Tema: Lecturas preferidas de los foristas de Hispanismo

MEMORIAS DE LA HERMANA LUCÍA



- Secretariado dos Pastorinhos. Fátima ( Portugal )


Heme aquí con algo traído directamente de mi viaje a Portugal. Aún quedan en mi retina Lisboa, Alcobaça, Batalha, Óbidos, Fátima, Sintra, Cascais, Estoril...¿ Cómo olvidarlo ?

Estando en Fátima, después de orar en la Capelinha, y a pesar de la infamia modernista antiartística que han hecho en frente, me quedé sólo, abstraído, paseando en una tarde fría y nublada, donde el tono de la piedra dulcemente grisácea invadía mi alma. No es cierto que cuando uno va a Fátima sienta algo " mágico ". No, no es " magia " lo que se siente allí. Dejemos la magia para los charlatantes de la televisión. Lo que se siente en Fátima es lo sobrenatural, la realidad de la esencia del Espíritu Santo esparcida. Allí, sintiendo vivamente a força dos pastorinhos, entré en las tiendas y me compré esta obra a buen precio. Querría habérmela comprado en portugués, pero para que la pudiera leer mi familia, mejor la compré en español.


El libro me ha ayudado a recordar minha lusa viagem. Sabía muy poco realmente de Fátima. El amigo Rafael Castela Santos siempre me insistió bastante en el tema. Fátima ha supuesto un hito en la Catolicidad. La aparición de Nuestra Señora a los pastorcitos, en un momento clave para la humanidad, con un futuro muy negro....Y aparte, como reitero, apenas sabía nada de los Sagrados Secretos. Nuestra Señora del Rosario se apareció en los lindes de Cova de Íria con un mensaje de esperanza. A veces, pareciera que relacionáramos necesariamente la esjatología con la hecatombe, y no es así. En Fátima se volvió a demostrar el inmenso Amor de Dios hacia su Creación, el valor que da el Todopoderoso a la libertad, y se volvió a repetir, como en Trento, que los hombres pueden salvarse. Nuestra Señora del Rosario en Fátima nos marcó una bellísima directriz a través de su Inmaculado Corazón.

Y es aquí donde la Hermana Lucía, todo un inmaculado ejemplo de Cristiandad en nuestros tiempos, a través de su entrañable redacción, plasmada con una memoria portentosa y una dicharachera viveza nos ilustra directamente sobre lo que ella vivió. No en vano, por algo Dios Nuestro Señor y Su Santísima Madre la escogieron a ella como escogieron a sus primos.

El libro me ha hecho replantearme algunas dudas sobre lo que sabemos o dejamos de saber de los Secretos, o incluso lo que en más de una ocasión se nos ha vendido como " oficial ". No obstante, existe una explicación teológica formidable de J. Ratzinger, que cuando se publicó la obra era Cardenal, y hoy, como Bendición de Dios, es el Papa de Roma. No les voy a contar nada de los Secretos de Fátima que ustedes ya no sepan; y supongo que esto es propio de un ignorante sin remedio como el que les habla. En las manos de la Santa Iglesia, como humilde servidor que de Ella soy, lo dejo, por supuesto.


Fátima supone un testimonio sobrecogedor, ayudando a comprender la grandeza de Dios; clarificador a través del espacio y del tiempo, nutritivo para el alma, reflexivo para nuestro mundo moderno. No es eso de los " júbilos terribles " que hablara Borges y que tan acertadamente criticara Castellani. No, es la Luz del Señor, a través del Sagrado Corazón de Jesús y del Inmaculado Corazón de Su Madre. Fátima es una señal, una gran señal. En una gran nación católica como nuestra hermana y vecina Portugal, donde quedó la promesa de la conservación de la Doctrina de la Fe; como nosotros, los españoles, tenemos la promesa reinante del Sacro Corazón de Jesucristo. Ello, ante la visión del infierno, la importancia de la oración, las ofensas a Dios repetidas por todo el mundo, la consagración de Rusia al Inmaculado Corazón de María....


Sólo puedo decirles que recomiendo vivamente que lean de puño y letra el testimonio de esta insigne monjita, mujer de Dios y María que vivió y murió por y para la Santísima Trinidad.


De mientras, yo sigo abstraído, recordando mis solitarios paseos por la noche portuguesa, embelesado en el gris de la capelinha frente a la noche misteriosa y acogedora, después de cariocas de café y pasteles inimitables, cruzando esos mosaicos que forman las calles lusas, recordando el frío de la cercana sierra y visualizando y comprendiendo la importancia de la oración, del rosario; la importancia de Portugal, de la Virgen, de Dios. Y por más que intente expresar con palabras, acho inutéis as palavras, quando o silêncio é melhor....O santo silêncio.....E a palavra é de prata, mas o silêncio de ouro....


Una lectura más que recomendable, para el pasado, el presente y el futuro.





Y ahora, haciendo caso a un buen amigo de una vez, voy a por Tolkien. Ya les contaré....

O Pensamento Político de Alexandre Soljenitsyne


"Ivan Iline, filósofo russo do nosso século, escrevia que a vida espiritual de um povo é mais importante que a extensão do seu território ou mesmo que a sua riqueza económica." (Alexandre Soljenitsyne).

A experiência revolucionária de tipo comunista na Rússia, embora silenciando pelo terror numerosas testemunhas, não evitou os veementes protestos de Alexandre Soljenitsyne (1918-2008). Em 1990 expressou que o seu país após a ditadura marxista-leninista, vigente durante 70 penosos anos, ficou "num estado de ruína catastrófica e a população desiludida com tudo". Contemplando a abstracção que é a liberdade revolucionária infere que "O século XX é abalado e corrompido por uma política que se libertou de toda a moral", como tal propõe que "devemos procurar para a vida dos Estados formas elevadas que não se fundem apenas no egoísmo, mas também na compaixão". Nesta obra, invulgar e fora de modas, aponta algumas ideias para recuperar o seu tão amado e mal tratado país.

