu estatuto nacional e cultural. Portugal não deve imiscuir-se minimamente nesse assunto. Deve apenas apoiar com o que lhe for solicitado, pelos canais diplomáticos próprios, e não pretender saber mais que os oliventinos sobre a sua própria nacionalidade ou necessidades de preservação de identidade linguística e cultural.
De uma vez por todas: Olivença não é portuguesa! Se o fosse seriam os oliventinos os primeiros a defendê-lo. Quando visitei Olivença pude aperceber-me claramente que eles seriam os últimos.
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