No seio do monstro da URSS a hereditariedade foi suprimida e o valor do trabalho ignorado. O comunismo sempre entendeu o trabalho como sinónimo de escravatura, porém, sem trabalho não há economia que aguente, e prova-o a manifesta decadência de todos os países vítimas da ideologia vermelha, logo, em vez da sonhada criação de riqueza e prosperidade só multiplicou a pobreza e a mendicidade. Soljenitsyne, notável partidário das forças culturais e morais, que dizia não à degenerescência e sim ao desenvolvimento para recuperar a economia, desabafa assim: "É urgente imprimir um sentido ao trabalho, há meio século que já ninguém tem o menor interesse em trabalhar nem ninguém se interessa por moer o trigo e cuidar do gado". A terra e a sua agricultura foi outro valor desprezado pelo comunismo conforme testemunha Alexandre Soljenitsyne: "a nossa classe campesina foi aniquilada". Em alternativa contraria a opressão sofrida pelos agricultores defendendo que as pessoas devem ser livres de voltar à terra "para o homem, a terra não é apenas um valor económico, mas também moral". A terra liberta o camponês porque lhe garante o sustento e lhe concede autonomia uma vez que o torna auto-suficiente, mas o comunismo nunca gostou de homens livres, tem-lhes mesmo horror, prefere-os dependentes do poder central totalitário.

Se os efeitos das acções comunistas são um terrível desastre, os vícios do capitalismo são igualmente nefastos, a saber que ambos são espinhos do liberalismo, como tal, os latifúndios, na mente de Soljenitsyne, devem ser evitados por uma questão de verdadeira justiça social "se a terra começasse a ser açambarcada por grandes proprietários, isso entravaria consideravelmente a vida dos outros”. Ainda nesta linha, o autor não questiona a propriedade privada, e promove o direito à verdadeira liberdade "sem a propriedade privada, não podem existir cidadãos independentes. Em setenta anos, conseguiram levar-nos a ter medo da propriedade". Há entretanto a salvaguardar que os monopólios não se formem, como tal sugere que "uma legislação indispensável antimonopólios travará, através de um pesado aumento de impostos, todo o crescimento desmesurado. Quanto aos bancos, são necessários como centros operacionais da vida financeira, mas não devemos permitir que se transformem em excrências parasitárias que se alimentam da usura e dirijam de facto toda a vida do país". Vimos até aqui a defesa inalienável do direito ao trabalho, à terra e à propriedade privada.

O verdadeiro patriotismo brota também do coração de Alexandre Soljenitsyne: "nem o nosso subsolo, nem a superfície da nossa terra, nem, em particular, as nossas florestas devem ser distribuídos a capitalistas estrangeiros". Noutro ângulo, numa dinâmica de descentralização propõe "que a Província deixe de ser esmagada pelas capitais", a vida própria deve ser promovida. Tema de realce do autor é evidentemente a família e a escola, como tal alerta para a queda da natalidade recomendando que "a mulher tenha a possibilidade de regressar ao lar para criar os filhos: o salário do homem deve permitir-lho". O feminismo não recolhe a simpatia deste homem sábio. Com respeito ao ensino alerta: "há que pôr termo imediato à lavagem do cérebro que constitui o ensino do ateísmo", e em relação às instituições, defende princípios de autoridade, o Estado deve ser estável e com um poder presidencial forte: "a anarquia é a primeira portadora da morte, como aprendemos em 1917". A melhor definição de anarquia tem-na Soljenitsyne e ensina-nos: “é o poder de cada forte sobre cada fraco”. Lição de liberdade, este mestre tradicionalista, não aceita de revolucionário algum, prova-o defendendo que “Além dos seus direitos, o homem tem necessidade de preservar a alma, libertá-la para que se possa entregar à vida da inteligência e dos sentimentos". Os revolucionários deveriam aprender que a maior liberdade é a do espírito que assim encontra terreno fértil para a criatividade e para a realização da pessoa. Quando se negligência a moral, as relações humanas degradam-se até a desconfiança ser total, no Portugal socialista e na Rússia comunista o fenómeno é idêntico, o mau estar é geral, Alexandre Soljenitsyne fala em "rancor generalizado nutrido por todos contra todos", trepa o sentimento do reino do salve-se quem puder. Embora cristão fervoroso, Alexandre Soljenitsyne levanta problemas ao topo da hierarquia religiosa: "gostaríamos de encontrar um reconforto na possibilidade de uma influência benfeitora da Igreja. Infelizmente, mesmo neste momento em que tudo se agita no país, a hierarquia ortodoxa não foi afectada pela dinâmica da audácia".

Os direitos do homem impostos em cartilha dizem pouco a este destemido autor que questiona: "«Os direitos do homem», está muito bem, mas como providenciamos nós próprios para que os nossos não afectem os dos outros? Uma sociedade de direitos irrefreados é incapaz de resistir às provações". Atento, Alexandre Soljenitsyne desconfia também dos órgãos de comunicação social, "há cada vez mais jornais diferentes que empolam quem lhes convém" e a "parcialidade frequente dos media, que se limitam a desagradar a uma parte importante da população". Deixa entretanto uma informação encorajadora "a Islândia decidiu, o que já é alguma coisa, prescindir da TV uma vez por semana", aleluia, quem nos dera que cá também o fizessem. A democracia no seu entender deve ser vigiada para que se evitem abusos, e lembra "V. V. Rozanov: «A democracia é o meio pelo qual uma minoria bem organizada governa uma maioria desorganizada»". Ainda na mesma temática recorda Tito-Lívio: "A luta entre os partidos é, e será sempre, um infortúnio muito pior que a guerra, a fome, a peste ou qualquer outro flagelo divino". E faz saber que "O poder é uma coisa sagrada, consiste em servir, e não deve ser objecto de concorrência dos partidos". Atenção! Embora abominando as seitas partidárias, cujo ideal seria o afastamento dos partidos políticos, defende a democracia sem as eleições legislativas e as autárquicas (milhões se poupariam), o escrutínio nacional se restringiria a alguns referendos e a eleições presidenciais.

Na organização dos trabalhadores, em vez de sindicatos, Alexandre Soljenitsyne prefere corporações segundo as profissões, transformando-o em mais um adepto do corporativismo. Para não aumentar os males da Rússia, o autor evocou os erros dos revolucionários portugueses, muitos deles lacaios de Moscovo durante a Guerra Fria: "não devemos imitar os Portugueses que abandonaram Angola e a deixaram na confusão e longos anos de guerra civil". Como é possível pretender uma sociedade de igualdades entre homens se a natureza é tão desigual na distribuição dos seus dons!? Uma dura lição nos fica das utopias marxistas: libertar para matar não, obrigado!

Bibliografia:
Alexandre Soljenitsyne, Como Reordenar a Nossa Rússia?, Livros do Brasil, Lisboa, 1991.




http://nacional-cristianismo.blogsp[....]nsamento-politico-de-alexandre.html

UN POCO DE BIBLIOGRAFÍA CONTRARREVOLUCIONARIA

- Nos la manda un correligionario paisano:



Vicente Manterola.JPG




Los Ejércitos Blancos.JPG




La primera guerra civil de España.JPG




La Regencia de urgel y su posición ideológica.JPG




Los Agraviados de Cataluña.JPG






La cruz sangrienta.JPG




La Monarquía Social y representativa.JPG




La Monarquía Tradicional.JPG






El Manifiesto de 1814.JPG



El Tradicionalismo Español del siglo XIX.JPG




Héctor. Novela cristera.JPG





Aparisi y Guijarro.JPG



Biografía y crónica del Cura Merino.JPG

No se ve nada Ordóñez.

Efectivamente, una vez ingresado a los enlaces aparece servidor no encontrado.

Coñe, pues yo veo las portadas. Sea como fuere, ¿ en el enlace tampoco se ve ?

LA SANTA ALIANZA: UN POCO DE BIBLIOGRAFÍA CONTRARREVOLUCIONARIA


LA ESPERANZA SEGÚN PEMÁN




Alfa y Omega, Contraportada




La virtud del momento
La esperanza, según Pemán




José María Pemán no podía ni imaginar que, años después de escribir este texto (recopilado en Obras completas de José María Pemán por Edibesa), un Papa fuese a ratificar sus palabras en una encíclica. Y, mucho menos, que ni aun así algunos se den cuenta de que el gran mal de nuestro tiempo es la falta de esperanza. Para reconocer el mérito del gaditano, el CEU ha organizado -ayer y hoy- el congreso José María Pemán: el compromiso de un intelectual; un justo homenaje a quien el entramado de la cultura española jamás le perdonó ni su ingenio, ni su fe, ni su rechazo a la República




La cenicienta de las virtudes es la esperanza. La fe fue la virtud sacada a la luz de la máxima atención histórica, en los siglos clásicos. Todo lo llena la lucha con la herejía. La caridad es casi -hablamos en términos humanísticos- la virtud de moda. Desde san Pablo, la caridad tiene muy buena prensa. ¿Cómo no la va a tener ahora que el problema máximo es la angustia social y la redistribución económica? Pero, ¿y la esperanza? Se habla menos de ella. Pero, ¿no será la virtud del momento? Perdida la fe, anulada la caridad, muchos hombres occidentales se encuentran desesperanzados. Se han encontrado con que tienen para sus preguntas básicas menos respuestas que tienen el hindú, el esquimal, el caníbal, que poseen, por lo menos, una vaga apelación mágica y trascendente a la que recurrir. Entonces la esperanza empieza a hacerse artículo de primera necesidad en el mundo. La esperanza se ha hecho urgente porque la Humanidad ha encontrado el modo técnico de destruirse a sí misma. Ahora viviremos, cada día, porque queremos. Nos concedemos propinas de vida. Siempre se encara la posibilidad de que un pueblo desesperado haga colectivamente lo que el anarquista del siglo pasado hacía individualmente: matar, muriendo; asesinar, suicidándose. Únicamente una esperanza salvará al mundo de esto.


Charles Moeller -en Literatura del siglo XX y cristianismo- ha dedicado su último tomo a la esperanza. ¿Hay algún resquicio por donde este mundo desesperado pueda reponer su esperanza? Moeller lo pregunta a los únicos dioses que quedan en pie: la economía y la técnica.


Respuesta de la economía: el comunismo está cercando al mundo occidental -China, Oriente Medio, África- especulando sobre la miseria de esa Humanidad. El Occidente, asustado, empieza a invertir su dinero en una economía defensiva, de guerra. El cincuenta por ciento de esas inversiones bastaría para que, vertida sobre los países miserables -tradicionalmente explotados-, entraran en la órbita de Occidente. La economía responde: habría esperanza. La técnica responde que la máquina, que al principio pareció destinada a esclavizar al hombre, puede servir para su liberación. El maquinismo electrónico parece destinado a suplir lo duro y mecánico del hombre y hacer que éste pueda convertirse en «especialista de lo específicamente humano»: idea, cultura, arte. La misma técnica provee a este movimiento. En el microsurco -por ejemplo-, la música ha encontrado su imprenta. ¿Qué sabemos de la revolución espiritual que le está destinada? Cada vez más se vislumbra que el caos social en que nos debatimos puede cerrarse y nivelarse, no por abajo, en lo proletario, sino en lo más depuradamente humano. La técnica, pues, responde: habría esperanza.


Y ¿por qué digo habría y no hay? Porque el sí de la economía, como el de la técnica, están condicionados a una resolución íntegramente humana. La economía tiene que trocar su criterio de explotación por el de redención de la miseria. La técnica tiene que ponerse al servicio de lo espiritual humano. En una palabra, una y otra tienen que cristianizarse. La esperanza humana que incitan no se consolidará sino yendo al encuentro de la fe y de la caridad. Por algo la esperanza puramente humana viene quebrando siempre. Se esperó en una fila de sucesivas mayúsculas optimistas: la Razón, la Ciencia, la Enseñanza, la Producción, la Técnica. Todas se marchitaron. Hasta psicológicamente, la pura esperanza humana lleva en sí la simiente de su propia muerte. Conseguir es dejar de esperar. Los poetas se han hartado de decir que rosa cogida es rosa seca. La esperanza sólo se mantendrá cuando en ella la dimensión de presente (conseguir) se conjugue con la dimensión de futuro (esperar). Es decir: la esperanza se consolida en Dios, para quien el tiempo no existe. La única esperanza que no desespera es la esperanza teologal.


José María Pemán

Iniciado por Ordóñez

Coñe, pues yo veo las portadas. Sea como fuere, ¿ en el enlace tampoco se ve ?

LA SANTA ALIANZA: UN POCO DE BIBLIOGRAFÍA CONTRARREVOLUCIONARIA

No, en tu blog tampoco.

Joder. Pues refuerzo mi teoría de la conspiración: La informática contra mí.

Viaje de Turquía, de Pedro de Urdemalas (8): La fuga de Pedro. Los monasterios griegos. La Ortodoxia

By AMDG on Mayo 9th, 2009 | 1 Comment »
Pincha para leer los artículos anteriores.
Sigue una descripción del Monte Sancto, una de las tres penínsulas de xxx en que hay muchos monasterios ortodoxos, entre ellos el famoso Monte Athos.
P. 258:

JUAN.-¿Qué es Monte Sancto?
PEDRO.-Un monte que terná de çerco quasi tres jornadas buenas, y es quasi isla, porque por las tres partes le bate la mar, en el qual hay veinte y dos monasterios de fraires desta mi orden, y en cada uno doçientos o tresçientos fraires, y ningún pueblo hay en él, ni vive otra jente ni puede entrar muger, ni hay en todo él hembra ninguna de ningún género de animal; a este monte son sus peregrinajes, como acá Santiago, y por eso no se echa de ver quién va ni viene tanto por aquel camino.

Lo de hembras de ningún tipo de animal me da que pensar. Malpensar, digo. Pero, dejando a parte las bromas, la sensación que da la ortodoxia es de cristianismo estático, anclado en el pasado, casi cristalizado.
p. 281:

MATA.-¿No será mejor a repique de campana?
PEDRO.-En todo el imperio del Gran Turco no las hay ni las consiente. Unos diçen que porque es pecado; mas yo creo a los que diçen que, como hay tantos christianos, teme no se le alzen o le hagan alguna traiçión; porque el repique de campana junta mucha jente: ni órgano tampoco no le hay en ninguna iglesia, que con trompetas se dize en Constantinopla algún día solemne la misa.

Esta misma canalla quiere imponer entre nosotros los alaridos del almuédano.
Sobre el bautismo y la Eucaristía

p. 284:
JUAN.-Y en el sacrificar ¿en qué difieren de nosotros?
PEDRO.-En el baptiçar diçen que somos herejes, porque es grande soberbia que diga un hombre: Ego te baptizo, sino Dulos Theu se baptizi: el sierbo de Dios te baptiza. Yo, hablando muchas vezes con el patriarca y algunos obispos, les deçía que por falta de letrados estaban diferentes su Iglesia y la nuestra romana; porque esto del baptismo todo era uno dezir: Yo te bautizo en el nombre del Padre, etc. y El siervo de Dios te baptiza. No echan el agua de alto, sino tómanle por los pies y zapúzanle todo dentro la pila. En la misa no hay pan senzeño, ni curan de hostia como nosotros, sino un pedaçillo de pan algo creçido. Las mugeres que lleban pan a la iglesia para ofresçer hazen una cruz a un lado del panezillo, para que de allí tome el sacristán para sacrificar, y en un platico lo tienen en el altar. La casulla es a manera de manto de fraire hasta en pies, con muchos pliegues; no le verán deçir la misa, porque el altar está detrás de una pared a manera de cançel con dos puertas a los lados. El saçerdote sobre la una diçe la Epístola al pueblo, y muchas orationes que nuestra Iglesia diçe el Viernes Sancto, ellos en todas sus misas las tienen. En la otra puerta diçe el Evangelio. El credo y el pater noster no le diçe el saçerdote, sino un muchacho a boces en medio de la iglesia.

p. 285:

JUAN.-¿Qué causa dan para que se ha de sacrificar con pan levado?
PEDRO.-Porque el pan sin levadura es como cuerpo sin ánima, y habiéndose de convertir en Christo aquéllo, no puede si no tiene ánima. Son todos una jente quasi tan sin razón como los turcos.

Qué poco talante.
p. 285:

JUAN.-¿Qué renta tiene?
PEDRO.-La que tubiesen muchos perlados de acá; solamente aquello que por su persona allega pidiendo seis meses del año limosna en cada pueblo; es verdad que se lo tienen allegado, pero conviene ir en persona; lo que estando yo allá cada año allegaba eran treze mill ducados, de los quales daba ocho mill al Gran Turco de tributo porque le dexe tener la fe de Christo en peso y hazer justiçia en lo eclesiástico; y de los çinco o seis mill ducados se mantiene a sí y a los otros dos patriarcas.

Aviso para navegantes. Y más:
p. 286

JUAN.-Y los clérigos ¿qué renta tienen? ¿Hay canonicatos o dignidades como acá?
PEDRO.-Ni aun benefiçios tampoco; no penséis que es allá la sumptuosidad de las iglesias como acá; son pequeñas, como cosa que está entre enemigos, y herédanse como cosa de patrimonio; es como hay acá çiertas abadías en ermitas o encomiendas de Sant Juan. Tengo agora yo esta iglesia como cura della; tomo quatro o seis papas que me ayudan, y parto con ellos la ganancia toda que los perrochianos me dieren, que es harta miseria, si no tienen otras cosas de que se sustentar ansí el cura como los otros.

Y a mandar que para eso estamos. Y poniendo buena cara, y agradeciendo la tolerancia.

Categories: Historia, Libros
Tags: Pedro de Urdemalas, Viaje de Turquía

" LO PROHIBIDO ", DE BENITO PÉREZ GALDÓS



- Alba Libros, SL. Grandes obras de la literatura y el pensamiento.


Heme aquí con otra adquisición de la feria del libro de Punta Umbría. ¡ Qué sería, si no, de mi biblioteca ! Fue la obra escogida para mi viaje a Coimbra. En un principio pensé en Lenin en Zurich de Solzhenitsyn, pero al final me decidí por ésta, quizá por el redescubrimiento de una historia familiar decimonónica, y bueno, que me dio por ahí. Ah, y también por ver la excelente película de Garci, " El abuelo ", con papelones de Fernán Gómez, Agustín González o Rafael Alonso, o hasta de la Cayetana Guillén Cuervo ( Ya saben, los apellidos rimbombantes de la aristocracia progre ).


Hacía tiempo que no leía al gran literato canario. Ahora me he situado una obra que es encuadrada en el naturalismo. Expuesta como memorias de un rico jerezano, por cuyas venas recorre sangre bodeguera de España y la Pérfida Albión, y que acude a Madrid al encuentro de su parentela. Al principio me fue entusiasmando. La acción vertiginosa, el verbo picante e incisivo, las descripciones vivísimas, la " comedia realista ", los diálogos llanos....Situado en el Madrid de la " restauración ". Pero, conforme se va desarrollando la obra, el naturalismo me acaba.....Mmmm, no sé cómo decirlo exactamente. No sé si " cansar " sería el verbo oportuno para describir la sensación. Se notan influencias muy de moda en esta época, sobre el estudio de las enfermedades, incluso sobre la " obsesión hipocondríaca ". También tenemos toda una radiografía sociopolítica de la burguesía madrileña. Quizá Galdós se ceba demasiado para con los Madriles, no sé si al fin y al cabo querría una exposición sobre las Españas todas. Que Galdós ya en el XIX hablara de la fiebre del consumismo, y es más, del consumismo desenfrenado como una suerte de narcótico contra la depresión, nos quiere decir mucho....El aparentar, el qué dirán, las comidillas, la bolsa, los " enteraos " ( Una figura tan típicamente española, por desgracia ), los cotilleos, los tejemanejes varios....Con cuánta precisión son explicados. Aunque, con el desarrollo de la obra, la depravación del personaje central, parece convertirse en una suerte de telenovela rebuscada. Aunque, en buena medida, comprendiendo los entresijos que tan bien describe, podremos ir atando muchos cabos para alcanzar a entender qué ocurre en nuestros días, y por qué ocurre, y de dónde viene todo esto....El estudio de las contradicciones tan propias de su tiempo ( Y que aún perviven en el nuestro ) es muy clarificador al respecto.


Por supuesto, se ve el anticatolicismo acendrado de D. Benito, que no sabemos si, por ello, se sentiría muy a gustito en la España de la postmodernidad. Puede que sí. No obstante, no deja de ser un gran hacedor de las letras españolas, y una gran ayuda. Empero, en el marco del naturalismo, su obra creo que se acaba desluciendo, aunque no deja de apreciarse su trabajado talento, en unas imágenes inolvidables.

" LENIN EN ZURICH ", DE ALEXANDER ISAYEVICH SOLZHENITSYN



- Breve Biblioteca de Literaturas, Barral Editores.


He aquí con una obra del genio ruso que deseaba leer desde hacía mucho tiempo. La pude adquirir a través de Iber-Libro . Es la obra que me iba a llevar para que me hiciera buena compaña en mi viaje a Coimbra ( No desesperen, aún ando liado con la crónica y me temo que me llevará para rato, pero estará ), pero al final escogí a Pérez Galdós, como recuerdan.


Joseph Pearce explica en su biografía cómo Solzhenitsyn ya intuyó que el terror no era sólo cosa de Stalin, sino que era algo inherente a la Revolución, y por ello siempre tuvo en mente en investigar la expansión del leninismo. Su estancia en Suiza le incentivó esta tarea, y allí pudo trabajar con abundante documentación al respecto. Así, en una clave irónica fina y aguda que nos recuerda a Chesterton, el maestro de Rostov del Don nos descubrirá los últimos días del exilio de Vladimir Ilitch Ulianov a través de sus maquiavélicas peripecias, su bigamia, su dinero, y toda una corte de exiliados; en consonancia con los servicios secretos suizos y alemanes. Éstos últimos, al entrar ya en plena y desgraciada Gran Guerra, apoyarán a los elementos extremistas rusos para debilitar al Imperio de Nicolás II, sobre el cual tenían intereses territoriales anexionistas desde Polonia al Turkestán.

Parvus, Radek, Hanecki, Zinoiev, Kamenev...La importancia del dinero, los cálculos terroristas, la producción ( Infumable ) político-literaria de Lenin, los emigrados.....Y nunca, nunca, " la paz por separado ". Interesaba que Rusia estuviera en guerra y, como quisieron hacer Bolívar y Miranda, prometieron a los enemigos de su tierra pingües beneficios a costa del zarismo. Del desarrollo fallido de las revueltas de los primerizos años del siglo XX al 1917, escisión tras escisión, vendrá el momento de dar el salto definitivo. Ya no se trata sólo de robar bancos o poner bombas, se trata de tomar el país. Y tomar un país dónde sólo pueda gobernar la doctrina de Lenin ( Excluyendo a muchos camaradas suyos con los peores métodos ), quien había pasado una buena vida a través de las bibliotecas suizas. El dinero de Parvus, convertido ahora en un gran capitalista germanófilo al que Lenin odiaba, sazonará los proyectos.


Una vez más, y estando reciente la lectura " UNA FAMILIA DE BANDIDOS EN 1793 ", J. CHARRUAU, noto los paralelismos trágicos y evidentes entre la Revolución Francesa y la Revolución Rusa. Solzhenitsyn también lo percibirá así.

Enlazando situaciones, describiendo diálogos, exponiendo documentación, escarbando mentalidades, analizando teorías, radiografiando realidades ( De los partidos socialistas europeos a la virazón de la situación en Rusia con la Primera Guerra Mundial )....Alexander Isayevich nos muestra una obra que nos explica detalladamente los comienzos y la consecución de lo que desembocará en la peor tiranía que el mundo ha conocido. Los comienzos no fueron mejores que el desarrollo. Las tácticas de infiltración y el avance hacia el poder van a ser una muestra de " talento " que va a aprovechar el desorden para imponer la sangría de la hoz y el martillo. Sin duda, los revolucionarios ( Y más los de izquierdas quizá ) se han enterado mucho mejor de qué va la película que nosotros....

Y los alemanes, que han caído en dos gravísimos errores: Apoyar por interés las dos revoluciones más señeras de la Historia....Y siempre se le volvió en contra.


Uno de los libros fundamentales del autor que acaso mejor diseccionó el comunismo. Este libro me lo compré acompañado de " El error de Occidente "; no dejan de ser lecturas complementarias. Para comprender el pasado, el presente y el porvenir; para clarificar las caras de la Revolución. Totalmente recomendable.

- Un detalle que se me olvidó:


Otro detalle que llama la atención: El origen de muchos rimbombantes autores de la Revolución Rusa es " periférico " ( Con muchísima importancia judía ), cosa de la que se habla por ejemplo aquí --- Vídeos: La Revolución Rusa ( Con T. Moldovan y V. Cheretski ).

José María de Pereda


..."Pero llegó el S. XIX, hijo legítimo de la glacial filosofía del XVIII, y la masa dócil a tantas voluntades durante tantos siglos de controversias y de charlatanes, endurecióse como el mármol, y hasta el mas lerdo se convenció de que en estos días esplendorosos, de luz y de pronunciamientos, ya no cabe el cisma, por la sencilla razón de que el que se separa de la verdad católica no es para proclamar otra creencia, sino para dudar de todas; y dudar de todas equivale a carecer de entusiasmo, que es hijo de la fe; y careciendo de fe y de entusiasmo, no cabe la disputa ni, por consiguiente, la escuela. Es decir, que los disidentes de la verdad "ya no creen brujas", o, hablando mas en "carácter de época", están "curados de espantos", en plena despreocupación. Deducción lógica de esto: no puede darse una ocasión que sea menos a propósito que la presente, para fundar sectas religiosas y sistemas filosóficos.

Desde que el mundo es mundo, se han hecho los mayores esfuerzos para arrastrar a la razón humana a los extremos que mas la repugnan; jamás se ha visto mayor cúmulo de desatinos presentados como armas de seducción, unos en el campo religioso, otros en el filosófico y otros en el de la política; siendo inútil advertir que todas estas agrupaciones, tan diferentes entre sí, coinciden en un punto: el consabido odio a las viejas instituciones y creencias."

José Mª de Pereda (1833-1906): gran enemigo de la revolución liberal de 1868, diputado carlista en 1871. Uno de los grandes escritores españoles modernos, con un estilo caracterizado por el cuidado en el empleo del lenguaje narrativo y el diálogo, que refleja con esmerada fidelidad el habla local, cualidades que le llevaron a Clarín a decir de él que era un naturalista a su pesar. Un gran cántabro. In memoriam.
Publicado por Reke Ride en 1:48



0 comentarios:

-

" A VIDA DE NUN´ÁLVARES PEREIRA ", DE JOAQUIM PEDRO DE OLIVEIRA MARTINS



Guimarães Editores * Desde 1899





Por fin me terminé la gran obra de este apreciado erudito portugués. Como saben, fue adquirida enMINHA LUSA VIAGEM: COIMBRA, JUNHO 2009 . Joaquim Cymbron siempre me recomienda todo de Oliveira Martins, y en especial, me dijo que este libro me iba a venir muy bien para paladear los episodios que se ciernen sobre lo que mayormente conocemos como Aljubarrota, y sobre la persona del Santo Condestable, sobre la que podemos hallar información y artículos reveladores enA BATALHA E O CARMO y en A Casa de Sarto: San Nuno Alvares Pereira (carta abierta a R).

Me ha llevado su tiempo, como digo, pues leer en un portugués culto del siglo XIX tiene sus cosas, y más para alguien que destaca en torpeza, como yo. Y más ante una personalidad tan importante.


D. Joaquim Pedro, en una prosa excepcional, acompañada de una rigurosidad historiográfica soberbia y de unos tonos poéticos sublimes, hace toda una biografía que se merece San Nuño de Santa María. En este libro encontramos al hombre, al soldado, al caballero, al místico, al piadoso. Encontramos las difíciles contiendas de la Península en la galopada hacia el ocaso medieval, que a veces, me hace recordar a las disputas entre las distintas tribus celtibéricas. Razzias sucesivas que se sucedieron a ambas orillas del Duero, en una península que aún no se había librado del todo del enemigo muslímico. Saqueos e injusticias se sucedieron, mas San Nuño de Santa María jamás permitió que saquearan iglesias o que violaran doncellas, castigando duramente a quien lo hacía. Es un ejemplo ilustrativo de quien encontraba en la oración el reposo y la paz de este mundo, en quien quiso mantener su castidad y no pudo por " presiones familiares ", en quien consagró su vida a su patria y a la Santa Fe y no tuvo más ambición que ser el padre de los pobres, en una época situada ante el cisma de Aviñón. Nuno Álvares encarnó con congruencia la figura del cavaleiro monge, el cuartel y el monasterio, la cruz y la espada. Todo un ejemplo de vida hacia el sacrificio que debería ilustrarnos.


Relacionándolo en un ambiente cultural/literario con la caballería de la tabla redonda ( Aura que tanto influenció y que tanto " denunció " Cervantes a los años ), Oliveira Martins escudriñará todo un mundo social, político, cultural, económico y religioso en unas reflexiones antológicas. La vida del Santo Condestable, como decimos, queda muy aclarada para todos aquellos que ignoramos la historia de Portugal.


De entre las curiosidades que me llaman la atención, destacaría que Oliveira Martins sitúa el comienzo de las alianzas anglolusas en este periodo. Claro que entonces era la Britania de la Cristiandad....Y ya tenía sus ambiciones para con la Corona de Castilla y para con toda la Península en verdad. Aquí fue Inglaterra la aliada de Portugal y Francia la de Castilla....Acaso un mal presagio.

Oliveira Martins va a acudir a las más variadas fuentes, detallando una concienzuda bibliografía, y con su personalidad y sabiduría, nos va a sumergir en la figura de San Nuño como un espejo para entender la Lusitanidad. Cosa que por supuesto, logra, aun con matices. Y yo, acordándome de la estatua del caballero santo allá frente al monasterio de Batalha.....






De entre las reflexiones finales que se hace este gran polígrafo portucalense, yo destacaría la siguiente:

" Com o findar do século XIV mudam as coisas, e os sentimentos novos que se definem preparam o regime posterior do dualismo, em que o antigo reino de Castela, passando mais tarde a chamar-se a Espanha, exprime com uma palavra só o pensamento unitário da sua existência. Na Espanha ficava todavia Portugal, e depois do baptismo de 1385, Portugal era também uma naçâo; e também no espírito dos seus monarcas principiaram a florir as ambiçôes de realizar a unidade a seu benefício.

Ao problema propriamente geográfico acresceu desde logo o problema orgânico, pois a ideia nova de Naçâo diferia por completo do facto espontâneo dos estados medievais. Eram, estes, agregados de famílias nobres e de vilas burguesas; existiam, federativamente, por justaposiçâo, indiferentes ás condiçôes de proporçâo: a grandeza estava no esplendor das façanhas heróicas ! Agora, a naçâo surgia com os caracteres de um ser uno e vivo, tendo como cérebro o Pensamento, incarnado na pessoa simbólica do rei. Das proporçôes do estado dependia a sua grandeza; da sua grandeza; da sua grandeza e possibilidade de satisfazer á missâo magnífica em que se sentia investido. Impossibilitado de ser expandir na Península, Portugal viu-se forçado a embarcar. Ceuta foi a primeira viagem: Alcácer-Quibir a última.

E impossível reconstruir a histórica com hipóteses; mas a imaginaçâo pára inquieta perguntando, se, com efeito, o sonho de Campanelha nâo poderia ter sido um facto, caso o filho de D. Joâo II nâo tivesse morrido de uma queda estúpida. O herdeiro do Trono de Avis, monarca de toda a Península, senhor de todo o mundo extraeuropeu, poria tal vez sobre a cabeça a coroa de um império maior e mais firmed do que foi o de Carlos V. Unificando-se politicamente a Península pelo ceptro de um rei português, enfeixando-se todos os reinos da Espanha no período ascencional da sua fortuna, possível que a Portugal sucedesse como ao Aragâo, ao passo que, depois, quando, sobre uma catástrofe, a uniâo se fez, o povo que num século atingira a plenitude da glória, identificou a uniâo com a desgraça, chorando nas mesmas lágrimas a independencia perdida e a fortuna dissipada. E se o acidente fatal de 1491, quando a princesa Isabel de Castela ficou viúva, nao tivesse malogrado a ambiçâo ingente do maior homem, talvez, que em Portugal nasceu, a coroa do herdeiro de D. Joâo II, rutilante com as visôes diamantinas de Nuno Álvares, que foi o Paracleto português, a coroa rutilante de Avis nâo teria, é quase certo, rolado pelos areais de Alcácer-Quibir, dispersando as suas pedras desengastadas como lágrimas soltas na face adusta da afliçâo cruciante de um povo.

Esta afliçâo, esse doloroso martírio com que nós, portugueses, pagámos e ainda pagamos, um instante de fortuna incomparável, nâo devem hoje surpreender- nos pois uma das verdades sabidas é que os momentos de bem-aventurança na terra sâo expiados sempre por largos tempos de amargura. O homen nâo nasceu para a felicidade, por isso mesmo que a Natureza lhe deu a imaginaçâo com que se eleva acima do mundo: a felicidade é o estado próprio dos seres apenas vegetativos. Tempo houve, porém, em que desta própria amargura da vida, a imaginaçâo huana fez a escada mística por onde subia, das portas da morte, as visôes luminosas do Céu.


Exemplo superior da concepçâo cristâ da vida, e por isso venerado como santo, Nuno Álvares é porventura o tipo culminante da energia própria desta nossa raça peninsular ibérica, idealista na alma, e afirmativamente heróica. O heroísmo encontrou objecto no sentimento histórico da independencia que transformou em consciência nacional; o idealismo vasou-se no credo religioso que havia de abrasar toda a Espanha, produzindo um dos fenómenos mais extraordinarios da alucinaçâo colectiva....



....Nos tempos modernos, ninguém soube a Vida melhor do que nós, os povos da Espanha: isto é, ninguém afirmou tâo superiormente a energia da vontade humana. Ninguém tampouco melhor soube morrer, do que o povo que incarnou em sí, paradoxalmente, a teoria da Morte no seio do Eterno: esse pensamento agudo como a lámina de uma espada que, dobrando-se e traspassando o mundo na sua redondeza, veio cravar-se no coraçao para no-lo-dessangrar. A Espanha foi vítima de um erro de definiçâo; e se um dia os homens atinarem com a verdadeira teoria da Vida, ninguém, tampouco, saberá morrer por ela como o povo de entre todos gerado para o heroísmo. "



No dejan de ser reprochables algunas de las sentencias aquí vertidas, y más en el contexto que analizamos, que nos recuerda los defectos político-filosóficos de aquellos apegados al " progresismo histórico " portugués, como fue el caso del autor que nos ocupa. Mas a mí, particularmente, me ha llamado mucho la atención.


Alejémonos de rencores. Portugal y España, como dice Rafael Castela Santos, por Aljubarrota, pero también por Toro. Indaguemos en la Historia, y sepamos ir a las fuentes y a su desarrollo para con los tiempos, como hacía el gran Oliveira Martins, siempre en busca de la verdad.


Como coletilla mía, diré que, eso sí, que no entiendo muy bien que muchos de los que presumen de " afirmación portuguesa " ( Que no todos ) tenga que ser " en contra de España " o " contra Castela "; en todo caso, porque la Corona de Castilla englobaba los reinos de Galicia, León, Toledo, Sevilla, etc., amén de la muy noble Castilla propiamente dicha, reino que no tuvo frontera con Portugal. Es como si nosotros nos obsesionáramos con la batalla de Toro como " mito afirmativo ". No somos tan extraños ni tan enemigos para afirmar nuestra realidad patria en contra de los que compartimos la Piel de Toro. La Historia es la que es, y en ambas patrias ibéricas se inscribe bajo el sol de la Cruzada. Y tanto Castilla intentó influenciar en Portugal como Portugal en Castilla, y, como deja entrever Oliveira Martins, muchos nobles portugueses ansiaron la unidad peninsular, pero buscando que fuera Portugal el " reino dominante ". Lo bueno es que a pesar de las luchas que se sucedieron, a ambas orillas del Guadiana no se veían como " necesariamente extraños ", cosa que por desgracia ha ido cambiando con el paso de los tiempos, y sobre todo, por la infiltración francesa y británica en la Vieja Hispania.


En fin, aquí nos quedamos con el ejemplo de una vida santa, y con la fabulosa obra del que fue reconocido como " el historiador más artista de la Península " desde Marcelino Menéndez y Pelayo hasta Miguel de Unamuno. Y deseando aprehender otra de sus grandes obras, en especial, la Historia da Civilizaçâo Ibérica.






Santo Condestável, ora pro nobis.





* Recuérdese: " PORTUGAL CONTEMPORÂNEO ", DE OLIVEIRA MARTINS

Yo ahora mismo estoy nada más y nada menos que con El Ingenioso Hidalgo Don Qvixote de la Mancha, de Don Miguel de Cervantes Saavedra, algo insolito teniendo en cuenta que soy aún víctima de la LOGSE y por tanto impropio de mi edad.

Pues es un gran lectura paisano, de la que uno nunca se cansa.


" MENSAGEM ", DE FERNANDO PESSOA



* Colecçâo Poesia - Ediçôes Ática.


Desde que vine de Coimbra, hice caso al amigo del Movimiento Legitimista Portugués y estoy comenzando a leer más en portugués, sobre todo a los buenos autores. Y aquí que nos hallamos con un buen regalo que nos hizo el cantautor portugués ( Muito obrigado D. José ! JOSÉ CAMPOS E SOUSA. De Pessoa tengo una antología traducida a la lengua de Elio Antonio de Lebrija. Concretamente del Mensagem lo había leído casi todo, pero no todo. Ahora he tenido la oportunidad de degustar poema por poema de esta obra, que para mí constituye uno de los puntales de mayor calidad de la poesía lusitana.


Como dice el amigo Joaquim, aun siendo sus poesías de una belleza insuperable, hay que tener cuidado....Hay que conocer la biografía de Pessoa, aficionado al ocultismo, la masonería y demás cosas de malvivir. Hay que comprender su fuerte y atormentada personalidad, también.

Con todo, de esta gran obra, yo siempre destaco el " Padrâo " ( Recuérdese POEMBLOG: Fernando Pessoa & Caetano Veloso, em "Padrão", canta ...); mas en especial, la que me vuelve a llamar poderosamente la atención es aquella que me recuerda mucho el Irmão de Cá; y que como el fado " Estranha forma de vida " ( Que él no me quiso cantar en directo, recuerdo ), también puede ser válido para España; Nevoeiro:


Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.




Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...



É a Hora!




Y hay una que yo no había avistado: El poema " O Encoberto " es rosacrucismo simbólico puro.

En fin, yo destacaría en general los " capítulos " " Os Castelos " y " Mar Português ". También, como me advertía Joaquim Cymbron en Coimbra, " o mostrengo " es una gran poesía. El libro, como digo, salvando lo que hay que salvar, es más que recomendable. Poesía pura, arcano envuelto en lírica lusa, de una calidad excepcional. Ideal para ojos tristes y mentalidad fadista, y también, por qué no, para quien sabe que en los mejores ejemplos del pasado, aun en el sueño legendario, puede estar la llave para el futuro. Salvando lo que hay que salvar de Pessoa, reitero.





" ANTOLOGÍA POÉTICA ( EL POETA ES UN FINGIDOR ) ", DE FERNANDO PESSOA

" EL GATO NEGRO ( Y OTROS RELATOS ) ", DE EDGAR ALLAN POE



- Colección Fontana, Clásicos Universales.


Otro de mis libros de bolsillo. En concreto, creo que viene de aquellos libros de la librería El Giraldillo, que vendían en un puestecillo improvisado a las puertas de la librería, en la calle San Fernando ( Por eso de la memoria histórica, pronto le cambiarán el nombre, supongo ), frente a la universidad, la primera fábrica nacional de parados. Me lo compré a priori, amén de por lo barato ( La crisis no es algo que me venga de nuevas ), pues porque todo el mundo habla de Allan Poe. Desde cualquier tertulia espontánea medio culturilla hasta cualquier serie de televisión yanqui, Poe sale a relucir por su habilidad para los relatos y para la ambientación tétrica. Pensé: " Bueno, igual es que algo tenía el hombre ". Y así andaba dormitando en mi biblioteca hasta que de buenas a primeras y así como el que no quiere la cosa, me decidí a leerlo.


Los relatos que se contienen en este modesto volumen son, amén de " El gato negro ", " William Wilson ", " Morella "( No, no es por el valenciano bastión cabrerista ), " Una historia de las montañas Ragged ", " El corazón delator ", " Los crímenes de la rue Morgue ", y " La caída de la casa de Usher ".

El que más me ha enganchado ha sido el de " Los crímenes de la rue Morgue ". No obstante, en todos se ven las muchas preocupaciones de la época, ya fueran filosóficas, científicas, y hasta sociopolíticas, si me apuran, en el contexto literario de un Allan Poe que acaso fue el precursor del " género policíaco ". Unos relatos muy bien enhebrados pero con una temática de la que yo no gusto en demasía. Es como a las gentes que gustan de las películas de miedo....Yo no. Reconozco la calidad literaria del autor, su capacidad narrativa como buen anglosajón; aunque también observo gotas de delirium tremens en sus exposiciones, algunas matemáticas, otras fantasmagóricas; al fin y al cabo, apreciándose el alma atormentada del habilidoso autor.


Me ha ayudado a conocer a un autor de tanto renombre en nuestros tiempos, y no sólo para los frikis. Pero sigo diciendo que es un género del que apenas gusto. Aunque no me arrepiento de haberlo leído en absoluto.